Há um consenso de que essas eleições municipais representaram uma espécie de "batismo" político para o prefeito Geraldo Júlio(PSB). Da equipe de "técnicos" do ex-governador Eduardo Campos, o crédito de sua primeira eleição para a Prefeitura da Cidade do Recife foi atribuída totalmente ao prestígio do ex-governador. Nessas eleições municipais de 2016, ele precisou caminhar com seus próprios pés, sem o apoio de algum ator político com mais carisma ou capilaridade política. Na esteira dessa vitória, logo setores da imprensa local passaram a projetar o seu nome para uma eventual candidatura ao Palácio do Campo das Princesas, possivelmente em 2022, uma vez que 2018 estaria reservado para o projeto de reeleição do governador Paulo Câmara.
Hoje ele concedeu uma entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, onde se sobressai uma preocupação em identificar-se com um perfil progressista, lembrando, inclusive a sensibilidade social de homens públicos que o inspira, como Miguel Arraes e Eduardo Campos. Aproveitou o ensejo, até mesmo, para tecer algumas críticas às recentes medidas do Governo Michel Temer, procurando imiscuir-se de suas inevitáveis consequências danosas à gestão municipal e, principalmente à população. Primeiro, é preciso dizer que, no estágio atual em que se encontra o partido socialista, seriam necessárias muitas costuras políticas internas para assegurar esse "escalonamento" de poder entre os seus membros. Depois, seria fundamental combinar, antes, como advertia o craque Garrincha, com os adversários. Até lá, muita água deverá correr no rio da política local, por vezes contrariando projetos e ambições pessoais. (...)
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