Está tudo pronto para o debate de logo mais, transmitido pela Rede Globo, entre os concorrentes à Presidência da República. Dilma Rousseff abre 08 pontos de diferença sobre Aécio Neves, liderando a corrida presidencial. IBOPE e Datafolha atestam esses números. A princípio, não se espera grandes surpresas nesse último debate. Salvo melhor juízo. A revista Veja saiu com uma matéria "bombástica", informando que o casal presidencial sabia das maracutaias que ocorriam na Petrobras. Até aqui, nenhuma novidade. Antes mesmo de ser eleita presidente, por exemplo, na condição de ministra, Dilma já fazia exigências sobre os escândalos de corrupção no Ministério dos Transportes, Trabalho e Minas e Energias. Não é mais novidade para ninguém que somos um país com alto índice de corrupção na máquina pública, algo que atinge o cidadão comum, que se utiliza da Lei de Gerson, até os altos escalões das estatais e da esplanada dos ministérios. Infelizmente. Vamos ainda levar algumas décadas para esse problema deixar de ser endêmico e tornar-se uma excepcionalidade, uma exceção à regra. O Brasil vem melhorando no ranking dos países mais corruptos, mais os avanços são lentos. O debate sobre o assunto não é sobre quem roubou mais, quem roubou menos, mas em torno do aperfeiçoamento do instrumentos do Estado no sentido de minimizar esse problema. Quem são os tucanos para falarem de corrupção? Como bem lembrou Dilma, até nesse caso mais recente da Petrobras eles estão envolvidos. Achacaram para esvaziar uma CPI. Achaque dos grandes. Algo em torno de 10 milhões de reais. Claro que a população e os eleitores ficam indignados com essas práticas na condução da coisa pública, mas são consciente de que os tucanos não as mudarão. A agressividade de Aécio também não funcionou. O eleitorado feminino não gostou nenhum pouco. Mesmo a repercussão da matéria (sic) pelos telejornais - com a possibilidade de Aécio levar um exemplar para alisar durante o debate - penso, já não surtirá grandes efeitos. Assim fala o bom-senso. O imponderável, no entanto, existe e, quem sabe em razão disso, a assessoria de Dilma resolveu antecipar-se aos possíveis estragos. Afinal, cautela e canja de galinha - principalmente a caipira - não fazem mal a ninguém. Uma das possibilidade da ocorrência de tantos erros nos levantamentos de intenção de voto seria, de acordo com Hubert, a incapacidade de os institutos acompanharem as mudanças de opinião dos eleitores. Será? Espero que não. A essa altura do campeonato, os votos de Dilma estão consolidados. A emissora do Plim Plim é que encontrou alguns desses eleitores indecisos e estará levando-os ao auditório para fazerem perguntas aos concorrentes durante o debate. Há quem suspeite de mais uma manobra.
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