No site da revista Veja, uma longa matéria sobre a Deputada Federal Marília Arraes, recentemente filiada ao Solidariedade. Nas linhas da matéria, se sobressaem adjetivos como egoísta, personalista, desagregadora, arengueira. Nas entrelinhas, atribuídos às pessoas de sua convivência aqui no Estado e em seu antigo partido, o PT, observações duvidosas e, portanto, impublicáveis. Como este blog não é dedicado aos tititis, chama a nossa atenção na matéria três questões de natureza política. A primeira delas sugere que os problemas da sua indicação para concorrer ao Senado Federal na chapa da Frente Popular, como chegou a ser aventado aqui na província, de fato, haviam sido contornados, tendo o governador Paulo Câmara(PSB-PE), concordado em indicá-la ao cargo na chapa, mesmo diante das enormes dificuldades encontradas no contexto da família Campos e da Frente Popular, onde haviam vários postulantes à indicação.
Marília nega que as costuras entre as duas legendas estivessem chegado nesse padrão de ajustamento político. A outra questão, já discutida aqui em outras oportunidades, é a explicação mais convincente para a sua boa performance nas primeiras pesquisas de intenção de voto para o Governo do Estado, depois de sair do PT e filiar-se ao Solidariedade. Somente boas pesquisas qualitativas poderiam explicar, com mais precisão, essa motivação do voto do eleitorado do Estado em Marília.
Ela já vinha apresentando um bom desempenho nas pesquisas de intenção de voto para o Senado Federal, daí sua insistência pertinente em ser indicada ao cargo pelo PT, no contexto da Frente Popular. Tudo indica que ela conseguiu levar para a sua candidatuta ao Governo do Estado, a mesma tendência de voto, pois aparece liderando as pesquisas. A explicação dada por um professor da UFPE de que os seus atributos eleitorais estão relacionados à sua identificação ao PT é duvidosa. Ela é bem maior do que o PT em Pernambuco. Ela era a única alternativa para um grito de liberdade do partido, que se tornou um apêndice do PSB.
A última questão - que a revista sugere que está causando ruídos e desconfortos entre as duas legendas, o PSB e o PT - seria a insistência de Marília em associar o seu nome ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já assumiu o compromisso formal de carregar o andor do PSB no Estado. Apesar da admiração e respeito recíprocos, Lula não assumiu nenhum compromisso com Marília Arraes. Será o andar da carruagem político que deve ditar os apoios formais - e informais - das próximas eleições aqui no Estado.
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