Manifestação de mulheres contra a violência masculina em Santiago, Chile, em 19 de outubro, 2016. (Foto: REUTERS/Ivan Alvarado)
O dicionário aponta duas definições para o termo: “A teoria da igualdade política, econômica e social dos sexos” ou “atividade organizada em torno dos interesses e direitos das mulheres“.
De acordo com os dados informados pelo portal do Merriam-Webster, dois eventos foram os maiores propulsores das buscas pelo significado de “feminismo”: o primeiro, em janeiro, foi a Marcha das Mulheres, em Washington, D.C., após a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos; o segundo, em fevereiro, foi a afirmação de Kellyanne Conway, diretora da campanha eleitoral de Trump, de que ela não se considera uma feminista no “sentido clássico” – segundo ela, o adjetivo descreveria mulheres “anti-homens” e “necessariamente a favor do aborto”.
Ao longo do ano, as buscas tiveram mais picos: após a estreia do filme Mulher Maravilha, em junho, e quando foi lançada a série O Conto da Aia – que, baseada no romance homônimo de Margaret Atwood, retrata uma distopia patriarcal em que mulheres são tratadas apenas como reprodutoras.
Outro momento de alta na curiosidade sobre o feminismo se deu quando explodiram denúncias de abuso sexual em Hollywood, começando pelas mais de 50 acusações contra o produtor Harvey Weinstein – e, ainda, quando a campanha #MeToo (#EuTambém), que encorajava mulheres a compartilharem histórias de assédio e abuso, viralizou nas redes sociais.
Em um vídeo publicado no site do dicionário, Peter Sokolowski, editor geral do Merriam-Webster, afirmou que, apesar de ser impossível que um único termo abranja “todas notícias, eventos e histórias de um só ano”, “quando olhamos para os últimos 12 meses e fazemos uma análise das palavras buscadas com mais frequência do que no ano anterior, junto a exemplos de pontos de interesse intensos causados por novos eventos, vemos que a palavra [feminismo] se destaca”.
Assim como o dicionário inglês Oxford, todo ano o Merriam-Webster elege sua palavra mais notável – em 2016, o termo escolhido foi “surreal”. Além de “feminismo”, outros verbetes foram particularmente consultados em 2017: “cúmplice”, “empatia”, “federalismo” e “furacão” foram alguns deles.
(Publicado originalmente no site da revista Cult)
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