Bolsonaro e seus assessores mais próximos parecem dar de ombros ao cerco legal que está se fechando em torno do capitão. Além das joias da Arábia, cartão de vacinação, há uma expectativa de que os problemas relativos às tessituras golpistas do 08 de janeiro também estão sendo concluídos. Por enquanto, o ex-presidente percorre todo o país em apoio aos seus correligionários, sendo saudado por milhares de apoiadores por onda passa.
Salvo melhor juízo, as encrencas legais não estão se refletindo no humor dos seus apoiadores. Pelo menos não ainda. Infelizmente, no Brasil, essas questões parecem ter sido relativizadas na era da pós-verdade. Vale aqui o preceito de que se, a informação é contra o meu amigo, então é mentira. Se uma informação falsa está sendo disseminada contra o meu inimigo, então é verdade.
No caso de Bolsonaro, o que vai pesar é a narrativa de uma vitimização, de uma perseguição política atroz, como se depreendo do discurso de seus apoiadores logo depois do anúncio dos indiciamentos pela Polícia Federal. Pode parecer surreal o que vamos afirmar por aqui, mas, surpreendentemente, não ficaríamos surpreso se tal condição viesse até a favorecê-lo. Há quem defenda, por exemplo, um stand-by no andamento desse processos, aguardando para um período posterior às eleições.
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