pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O vampiro está de volta
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sábado, 16 de abril de 2022

Editorial: O vampiro está de volta



Pelo que temos lido e ouvido, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin(PSB-SP), jamais será um ator político bem aceito por setores do Partido dos Trabalhadores. Trata-se de uma espinha encravada na gargante dos segmentos mais autênticos e radicais da legenda, incapaz de descer mesmo com o punhado de farinha produzida pelas circunstâncias políticas enfrentadas pelo país neste momento, marcada por uma evidente ameaça às instituições democráticas. Não é de hoje que o PT precisa conviver com essas espinhas encravadas, capazes de produzir danos irreparáveis,como as tessituras que culminaram com o afastamento da presidente Dilma Rousseff, em 2016. 

Calejada, a ex-presidente, até recentemente, advertiu Lula sobre a possibilidade de estar cometendo o mesmo equívoco. Quando ouvi uma dessas "espinhas encravadas' elogiando a escolha de Geraldo Alckmin(PSB-SP) por Lula passei a ficar profundamente preocupado. Exímio articulador político, é ele quem estaria por trás de uma articulação para a formação da chapa presidencial formada pela senadora Simone Tebet(MDB-MS), como candidata a presidenta, e o governador gaúcho, Eduardo Leite(PSDB-RS), para vice. 

Mesmo com o esboço de reação do governador de São Paulo, João Dória(PSDB-SP), a chapa proposta acima, numa articulação dos partidos União Brasil, Cidadania e setores do MDB e do PSDB ganha fôlego, de acordo com a competente jornalista, Clarissa Oliveira, em sau coluna da revista Veja. Muito respeitdo no partido e ainda com algum capital político, não sei se este ator seria capaz de dobrar a velha guarda da manguera emedebista - que não aprova a tese de uma candidatura própria - mas este não seria um obstáculo instransponível. Em última análise, ele não relutaria em passar por cima dos velhos companheiros como um trator. É de sua natureza, como na fábula do sapo e do escorpião.

Num ato de absoluta coerência, o postulante João Dória afastou o presidente nacional da legenda tucana, Bruno Araújo, do comando de sua campanha, alegando um argumento diplomático, mas, na realidade, trata-se de quebra de confiança. Já ficara evidente que Bruno Araújo não iria se indispor com os tucanos de alta plumagem em defesa da candidatura do governador paulista à Presidência da República. Dória vai à luta, mesmo sabendo das enormes dificuldades que terá que enfrentar para viabilizar o seu nome junto ao conjunto de partidos que pretendem lançar um nome para concorrer à Presidência da República pela terceira via.    

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