O escritor Antonio Campos, candidato à Prefeitura da Cidade de Olinda nas últimas eleições municipais, convocou a imprensa para uma coletiva. Nessa coletiva, ele mesmo se encarregou, digamos assim, de lavar as roupas sujas que envolveram os bastidores de sua candidatura, tumultuada desde o início, pelo fato de não se ter construído um consenso sobre o assunto tanto nas hostes socialistas locais, quanto na nucleação familiar Campos/Arraes. Ele foi de uma franqueza que até nos surpreendeu, ao falar sobre a personalidade da senhora Renata Campos, assim como adjetivar, com absoluta clareza, o processo de perseguição implacável aplicado à vereadora Marília Arraes quando, um pouco antes, abriu uma dissidência no clã.
Depois dessa coletiva, creio, sua relação com o grupo jamais será a mesma. Antonio Campos, por exemplo, informa que foi boicotado desde o início pelo Palácio do Campo das Princesas, que não moveu uma palha para evitar a pulverização de candidaturas no primeiro turno daquelas eleições. Há, aqui, independentemente de outras considerações, um problema de origem: a definição do nome que deverá herdar o espólio político do ex-governador Eduardo Campos. Como o PSB local é uma agremiação que segue as diretrizes da viúva Renata Campos, o nome ungido recai sobre o filho do ex-governador, João Campos, hoje chefe de gabinete do Governo Paulo Câmara. Uma eventual vitória de Antonio Campos, em Olinda, poderia entornar o caldo sucessório familiar. (...)
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