sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Tijolinho do Jolugue: PSB joga no lixo o legado político de Dr. Arraes.
Ainda repercute bastante a decisão tomada pelo PSB pernambucano no sentido de apoiar o nome do senador Aécio Neves(PSDB) nas eleições presidenciais do segundo turno. Alguns comentários manifestam indignação, outros se dizem consternados com a atitude, enquanto outros apontam ainda o aspecto paradoxal dessa decisão, sobretudo considerandos-se o histórico do partido e as relações com recentes com os Governos Lula/Eduardo. Neste último aspecto eu não vou nem enumerar os recursos federais investidos no Estado, porque seria desnecessário e um tanto repetitivo. Ema artigo publicado no blog, escrito por Michel Zaidan Filho e, mais recentemente, em postagem do blog de política do Diário de Pernambuco, fica evidente as manobras do ex-governador Eduardo Campos no sentido de apear o PT do poder, tanto no plano estadual quanto no plano federal. Imagino mesmo que alguns atores da velha guarda da agremiação teriam percebido a manobra, mas não foram levados a sério. Eu, por exemplo, através do blog, advertia quase que diuturnamente, que havia um plano para tomar a bastilha petista no Estado, ou seja, o Palácio Antonio Farias. A raposa ficou à espreita e deu o bote no momento certo, contando com a ajuda, inclusive, dos chamados queijos do reino e alguns ingênuos. Fato consumado, assim que começaram as articulações com o objetivo de viabilizar a candidatura presidencial de Eduardo Campos - todos que se juntavam a ele repetiam o mantra de que ele precisaria afastar-se do PT. Sua aliança branca com os tucanos vem de longas datas, por vezes - imaginem - justificada em torno de um novo pacto de gestão da máquina pública. Em certo sentido, portanto, nenhuma surpresa que o PSB local tenha manifestado sua opção pela candidatura do senador Aécio Neves. A manobra de Eduardo conseguiu a proeza de causar alguns danos profundos ao PT no Estado. Erros estratégicos tornaram o partido eduardo-dependente e, com a sua morte, a agremiação vive um mal momento no Estado. A oligarquia que está em gestação no Estado parece se sentir auto-suficiente. Forma-se no Estado num núcleo duro de oposição a um futuro Governo Dilma Rousseff, caso a presidente seja reconduzida ao Planalto. Vão longe os tempos das orgias gastronômicas no Bairro de Dois Irmãos. A oligarquia está de dieta. uma dieta anti-petista. Profundamente lamentável que um partido com as tradições políticas do PSB tenha chegado a essa situação de absoluta capitulação aos interesses mais nefastos que o Dr. Arraes tanto combatia. O PT demorou muito para perceber o monstro de sete cabeças que estava se formando no Estado. Não foi por falta de aviso.
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