pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Sem uma definição, pululam candidaturas ao senado pelo Frente Popular.
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sábado, 30 de abril de 2022

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Sem uma definição, pululam candidaturas ao senado pelo Frente Popular.



Acordos políticos costurados desde as eleições para a Prefeitura da Cidade do Recife, em 2020, vencida pelo candidato do PSB, João Campos, indicam que o nome escolhido para disputar a vaga para o Senado Federal pela Frente Popular será mesmo o Deputado Federal, André de Paula(PSD-PE), da velha guarda da mangueira macielista. Em todo caso, diante das relutâncias em oficializar o seu nome, atores políticos integrantes dos partidos que compõem a Frente Popular se anteciparam ao anúncio oficial e lançaram seus nomes como candidatos ao cargo, como é o caso da vice-governadora Luciana Santos(PCdoB-PE) e a Deputada Estadual do PT, Teresa Leitão, que já foi logo antecipando que não aceitaria a indicação para concorrer a vice na chapa encabeçada pelo Deputado Federal Danilo Cabral(PSB-PE), que concorre ao Governo do Estado pela Frente Popular. 

Confesso aos leitores que não está sendo nada fácil dar sequência a esses artigos por aqui - antes tão frequentes - em disputas eleitorais mais empolgantes. É que a quadra política local parece mergulhada num pântano de marasmo ou espécie de afasia política, aquela enfermidade que retirou de cena o nosso querido cartunista Angeli. Salvo as honrosas exceções de candidaturas como as de Anderson Ferreira(PL-PE), que já assumiu o palanque de Jair Bolsonaro no Estado e a do jovem prefeito de Petrolina, Miguel Coelho(UB-PE), que vem do Sertão do São Francisco cheio de fôlego e ideias novas, ancoradas numa excelente experiência de gestão, os demais candidatos estão encaracolados em confusão. 

É certo que Lula tem o compromisso de assumir a candidatura do PSB, Danilo Cabral, mas por outro lado, é um fardo muito pesado carregar um andor na rabeira das pesquisas, que não consegue ultrapassar os 5% das intenções de voto. Marília será muito mais leve e, afinal, o Solidariedade -apesar dos ruídos políticos das vaias dirigidas a Paulinho da Força, dirigente nacional da legenda - já afirmou que marchará ao lado do petista. Os socialistas, afinal, não teriam muita moral para falar de traição aos petistas, se considerarmos o impeachment da presidente Dilma Rousseff, assim como os duros pronunciamentos do atual prefeito do Recife, durante os debates da última campanha, em relação ao partido.   

Na condição de candidata ao Governo do Estado, Marília Arraes(Solidariedade-PE) passou a liderar as pesquisas de intenção de voto, o que não se constitui, necessariamente, uma surpresa, em razão do recall e de sua densidade eleitoral na Região Metropolitina do Recife, que concentra a metade dos votos do Estado. Mantida a tendência das disputas no plano nacional, talvez se reproduza aqui no Estado uma polarização. Hoje, resta saber com quem ela irá polarizar. Com quem ela não irá polarizar, já se sabe. Comenta-se sobre a aventualidade do Deputado Federal, Eduardo da Fonte(PP-PE), desembarcar da Frente Popular e candidatar-se ao Senado Federal na chapa de Marília. Da Fonte sempre foi bastante independente e possui uma penca de prefeitos no interior, o que reforçaria bastante sua campanha em regiões onde ela não tem muita penetração. 

Caso isso ocorra, a neta acaba reproduzindo as costuras aliancistas do avô Miguel Arraes, cindindo os redutos políticos conservadores e mantendo o apoio dos setores progressistas orgânicos do PT e de outras legendas, identificados com a sua candidatura. Em todas as eleições vitoriosas para o Governo do Estado, o Dr. Miguel Arraes orientou-se por tal estratégia. A neta poderá seguir o mesmo caminho.  

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