pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Casos de infecção e mortes por Covid-19 voltam a subir no Brasil.
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sábado, 21 de novembro de 2020

Editorial: Casos de infecção e mortes por Covid-19 voltam a subir no Brasil.

Os casos e mortes por Covid-19 estão aumentando sensivelmente no Brasil, o que significa dizer que entramos firmes na segunda onda da doença, realidade já então enfrentada por países europeus e pelos Estados Unidos. Em alguns desses países, voltaram a ser adotadas medidas preventivas rigorosas, como as restriçoes de contatos sociais. No Brasil, a adoção de medidas do gênero ainda não foram implantadas, segundo comenta-se, em razão da realização das eleições municipais, que só terminam no domingo 29, quando do término do segundo turno. O fato concreto é que fatores políticos e econômicos estão impedindo que os governos estaduais adotem medidas mais duras para o enfrentamento dessa segunda onda da doença. O mais preocupanete é que em algumas praças estão sendo observadas a incidência de casos mais graves da doença, exigindo cuidados mais complexos, quando não, significando a morte do paciente. O Brasil nunca foi um bom aluno do lockdown. Desde o início, nunca atingimos as metas que estavam sendo previstas, o que poderia, naquele momento, ter evitado a propagação da doença, diminuindo sensivelmente o número de mortes. Se, para alguns grupos sociais essa observação é procedente, para aqueles grupos sociais periféricos, empobrecidos e moradoress de favelas é preciso fazer as ponderações específicas, uma vez que as condições de vida dessa gente interditam a adoção de alguns cuidados básicos. Vivem confinados em pequenos espaços físicos, não recebem água em casa com regularidade - para a higiene das mãos com sabão amarelo - precisam trabalhar de manhã para comer à noite. Principalmente no Rio de Janeiro, contingentes expressivos da população já vivem sob o comando de grupos milicianos que, na realidade, é quem determina o que pode e o que não se pode fazer. Se, por um lado, o toque de recolher pode ter sido saudável, pois vai ao encontro das restrições de contato social, por outro lado isso representou o definhamento de uma das fontes de financiamento de grupos milicianos, como a extorsão aos comercientes. Alguns deles foram obrigados a pagar pedágio mesmo com o comércio fechado. Em outros casos, foram obrigados a abrir a porta dos seus estabelecimentos comerciais por imposição das milícias. O lockdown não é necessariamente uma unanimidade. Segundo alguns analistas, apenas restringir os contatos sociais - embora seja uma medida importante - não seria o suficiente para conter o avanço da doença se não acompanhada de outras medidas, como a ampliação das testagens, por exemplo. O fato é que medidas preventivas deverão ser ampliadas no próximo mês, em razão do preocupante avanço da doença em todos os quadrantes do país, com maior ou menor incidência. As vacinas estão chegando, mas ainda há muitas controvérsias em torno do assunto. Por outro lado, até atingirmos a sua democratização, muitas vidas ainda serão ceifadas. A Covid-19 provocou um desarranjo gigantesco na economia em sua primeira onda, o que leva comerciantes e empresários a se colocarem contra um outro procedimento de lockdown radical. Isso não ocorre apenas aqui, mas em países europeus, onde foram registrados inúmeros protestos contra as medidas resritivas, com os manifestantes sequer tomando um cuidado primário, como o uso das máscaras. Aqui em Pernambuco, quando sou obrigado a deixar a concha - por dever de ofício - costumo observar muita gente sem o uso das máscaras. De fato, seu uso causa um certo desconforto, mas, certamente, é um desconforto menor do que os procedimentos médicos adotados naqueles pacientes de Covid-19 em estágio grave, quando a doença costuma atingir a capacidade respiratória do indivíduo. Difícil saber como os nossos govenrnates sairão dessa saia justa. Mortes, hospitais abarrotados de gente doente, e as reticências naturais às medidas restritivas de contato social, seja por motivações culturais, seja por motivação econômicas. Este é o período do ano em que, normalmente, começam o planejamento para as festas de réveillon, seguida das férias de janeiro. Quem tiver a curiosidade de pesquisar os preços de hospedagem neste período em praças conhecidas - como Tambaú, Fortaleza, Rio de Janeiro - vai se deparar com a prática de valores que não indicam, de forma alguma, uma diminuição desses valores em razão da baixa procura. Os preços estão nas alturas. O mesmo se aplica aos valores de viagem de avião. Para esses setores parece que nada está acontecendo e, possivelmente, essas festas não serão proibidas em razão da pandemia, o que seria uma grande temeridade. Espero que prevaleça o bom-senso, mesmo a contragosto de alguns irresponsáveis ou negacionistas. Salvo melhor juízo, apenas o governo consequente da Bahia já teria anunciado a não realização do tradiconal carnaval.

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