As eleições em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, costumam ser bastante equilibradas, daí se entender que não seria prudente comemorar com muito entusiasmo esta liderança ostentada pelo candidato do PT ao Governo do Estado, Fernando Haddad. Mas também não queremos aqui aventar a possibilidade de um malogro petista na reta final, para não atrair a ira dos militantes, que estão demonizando o senador Randolfo Rodrigues, da Rede, que levantou essa hipótese em relação ao candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP), diante da reação do presidente Jair Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto.
Em princípio, há de se entender que o PT nunca teve vida fácil naquela praça. Todas as vitórias eleitorais ali obtidas foram a partir de lutas renhidas, com arranjos inusitadas, ao apagar das luzes, já na prorrogação do segundo tempo,digo, turno. Como se trata da vitrine mais importante do país, não cessam de ser divulgadas pesquisas de intenção de voto sobre aquela quadra específica. Ali, por exemplo, já se sabe até mesmo a capacidade física - e eleitoral - de Lula em carregar o andor. Aqui na província pernambucana este dado ainda é uma grande incógnita, apesar de sua popularidade e boa intenção de voto.
Mas, convém não esquecer, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Aqui em Pernambuco, mesmo não estando no mesmo palanque, Lula pode ajudar muito mais Marília a se eleger do que o candidato socialista, Danilo Cabral(PSB-PE), embora seja ele o candidato ao Governo do Estado com o qual assumiu o compromisso de apoiar. Por isso seria de fundamental importância desvendar esse inigma eleitoral. Em São Paulo, a ajuda é recíproca. Tanto Lula ajuda Haddad, quanto Haddad ajuda Lula, o que se constitui num alento para a campanha presidencial petista.
O ex-governador Geraldo Alckmin, candidato a vice na chapa de Lula, também cumpre um papel estratégico, posto que possui um eleitoraldo conservador consolidado, quem sabe, impedindo o assédio do candidato do Planalto sobre tais redutos eleitorais, o ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Por outro lado, como não há nada ruim ( como as últimas infelizes declarações ) que não possa piorar, há dois indicadores que devem preocupar o petista. Em princípio, pelos escores de ambos, sua capacidade de transferência de votos para o pupilo Haddad pode ter encostado no teto, enquando Bolsonaro pode melhorar sensivelmente os escores de seu candidato, Tarcísio de Freitas. Outra dor de cabeça é que a pesquisa do IPESPE, no plano nacional, aponta praticamente um empate técnico entre Lula e Bolsonaro: 34% a 30%. Para o Governo do Estado de São Paulo, os números são estes:
Fernando Haddad 29%
Márcio França 19%
Tarcísio de Freitas 13%
Garcia 5%
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