Há alguns meses o http://blogdojolugue.blospot.com noticiou uma supostas visita que o sociólogo alemão, Robert Michels, fez ao Partido Verde. Michels é aquele autor da tese da Lei de Ferro da Oligarquias, ou seja, a tendência de as organizações, sobretudo as de natureza política e sindical, em solaparem os valores da democracia ao longo de sua existência. Isso, de certo modo, é o que reclamam os dissidentes do Partido Verde, que exigiam maior oxigenação da vida partidária na agremiação. Um outro sociólogo, dessa vez espanhol, vem se constituindo no principal ideólogo desse grupo dissidente, que gravita em torno de Marina Silva e o empresário Ricardo Young. Trata-se do guru, Manuel Castells, intelectual envolvido com o movimento de Maio de 68 na França e autor de livros de enorme sucesso, entre os quais “Sociedade em Rede” e “Comunicação e Poder”. Sobretudo no segundo título, Castells disseca o esgotamento do modelo de democracia representativa, afirmando que a “classe política” passou a defender seus próprios interesses corporativos, distanciando-se dos interesses da sociedade como um todo. Ou seja, criou-se uma cisão entre representantes e representados, obrigando esses últimos a criarem novos padrões de participação democrática num mundo globalizado e digitalizado. É neste aspecto que as redes sociais cumprem um papel importantíssimo. Os integrantes da agremiação, sobretudo esse grupo dissidente, passou a manter uma relação de grande proximidade com o sociólogo, acompanhando suas palestras com muita atenção. Talvez seja o caso de Sérgio Xavier, Secretário de Meio Ambiente do Estado, convidá-lo para uma palestra aqui na província.
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