pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Ciro Gomes come o mingau quente pelas beiradas
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domingo, 10 de abril de 2022

Editorial: Ciro Gomes come o mingau quente pelas beiradas



Embora do mesmo partido, há evidentes divergência de projetos entre Luciano Bivar e ACM Neto. Enquanto o primeiro alimenta projetos nacionais, ACM Neto só tem olhos para o seu Estado, a Bahia, onde pretende retomar o controle do poder político, nas mãos do PT há 16 anos. Os grandes oligarcas do MDB já se manifestam contra as articulações do partido em torno da candidatura própria da senadora Simone Tebet(MDB-MS), através de uma aliança política que envolve, além de setores do próprio MDB, o União Brasil, o PSDB e o Cidadania. Não chega a ser surpresa essa reação da velha guarda da mangueira emedebista, alguns deles já comprometidos com a candidatua de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. 

Confusão de um lado, confusão do outro no plano nacional, o candidato do PDT, Ciro Gomes, resolveu comer o mingau quente pelas beiradas, como se diz no Nordeste, para não queimar a língua, como se isso fosse possível em se tratando de Ciro Gomes. A desistência de Sérgio Moro deve ter injetado algum ânimo na candidatura do pedetista, mas é preciso observar que ele não herdou as intenções de voto no ex-juiz da Lava-Jato. Quem somou quatro pontos preciosos em suas intenções de voto foi o presidente Jair Bolsonaro(PL). 

Em todo caso, vale a estratégia adotada, pois, como diz Carlos Lupi, Presidente Nacional do PDT, isso amplia sua capilaridade política. Neste sentido, ele já fechou um acordo para apoiar o nome de ACM Neto como candidato ao Governo do Estado da Bahia; costura um acordo com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes(PSD-RJ); tem mantido conversas com Ronaldo Caiado(UB-GO), em Goiás; O União Brasil e o PSD de Gilberto Kassab parecem ser seus alvos principais, embora, oficialmente, no plano nacional, ele não seria o nome que Gilberto Kassab procura para chamar de seu candidato presidencial.

A essa altura do jogo das eleições presidenciais de 2022, a ideologia política parece ter perdido espaço para o pragmatismo político. Lula, por exemplo, enfrentou forte resistância de setores do partido para emplacar o nome de Geraldo Alckmin(PSB-SP) como candidato a vice em sua chapa. Alckmin nunca vestiu um figurino de esquerda. É um estranho no ninho petista e jamais será bem digerido pelos grupos históricos da legenda. Diante desses fatos, o que dizer dessas andanças de Ciro Gomes com essa gente? Quem atira a primeira pedra?    

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