pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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segunda-feira, 8 de julho de 2024

Editorial: Coalizão de esquerda vira o jogo nas eleições parlamentares francesas.



Marine Le Pen antecipou-se à derrota da extrema-direita na França informando que a vitória do seu grupo político foi apenas adiada. Não seria improvável que ela tivesse lá suas razões, principalmente neste ambiente político atual, quando a agenda de retrocessos civilizatórios dessa extrema-direita, em escala global, parece encantar a um número cada vez maior de apoiadores. Mas não foi desta vez, pois os francesas acordaram para evitar aquele sono político profundo capaz de produzir monstros, daqueles tipos que nos levam, algum tempo depois, a nos perguntar: como isso foi possível? 

Aqui no Brasil, ainda estamos vivendo sob tal pesadelo, tendo sobressaltos, uma vez que eles estão ativíssimos, como ficou evidente nesta última reunião da direitona realizada em Santa Catarina. Nem plano "B" eles tem. O Plano é "A" mesmo, com o ex-presidente assumindo a condição de grande representante da direita brasileira, apresentando-o como alguém que está sendo perseguido, vítima de revanches políticas, como ficou claro na fala do presidente argentino Javier Milei. 

Estamos repercutindo aqui pelo blog e nosso perfil da Privacy algumas das falas mais importantes do evento da CPAC, que já programou um novo encontro no país, desta vez a ser realizado na região Norte do país. Algumas dessas falas já mereceram até a resposta de autoridades do Governo Lula, como foi o caso do Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que rebateu as acusações do Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Derrite, que apontou a ausência de uma política de enfrentamento ao crime organizado no país. 

O xadrez politico das eleições municipais do Recife em 2024: A oposição tenta unir forças para jogar as eleições do Recife para um segundo turno. É só isso?



Na semana passada a sabatina do UOL\Folha foi com o candidato à Prefeitura do Recife, Daniel Coelho(PSD), que, possivelmente será o candidato do Palácio do Campo das Princesas para enfrentar o prefeito João Campos, que tentará a reeleição. Conforme já informamos antes, não há outra alternativa à oposição se não a de prospectar eventuais falhas na gestão do socialista. Daniel, por exemplo, apontou que a Prefeitura do Recife não investe absolutamente nada em termos de serviços públicos de transporte, encargo que fica sob a responsabilidade exclusiva do Governo do Estado. 

O candidato propôs uma espécie de tarifa zero, caso conquiste confiança dos recifenses para gerir a cidade a partir de 2025. Nesta última pesquisa do Instituto Datafolha, ele desponta com 7% das intenções de voto, ficando em segundo lugar na disputa, mas empatado com o candidato bolsonarista, Gilson Machado, que crava 6% das intenções de voto. Naturalmente, ele tentou minimizar essa distância quilométrica que o afasta do prefeito João Campo na competição, que aparece com 75% das intenções de voto, podendo vencer as eleições ainda no primeiro turno, caso elas fossem realizadas neste comento. 

No entanto, muito água ainda vai rolar até o dia 06 de outubro. Segundo avaliou Daniel, o escore está dentro das previsões do seu staff de campanha. A imprensa repercutiu no dia de hoje eventuais indisposições entre dirigentes do PSD e o PP, ambos partidos que integram a base de apoio da governadora Raquel Lira. O imbróglio envolve, além da disputa no Recife, a disputa pelo prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. O deputado federal Eduardo da Fonte(PP-PE) estaria exigindo que a governadora apoie o nome da deputada federal Clarissa Tércio para a prefeitura do município, sob pena de lançar o nome de Michelle Collins no Recife. 

Hoje alguns órgãos de imprensa já dão como certa a candidatura da deputada federal, com o objetivo de retirar eleitores evangélicos do celeiro do prefeito João Campos, provocando, quem sabe,  um segundo turno das eleições. Na realidade, essa narrativa omite alguns questão cruciais. A relação entre André de Paula(PSD-PE) e Eduardo da Fonte(PP-PE) estão estremecidas. O lançamento da candidatura de Michelle Collins não teria, necessariamente, nenhum objetivo de reforçar as forças do campo de oposição ao prefeito João Campos, mas, na realidade, forçar uma tomada de decisão da governadora Raquel Lyra sobre o pleito de Jaboatão dos Guararapes. Em favor de Clarissa, evidentemente. 

Quando, alguns anos atrás, ocorreu um processo de eduardolização da política pernambucana, já naquela época, sinalizávamos que o deputado Eduardo da Fonte corre numa raia própria. Ele não é dependente político de nenhum governo. à época, Eduardo Campos manteve alguns entreveros com o deputado, exatamente em razão dessa sua condição de independência. O "galego" não conseguiu vergar o deputado. Na semana passada foi anunciado que o esposo de Michelle Collins, o pastor Cleiton Collins, irá coordenar os trabalhos do PP visando as eleições municipais. Trabalha para eleger uma penca de 80 prefeitos no estado. Isso representa praticamente a metade dos municípios pernambucanos.  

Charge! João Montanaro via Folha de São Paulo

 


domingo, 7 de julho de 2024

Editorial: O que pensa a direita brasileira sobre o país?



Gostaríamos de ter acompanhado de forma mais efetiva o encontro da direita em Santa Catarina, mais precisamente em Balneário Camboriú. Seria uma rara oportunidade de, a partir de uma análise de discurso, formular, ainda que incipientemente, algum entendimento sobre o que pensa a direita brasileira sobre o país e o Governo do PT. Pelas fotos do encontro, que estão sendo divulgadas pela imprensa, além de auditório lotado, o encontro contou com a presença dos ilustres representantes da direita brasileira. 

Vamos tratá-los de direita, porque, com raras exceções, o termo extrema-direita é solenemente rejeitado. Não soubemos o que foi dito pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, mas o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, afirmou que Santa Catarina só e Santa Catarina porque o PT nunca governou o estado. O deputado federal Ricardo Salles fez críticas à gestão do meio ambiente do Governo do PT, queixando-se de que as críticas dirigidas a ele quando era o titular da pasta, no Governo Bolsonaro, eram em decorrência dos mesmo problemas que o pais enfrenta neste momento. 

Aproveitou para enfatizar que será candidato ao Senado Federal pelo estado de São Paulo nas eleições de 2026. Isso já havia sido antecipado pelo próprio Bolsonaro, quando seu nome foi preterido da disputa nessas eleições municipais. Salles desejava ser candidato à Prefeitura do São Paulo, pelo PL. A outra vaga segundo suas expectativas deve ser preenchida por Eduardo Bolsonaro, fincando um estaca de direita no principal estado da federação. Falta apenas combinar com o eleitorado. 

A deputada federal Caroline de Toni, que preside a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, disse que o país enfrenta um momento sombrio. Na realidade, ao que se sabe, deixamos as trevas até recentemente. Ao longo da semana, vamos tentar trazer por aqui mais informações sobreo encontro da direitona em Santa Catarina. A notícia boa é que eles sofreram um revés na França.  

Editorial: Javier Milei chega a Balneário Camboriú para o encontro da direitona.



O presidente da Argentina, Javier Milei, chega hoje à Santa Catarina para o encontro organizado pela CPAC - Conservative Political Action Conference -, uma entidade que congrega o pensamento conservador ou, se preferirem, de extrema-direita. Como o evento está sendo realizado no Brasil, naturalmente, os bolsonaristas tiveram um amplo espaço durante os debates. No dia de ontem, por exemplo, discursaram o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, e o deputado federal Flávio Bolsonaro. 

Há todo tipo de perfomance nesses eventos de direita. O ex-presidente Jair Bolsonaro disse que estaria pronto para uma sabatina com a imprensa para tratar do caso rumoroso das joias sauditas, além de ter se derramado em lágrimas depois do discurso. Milei deve discursar no dia de hoje, domingo, 7. A rigor, se o Governo Lula fosse mais rigoroso, não era nem para ele está no país, depois de suas últimas declarações ofensivas ao presidente.  

Estranhamente, neste caso, Lula resolveu utilizar-se de sua resiliência e tirou por menos o episódio das agressões do presidente argentino. Não sei se foi a melhor forma de encaminhar o problema. Não estranharíamos, por exemplo, se ele, Milei, durante seu discurso, voltasse a bater nessa tecla.  

Editorial: Ninguém quer economizar no Governo Lula?



Até recentemente, o Governo Lula anunciou alguns ajustes orçamentários, o que pode significar o corte de despesas da ordem de 26 bilhões em programas sociais em andamento. Isso não significa quase nada em termos dos déficits públicos acumulados, de onde se conclui que a disposição do Governo em economizar é bastante duvidosa. Um economista liberal já havia concluído que o Governo se divide entre aqueles que querem gastar e aqueles que querem gastar mais. Alguém poderia sugerir que, por se tratar de um economista liberal, tal afirmação é questionável. Pode até ser que ele tenha exagerado na afirmação, mas, a rigor, é isso que, de fato, está ocorrendo. 

O Governo Lula 3 parece sofrer uma pressão danada de alguns integrantes no sentido de implementar ou ampliar as despesas com políticas sociais, mesmo que tais despesas não tenham lastro na receita. Essa gastança desenfreada, segundo os analistas, não podem conduzir a bons resultados. O Governo, por outro lado, também parece que não de ouvir conselhos. 

Há alguns anos atrás, a economista Tânia Bacelar, para explicar o que significava esse tal déficit nas contas públicas, tomou como exemplo as finanças de uma família. Gaste mais do que você arrecada e saberá o que isso significa. A sanha arrecadatória, por outro lado, também tem desagradado muitos setores da economia, que já externaram seu descontentamento com tal política.  

Charge! Jean Galvão via Folha de São Paulo

 


sábado, 6 de julho de 2024

Editorial: Instituto Veritá apresenta números distintos ao Datafolha para as eleições em São Paulo.



Aqui em Pernambuco, neste momento, o staff político que gravita em torno do candidato bolsonarista às próximas eleições municipais do Recife, Gilson Machado, deve estar debruçado sobre os números apresentados pelo Instituto Datafolha, que indicam uma variação expressiva em relação à pesquisa realizada pelo Instituto Atlas\Intel, onde ele aparece com escores bem superiores aos números do Datafolha

A rigor, pelo menos considerando aqui tão somente a disputa para o Edifício Matarazzo, a pesquisa do Instituto Datafolha não traz grandes novidades. Um rigoroso e intermitente empate técnico entre os dois principais postulantes, Guilherme Boulos e Ricardo Nunes. No entanto, para aqueles que gostam de emoções fortes, no mesmo período, o Instituto Veritá publicou uma pesquisa que traz alguns dados capazes de mexer no caldeirão da disputa. Guilherme Boulos, lidera, enquanto há um embolado empate técnico, imaginem, entre Ricardo Nunes(16,9%), Pablo Marçal(14%) e José Luiz Datena(13,4%). 

Há uma série de questões que precisam ser avaliadas aqui, mas já antecipamos que não vamos entrar no mérito sobre se este ou aquele instituto poderia ter se equivocado nesta sondagem de intenções de voto. A grande questão que se coloca por aqui é sobre se a entrada de Pablo Marçal e José Luiz Datena no jogo poderia está derretendo a candidatura de Ricardo Nunes. Ambos prospectam num eleitorado de perfil mais conservador, quiçá até bolsonarista. 

Para aprofundar este e outros temas relativos às eleições municipais deste ano, assine o nosso perfil na Privacy, que pode ser acessado por aqui.    

Editorial. Os imbrocháveis.



Repercute bastante nas redes sociais uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando ainda ter "tesão de 20", algo muito parecido com o que fora dito antes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que afirmou ser imbrochável. A fala de Lula vem no bojo de uma eventual dúvida sobre as suas condições físicas e psicológicas, algo que o habilitasse a tentar, mais uma vez, um novo mandato de Presidente da República nas eleições de 2026.  O fio da meada foi puxado depois do debate ocorrido nos Estados Unidos, entre os candidatos Joe Biden e Donaldo Trump. 

Como ele mesmo acabou admitindo que estragou tudo, Biden aparece muito mal durante o debate, indicado problemas com as suas faculdades mentais, talvez decorrente da idade avançada. Convém sempre fazer aqui uma ponderação em relação à idade, pois algumas pessoas morrem com idade bem mais avançadas e permanecem com uma lucidez impressionante, caso, por exemplo, do linguista Noam Chomsky, que morreu recentemente. 

É muito pouco provável que Lula tenha aquela tesão dos vinte, quando a gente reza para não dá vexame com o circo armado. Depois de uma certa idade, as coisas não funcionam mais como naqueles tempos nem com reza forte. Por outro lado, Lula tem se expressado quase sempre movido pelas emoções, que não são boas conselheiras, principalmente se considerarmos o seu lugar de fala. Lula foi egoísta no sentido de não permitir ou estimular uma nova grande liderança no PT. Se entrar no jogo das eleições presidenciais de 2026 será por pura falta de alternativas, o que não seria muito prudente. 

Charge! Marília Marz via Folha de São Paulo

 


sexta-feira, 5 de julho de 2024

Editorial: O "passeio" de João Campos no Datafolha.



Saiu mais uma pesquisa do Instituto Datafolha sobre as intenções de voto para as prefeituras em diversas praças do país. No Rio de Janeiro Eduardo Paes(PSD-RJ) mantém a liderança, em São Paulo os dois candidatos que lideram a disputa permanecem rigorosamente empatados, Nunes com 24% e Boulos com 23%, mas, o mais surpreendente mesmo foi a performance obtida pelo prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE), que crava 75% das intenções de voto, seria eleito no primeiro turno neste momento, e, possivelmente, este talvez seja o melhor desempenho de um concorrente à prefeitura em todo o país. 

Surpreende nesta pesquisa o desempenho do candidato representante do bolsonarismo, Gilson Machado, que desponta com apenas 6% das intenções de voto, em empate técnico com o candidato oficial do Campo das Princesas, Daniel Coelho(PSD-PE), que aparece com 7% das intenções de voto. As últimas pesquisas realizadas por outros institutos assinalavam um desempenho muito melhor do bolsonarista. Há muitas variáveis aqui envolvidas, até mesmo, na pior das hipóteses, um acerto do Datafolha em relação aos demais institutos ou algum outro viés, como, por exemplo, as metodologias adotadas por cada instituto.  

Muita água ainda vai rolar até o dia 06 de outubro, quando será realizado o primeiro turno daquelas eleições. Por enquanto, João é neve que não derrete, nem sob o calor dos ataques dos opositores, que já começam a prospectar eventuais gargalos que mereceriam ponderações críticas em sua gestão. 

Para aprofundar este e outros temas relativos às eleições municipais deste ano, assine o nosso perfil na Privacy, que pode ser acessado por aqui.  

Editorial: Bolsonaro se tornará um fardo político pesado em 2024?



Bolsonaro e seus assessores mais próximos parecem dar de ombros ao cerco legal que está se fechando em torno do capitão. Além das joias da Arábia, cartão de vacinação, há uma expectativa de que os problemas relativos às tessituras golpistas do 08 de janeiro também estão sendo concluídos. Por enquanto, o ex-presidente percorre todo o país em apoio aos seus correligionários, sendo saudado por milhares de apoiadores por onda passa. 

Salvo melhor juízo, as encrencas legais não estão se refletindo no humor dos seus apoiadores. Pelo menos não ainda. Infelizmente, no Brasil, essas questões parecem ter sido relativizadas na era da pós-verdade. Vale aqui o preceito de que se, a informação é contra o meu amigo, então é mentira. Se uma informação falsa está sendo disseminada contra o meu inimigo, então é verdade. 

No caso de Bolsonaro, o que vai pesar é a narrativa de uma vitimização, de uma perseguição política atroz, como se depreendo do discurso de seus apoiadores logo depois do anúncio dos indiciamentos pela Polícia Federal. Pode parecer surreal o que vamos afirmar por aqui, mas, surpreendentemente, não ficaríamos surpreso se tal condição viesse até a favorecê-lo. Há quem defenda, por exemplo, um stand-by no andamento desse processos, aguardando para um período posterior às eleições.  

Editorial: João Campos promete armar Guarda Municipal.



O prefeito do Recife, João Campos, em entrevista concedida ao Jornal do Commércio, no dia de hoje, 05, assegura que estuda conceder o porte de armas aos servidores da Guarda Municipal do Recife. Seria de forma gradual, com reforço do trabalho da Corregedoria, mas o gestor estaria firme neste propósito. Há uma grande polêmica em torno deste assunto, uma vez que essa questão já vem sendo analisada desde algum tempo, sempre suscitando posições controversas. 

Há quem assegure que esses agentes públicos poderiam dar uma contribuição ao nevrálgico problema da segurança pública. Por outro lado, existe a preocupação no tocante à licenciosidade de concessões de porte de armas para pessoas que talvez não tenham sido devidamente habilitados para o uso desse instrumento. Queremos aqui evidenciar um pouco de nosso desconhecimento em torno do assunto, mas sugere-se que os guardas municipais não recebem tal instrução nos momentos de sua formação, uma vez que, a rigor, inicialmente, eles não precisariam de tal formação. Neste caso, eles precisariam voltar à academia. 

Uma outra questão que surge no horizonte é a antecipação de João Campos às eventuais propostas dos seus concorrentes à Prefeitura da Cidade do Recife, principalmente aquele mais identificado com o bolsonarismo, que, certamente, incluiria essa questão em seu programa de governo. O rapaz é esperto, como disse o presidente Lula quando esteve aqui no Recife.  

Charge! Cláudio Mor via Folha de São Paulo

 


Editorial: Planalto reforça o time de Boulos em São Paulo.


Hoje, dia 05, deve sair mais uma pesquisa sobre a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desta vez quem saiu à campo foram os pesquisadores da IPEC, antigo IBOPE, para observar a quantas andam o humor dos brasileiros e brasileiras sobre o Governo Lula 3. O Governo não vai muito bem e a pesquisa deve refletir essa má fase. A julgar pelos preços dos alimentos nas prateleiras dos supermercados, a tendência de avaliação é negativa. No mais, vamos aguardar os resultados, que devem ser logo divulgados, afinal, ninguém tem bola de cristal.

A luz amarela parece ter acendido também em relação às eleições em São Paulo, onde o candidato do Planalto, Guilherme Boulos, mesmo que ainda numericamente, tem aparecido um pouco abaixo do seu principal competidor, Ricardo Nunes, que hoje já não pode esconder o apoio explícito do bolsonarismo. Como aquelas eleições é uma espécie de prova dos noves entre Governo e Oposição, principalmente a de matriz bolsonarista, o Planalto aposta todas as suas fichas para derrotar o prefeito Ricardo Nunes. 

Assim, escalou o ex-dirigente da legenda e hoje deputado federal Rui Falcão para reforçar a campanha do companheiro Boulos. A pré-campanha entrou numa fase complicada, onde até os eventos oficiais do Governo Federal naquela praça estão sendo solenemente ignorados pelo atual prefeito e o governador Tarcísio de Freitas. Ontem ficamos sabendo sobre a existência de fake news que estão sendo disseminadas por um dos concorrentes contra a deputada federal Tabata Amaral, que também concorre ao pleito. Preparem o estômago para enojarse com as mentiras e o cérebro para fazer as escolhas sensata. 

quinta-feira, 4 de julho de 2024

João Campos, pré-candidato à reeleição no Recife, não diz se ficará 4 an...

Vamos aprofundar essas discussões?



Através do nosso perfil da plataforma Privacy, que pode ser assinado por aqui, o leitor encontrará um aprofundamento dessas discussões diárias que estabelecemos através do blog. Assinem, recomendem aos amigos, deixem seus comentários. 

- A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro em dois inquéritos. Um deles em razão dos rolos envolvendo as joias doadas pelo Governo da Arábia Saudada ao Brasil, e um outro em função da adulteração ou falsificação de cartões de vacinação, com as implicações conhecidas acerca da falsificação de um documento público. Quais são os desdobramentos jurídicos e políticos desses indiciamentos?

- Assim como ocorre em São Bernardo, cidade de São Paulo, berço do PT, hoje administrado pelos tucanos, onde se tornou uma questão de honra retomar a cidade para o controle da legenda, sugere-se que o mesmo fenômeno possa está ocorrendo em Jaboatão dos Guararapes, aqui em Pernambuco, onde até a Direção Nacional do PT lança suas atenções para retirar a cidade das mãos da gestão bolsonarista. Jaboatão é o segundo colégio eleitoral de Pernambuco e já conta com três gestões sucessivas do PL. A batalha promete. as armas estão afiadas. Veja mais informações a esse respeito em nosso perfil. 

- Qual o real tamanho do bolsonarismo no Estado? Esta é uma pergunta que se faz depois da talvez inesperada perfomance obtida pelo então candidato ao Senado Federal nas eleições passadas, Gilson Machado, hoje candidato à Prefeitura da Cidade do Recife. Nas eleições de 2020, na ausência de uma candidatura que representasse, de fato, as forças conservadoras, o eleitor bolsonarista, sem opção, votou no socialista João Campos para prefeito do Recife. Hoje, com uma candidatura bolsonarista raiz, esses mesmos eleitores sufragariam o nome de Gilson Machado? 

- A Comissão de Mortos de Desaparecidos foi recriado em condições institucionais sensivelmente adversas. Quais seriam as suas consequências ou limites atuando num contexto de um ambiente político como este?  

Editorial: Governo Lula recria Comissão dos Mortos e Desaparecidos.



O Diário Oficial da União, em sua edição de hoje, traz aquilo que poderia ser uma grande notícia para os segmentos mais progressistas da sociedade brasileira, principalmente aquelas famílias que perderam seus entes amados durante o período de obscurantismo que o país atravessou depois do golpe Civil-Militar de 1964. Louvável aqui reconhecer o esforços que devem ter sido empreendidos por pessoas íntegras e sérias que integram o Governo Lula, a exemplo do Ministro dos Direitos Humanos, o sociólogo e professor, Sílvio Almeida, que, desde o momento em que assumiu o cargo, manifestou interesse na reabertura dessa comissão de mortos e desaparecidos, cujo trabalho havia sido interrompido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Infelizmente, devo aqui manifestar nosso pessimismo em torno deste assunto, principalmente em razão da conjuntura política que o país atravessa, quando tivemos exemplos recentes de que a disposição de dissecar essa verdades ficam comprometidas pelos constrangimentos institucionais impostos. Até recentemente, o então Ministro da Justiça, senhor Flávio Dino, hoje no STF, voltou encantado com uma experiência chilena, que havia erguido uma instituição museológica para enaltecer a memória dos jovens desaparecidos durante a sangrenta ditadura militar ocorrida naquela país. 

Salvo melhor juízo, além de uma exposição programada para ser realizada em Brasília, proposta do próprio Ministério dos Direitos Humanos, Flávio Dino teria sugerido que o Brasil criasse uma instituição do gênero, no que foi desaconselhado, durante o período alusivo aos 60 anos de aniversário do golpe de 1964. Paralelamente à criação dessa comissão, fala-se abertamente na concessão de anistia àqueles que, mais recentemente, voltaram a tramar contra as nossas instituições da democracia. 

Editorial: O xadrez político das eleições municipais do Recife em 2024: Quantos são os votos bolsonaristas de João Campos?



O candidato do PL às eleições municipais do Recife, o ex-Ministro do Turismo no Governo Bolsonaro, Gilson Machado, em recente sabatina da UOL\Folha, tocou num assunto que suscita, de fato, a necessidade de uma ponderação. Em sua primeira experiência nas urnas, o candidato foi muito bem votado no estado, atingindo a marca de mais de um milhão de votos como candidato ao Senado Federal nas eleições de 2022. Como ele mesmo afirma durante a sabatina, se houvessem duas vagas, ele estaria dentro. 

Não surpreende essa votação do candidato, uma vez que, como já havíamos discutido por aqui em outras ocasiões, o bolsonarismo ou a direita estão bem consolidados no estado. Neste momento, o candidato ocupa a segunda posição na disputa, o que também não surpreende, tendo em vista a sua capilaridade política, aliada à permeabilidade do bolsonarismo local. Gilson já pontua acima dos 20%, ficando em segundo lugar na disputa. 

Quando essas primeiras pesquisas de intenção de voto vieram a público, comentamos, numa dessas postagens, que seu staff político, muito provavelmente, estaria de olho no quantitativo de votos conservadores do Recife, declaradamente bolsonarista e não necessariamente bolsonarista. É neste meio de campo que ele irá atuar, ou seja, do centro para a direita, uma vez que ninguém gosta de ser identificado com a extrema direita. Possivelmente nem o Gilson. 

Durante a entrevista, Gilson Machado levanta uma questão interessante: Nas eleições de 2020 os bolsonaristas recifenses votaram em João Campos, uma vez que faltava alternativa a votarem num candidato, de fato, identificado com o bolsonarismo. O raciocínio procede. Um eleitor de perfil mais conservador ou bolsonarista, muito provavelmente, não votaria em Marília Arraes. Durante aquelas eleições, o prefeito João Campos, fazia questão de demarcar esses espaços, apresentando-se, até mesmo, como um antipetista. Até material apócrifo foi espalhado na cidade, identificando o PT com a má condução dos negócios públicos. 

Ao assumir o Palácio Capibaribe, relutou em aceitar se recompor com aquela agremiação política, cedendo apenas pelas contingências que se impunham de celebrar acordos que pudessem acomodar aliados socialistas na máquina federal, assim como viabilizar a sua gestão com recursos do Governo Federal. 

Editorial: A Batalha dos Guararapes nas eleições de 2024\2026.

 


É curioso como em Jaboatão dos Guararapes está se montando um palco de disputas das mais renhidas entre os principais forças políticas do Estado de Pernambuco. Na realidade, se observarmos bem, há razões de sobre para isso. Ali se concentra o segundo maior colégio eleitoral do estado, tornando o município, na região metropolitana do Recife, um dos integrantes do chamado Triângulo das Bermudas, um conjunto de três cidades que, pelo potencial dos seus colégios eleitorais e influências políticas que irradiam em suas microrregiões, podem decidir uma eleição majoritária. 

Nos últimos anos, a cidade configurou-se como um reduto bolsonarista, tornando-se uma questão de honra para as forças petistas retomarem o controle administrativo da cidade. Quando Anderson Ferreira afastou-se do cargo de prefeito depois do segundo mandato, para candidatar-se ao Governo do Estado, deixou a gestão nas mãos do seu vice, Mano Medeiros, filiado ao PL, que concorre à reeleição, e lidera, até este momento, as pesquisas de intenção de voto. 

Naquela praça, o PT apoia o nome do ex-prefeito da cidade, Elias Gomes(PT-PE), que vem recebendo todo o apoio político necessário das correntes estaduais e federais da legenda. Apesar da liderança de Mano Medeiros neste momento, a batalha promete ser uma das mais renhidas do Estado. O prefeito João Campos(PSB-PE) já afirmou que se integrará à campanha do petista. A governadora ainda não demarcou uma posição, movida por alguns dilemas: como apoiar o nome de um bolsonarista, partido com o qual ela sugere está se afastando? Como apoiar, igualmente, o nome de um candidato que conta com a simpatia do atual gestor do Recife, João Campos, com o qual poderá bater chapa nas eleições estaduais de 2026? 

Agora, surgiu mais complicador, conforme noticiado na coluna do jornalista Cláudio Humberto. o deputado federal Eduardo da Fonte(PP-PE) que integra a base de sustentação do Governo Raquel Lyra(PSDB-PE), praticamente exige o apoio da governadora à candidata do partido naquelas eleições, a deputada federal Clarissa Tércio. Do contrário, lança um nome para disputar as eleições do Recife, embolando ainda mais o jogo no campo do Palácio do Campo das Princesas, que conta com um candidato, Daniel Coelho, que ainda não desponta como competitivo. O danado é que Clarissa Tércio é mais bolsonarista do que Mano Medeiros.  

Editorial: Polícia Federal indicia o ex-presidente Jair Bolsonaro em dois inquéritos.



A Polícia Federal resolveu indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro em dois inquéritos. Um deles sobre a possível negociação irregular de joias que teriam sido presenteados pelo Governo da Arábia Saudita ao Governo Brasileiro, e um outro envolvendo a eventual falsificação de cartão de vacinação. A Polícia Federal realiza um trabalho que merece ser elogiado pela sociedade brasileira, seja pelo seu profissionalismo, rigor técnico, seja por sua condução enquanto um órgão de Estado, orientado por diretrizes republicanas.  

O Governo de Jair Bolsonaro, em alguns casos, pautou-se por uma agenda de perfil pouco condizente na condução dos negócios públicos. Ocorreram muitas lambanças, para usarmos um termo mais popular. Um dos indícios mais grotescos desse mal exemplo está relacionado às farras com  os cartões corporativos, usados indiscriminadamente para todos os fins, segundo apontamentos dos órgãos de fiscalização e controle. Neste período ocorreu uma verdadeira pane republicana, de consequências danosas para o país. 

Como o trabalho realizada pela Polícia Federal é tecnicamente impecável, é praticamente certo que tenhamos os encaminhamentos de praxe, ampliando-se as encrencas jurídicas envolvendo o ex-presidente, que ainda se movimenta como se objetivasse disputar as eleições presidenciais de 2026, mesmo tendo sido declarado inelegível. 

Charge! Laerte via Folha de São Paulo

 


quarta-feira, 3 de julho de 2024

Vamos aprofundar essas discussões?



No nosso perfil da Privacy, vamos aprofundar algumas dessas discussões aqui apresentadas pelo blog, como, por exemplo: 

- O que significou, em termos políticos, a presença de Lula aqui no Recife, ontem, dia 2, onde o morubixaba petista emite algumas pistas sobre como será o seu comportamento em relação aos dois palanques já montados no Estado para as eleições de 2026. Poderia ter sido mais moderado nos elogios ao prefeito João Campos(PSB)PE), sobretudo na presença da governadora Raquel Lyra(PSDB-PE), que sinaliza que falta muito pouco para trocar a plumagem tucana. Vermelho seria um pouco demais, mas um amarelo kassabiano já seria de bom tom e bem-vindo ao Governo Lula.  

- Em meia às turbulências econômicas, com o dólar em disparada, garantir o ovo e o frango na mesa dos brasileiros mais pobres já estaria de bom tamanho. Dezoito meses de governo depois, as circunstâncias não permitiram, ainda, que o brasileiros menos aquinhoados possam, de fato, ter acesso às carnes nobres como a picanha, que parece não ter passado de uma bravata de campanha. Será que ela volta em 2026? 

- O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante uma entrevista,  deu uma declaração das mais sensatas e prudentes em relação ao famigerado leilão do arroz bichado. Dois servidores foram demitidos e o Governo ainda enfrenta as articulações em torno de uma CPI. Um desgaste político imenso, daí se entender que o melhor caminho é incentivar a produção do produto no país, abdicando dessa ideia estapafúrdia de importar o produto, que, na realidade, não bem recebida por ninguém.  

- Em breve o presidente Lula deverá está se reunindo com os governadores dos Estados para a apresentação do que está sendo convencionado chamar de PEC da Segurança, ou seja, talvez um SUSP renovado, o que deve suscitar um grande debate em torno do assunto, sobretudo em razão de algumas medidas polêmicas que voltam a ser pensadas para adoção no sistema prisional, como a proibição das visitas íntimas. Clique no Link, assine e vamos debater o país e o estado. Sem sacanagem!

 

Editorial: Uma PEC de Segurança Pública para o país.



Nos próximos dias o Ministro da Justiça, o ex-Ministro do STF, Ricardo Lewandowski, deve apresentar ao presidente Lula, possivelmente com a presença de todos os entes federados, um plano nacional de segurança pública, que já estaria sendo denominada de PEC da Segurança. Em tese já existiria o SUSP - que seria o SUS da segurança pública, conforme se refere a ele o próprio ministro - daí a nossa estranheza em relação a este novo plano de segurança pública. 

Sabe-se que o SUSP enfrentou algumas dificuldades de implementação, quem sabe seja por isso que está sendo apresentado esse novo plano. Em todo o país o quadro é sensivelmente preocupante. Uma operação realizada pela Polícia Militar, numa favela em São Paulo, no dia de hoje, já aponta 6 mortos. Em Pernambuco, apesar do montante de verbas anunciados para o Todos Pela Segurança, a Polícia Civil anuncia que entrará em greve de advertência, em razão de não construir um acordo com o Governo do Estado. Segundo os dirigentes do SINPOL - sindicato da categoria - Pernambuco é onde se paga o menor salário a um policial civil.  

As duas situações mostram que o quadro é grave de um quadrante a outro, onde só se sabe de notícias ruins envolvendo essa questão. Em missão de trabalho aqui no Estado, onde esteve em visita ao Complexo de Penitenciário do Aníbal Bruno, o Secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, deixou transparecer que pretende adotar medidas rigorosas para o cumprimento de pena nas unidades prisionais, como uma eventual proibição de visitas íntimas, bloqueio de celulares, restrições ao parlatório. 

Faz todo o sentido essas preocupações do secretário, na medida em que se sabe, por exemplo, que os líderes dos crime organizado permanecem ativos mesmo quando do cumprimento de suas penas, dando contribuição para o aumento desses índices de violência. Convém, no entanto, a ponderação sobre a adoção de algumas dessas medidas, que se tornaram inócuas em relação ao efetivo alcance dos seus objetivos.  

Editorial: Será que o Governo desistiu dos leilões de arroz?



Em entrevista recente, o Ministro da Agriculta, Carlos Fávaro, assinalou que, a rigor, não haveria mais a necessidade de novos leilões para a importação de arroz, pois os preços já haviam cedido, sendo necessário, portanto, apenas incentivar a produção local. Os leitores devem ter percebido que o Governo Lula 3 passa por um momento onde os seus integrantes costumam bater cabeça, apontando diretrizes distintas, embora integrem uma mesma gestão, o que se traduz num grande problema. 

Oxalá, a posição do Ministro da Agricultura reflita uma posição firmada a partir da conclusão de um posicionamento de Governo e não apenas manifeste uma posição pessoal do titular da pasta. Chega de arroz! Queremos picanha para a mistura, como dizem os matutos nordestinos. Seria a coisa mais sensata a se fazer neste momento. Esse leilão começou bichado e a primeira providência do governo seria a de se livrar-se das suas consequências, inclusive do ponto de vista político.  

Dois funcionários graduados do Governo já foram afastados do cargo em razão dos problemas relacionados esse leilão. O Governo move moinhos para evitar uma proposta de CPI que estancou nas 160 assinaturas, quando são necessárias 171. Apesar do impulso natural do início, dizem que não avança, uma vez que o torniquete aplicado diz respeito à liberação de emendas num ano eleitoral, o que seria catastrófico para os parlamentares.  

Editorial: Lula cai na real sobre o consumo de carnes entre os brasileiros.



Aquela picanha com cervejinha sugere-se que não chegará à mesa de alguns brasileiros. Não se trata apenas de uma previsão ou de uma torcida da oposição, que até fez chacotas em torno do assunto, mas de uma situação imposta pela conjuntura econômica do país, que atravessa uma fase das mais delicadas, caracterizada pela desvalorização do real diante do dólar, assim como pelas birras entre o Governo e o Banco Central, tendo como pano de fundo a condução da política econômica. 

O Governo, que já quebrou todos os tetos de gastos, insiste em continuar a sanha gastadora, sobretudo numa ano de eleições, onde pretende colher bons resultados nas urnas. O aspecto mais hilariante dessa história toda talvez seja mesmo a fábula da picanha, onde o presidente começa a fazer um contorcionismo narrativo tremendo para explicar porque ela não chegou aos pratos dos brasileiros menos aquinhoados, como ele mesmo havia prometido em campanha.  

Afinal, eles, os pobres, comem carnes menos nobres, como o franco, o ovo, o acém, o peito, as costelas. Sugeriu-se até que se poderia baixar o imposto desses tipos de carnes e sobretaxar as partes nobres como a picanha, mas alguém já alertou que isso seria tecnicamente inviável. Por outro lado, esbarra-se aqui numa contradição, ou seja, um eventual aumento do preço da picanha, tornando-a ainda mais inacessível aos brasileiros do andar de baixo da pirâmide social. No final e ao cabo, talvez ela "volte" nas narrativas eleitorais da campanha presidencial de 2026. Até lá, vamos de pé de frango, rico em colágeno. 

Editorial: Os compromissos de Lula no Recife.



Esses encontros oficiais de Lula, embora inevitáveis, estão se tornando até certo ponto desgastantes. Em São Paulo, até recentemente, dos agentes públicos de peso, deixaram de comparecer à assinatura de contrato para ampliação de obras do metrô. Na Bahia, um prefeito que resolveu arriscar, foi veementemente vaiado durante a sua fala, precisando da interferência do próprio presidente para conter os apupos. 

Aqui em Pernambuco, não foi diferente. Um encontro marcado por muitos atropelos, gafes, e, naturalmente vaias. Sugere-se que alguns governantes imaginam que o povo é bobo. Inventaram uma solução mirabolante para o problema dos prédios caixão, onde se prevê o pagamento de uma indenização aos proprietários  e posterior demolição dos imóveis, apenas para aqueles que correm alto risco de desabamento. Ora, todas essas edificações apresentam vícios de construção e, como tal, em todos os casos os moradores deveriam ser ressarcidos e os prédios demolidos. Ao abordar este assunto, apresentado equivocadamente como um grande marco de política habitacional no Estado, a governador Raquel Lyra não se livrou das vaias do plateia que estava presente ao evento. 

Não se pode servir bem a dois senhores. Um jornalista do Jornal do Commércio fez referência aos "dois" Lulas que estariam no dia de ontem no Recife. Um Lula do encontro com o prefeito João Campos e um outro Lula, desta vez com a governadora Raquel Lyra. João é um aliado, embora existam arestas no tocante aos arranjos relativos às composições de chapa. Precisamente, até as eleições de 2026 já entrariam nessas negociações. A tucana Raquel Lyra está em processo de mudança de plumagem. Talvez o vermelho seja a cor predominante em sua nova coloração. Lula se derramou nos elogios ao prefeito João Campos, um adversário da governadora nas eleições de 2026.    

Charge! Leandro Assis e Triscila Oliveira via Folha de São Paulo

 


terça-feira, 2 de julho de 2024

Em discussão: Caso continue inelegível, qual o plano de Jair Bolsonaro para 2026?

 


-No nosso perfil da Pivacy, no dia de hoje, 02, enfim revelamos qual o candidato preferido do ex-presidente Jair Bolsonaro, caso ele continue inelegível. Para uma legião de bolsonaristas, o candidato natural seria ele mesmo, mas existem os entraves jurídicos, que já determinaram a sua inelegibilidade até 2030. 

-Outra discussão interessante diz respeito ao destino da deputada Cida Ramos, depois de a cúpula do PT bater o martelo em relação ao nome do deputado estadual Luciano Cartaxo como candidato à prefeitura de João Pessoa nas próximas eleições. Coerente e autêntica, ela resigna-se e acompanha a decisão do partido, pedindo aos seus eleitores para sufragarem o nome de Cartaxo?  

-Por fim, mas não menos importante, os desdobramentos e as eventuais consequências de um possível racha entre os bolsonaristas pernambucanos, em plena campanha de Gilson Machado à Prefeitura do Recife, num contexto onde ele, apesar da distância que o separa do principal concorrente, João Campos, já ocupa a segunda posição na disputa, cravando algo em torno de 20% das intenções de voto.

O perfil pode ser assinado e acessado por aqui.  

Editorial: Cúpula da direita se reúne em Balneário Camboriú.



A cúpula da direita, ou da extrema-direita, se preferirem, se reúne no próximo final de semana no aprazível Balneário Camboriú, com a presença de ilustres representantes, como Jair Bolsonaro e o presidente da Argentina, Javier Milei, que já confirmou sua presença no evento. O encontro está sendo organizado pela CPAC - Conservative Political Action Conferency. 

Ainda ontem comentamos por aqui que esse pessoal está bastante ativo e atuante, seja na Europa, veja-se o caso da França, seja no continente das três Américas, conforme é o caso dos Estados Unidos e Argentina. No Brasil, eles estão à espreita, atuando em diversas frentes, construindo as condições para voltar ao poder. 

Mesmo com Bolsonaro inelegível, já existem uma penca de candidatos a substituí-lo nas eleições presidenciais de 2026, embora ele tenha lá suas preferências, conforme discutimos em nosso perfil da Privacy. Na realidade, entre os nomes que se apresentam, nenhum deles é o da preferência do ex-presidente Bolsonaro.