Eduardo Paes. O PT não o deseja concorrendo com Lindbergh em 2014.

O caldeirão da política fluminense está fervendo. Há mais de um ano das eleições, as movimentações são intensas. Não sabemos se Sérgio Cabral reunirá as condições políticas de resgatar o capital político perdido durante aquela tragédia na Bahia, onde ficaram evidenciadas as relações perigosas e pouco republicanas, envolvendo o poder público e a iniciativa privada. Ele chegou a se desculpar, criar um código de ética, mas tudo em vão. Faz lembrar uma anedota que se conta, envolvendo o grande político mineiro, Tancredo Neves. Alguém perguntou a Tancredo qual presente ele daria no aniversário do político paulista, Paulo Maluf. Ele respondeu de bate-pronto: um Código Penal. Antes desse episódio, Cabral despontava como um dos políticos mais influentes no tabuleiro das decisões presidenciais de 2014. Para 2012, ainda há uma possibilidade de o PMDB e o PT caminharem juntos, desde que o partido de Lula não deixe de indicar o vice. Neste caso, o Partido dos Trabalhadores apoiaria a candidatura de Eduardo Paes à reeleição. Agora, em 2014 o PT vai às urnas com o senador Lindbergh Farias, ex-presidente da UNE. Para demarcar posição, sempre que Cabral acena com o apoio a determinado candidato a prefeito numa cidade, Lindbergh monta seu palanque ali pertinho. Concorrendo por fora, mais uma vez, Anthony Garotinho. A estratégia do PT é segurar Eduardo Paes na prefeitura. Se Sérgio mudar de idéia as coisas se complicam para o PT.