Há alguns dias, manifestamos por aqui uma preocupação em relação ao crescimento contínuo do presidente Jair Bolsonaro(PL) nas pesquisas de intenção de voto, fato comprovado pelos inúmeros institutos de pesquisa, em diferentes momentos. A preocupação é mais de natureza cientítica, pois não pretendemos entrar em rota de colisão com as patrulhas bolsonaristas, atiçadas depois dos últimos episódios envolvendo o indulto concedido ao Deputado Federal Daniel Silveira(PTB-RJ, condenado pelo STF. O objetivo concreto seria entender como ele apresenta tal performance - em todas as faixas do eleitorado, conforme atesta os institutos - mesmo seu governo amargando sérias dificuldades na condução da política econômica, com altas taxas de desemprego, empobrecimento da população e a inflação pelos olhos da cara, com o oléo de soja pulando de R$ 3,5 para R$15,00.São vários itens de consumo básico que tiveram alterações expressivas de preços. Ontem, um amigo estava lembrando que o garrafão de um litro de água sanitária, que não chegava nem a um real, hoje está sendo vendida por mais de três reais.
Um artigo publicado pelo consultor e articulista de Veja, Thomas Traumann, responde à nossa inquietação. Segundo Thomas, a premissa de que a inflação em alta e outros transtornos econômicos constituem-se num atropelo aos projetos de reeleição do presidente Jair Bolsonaro é válida. Ele usa uma expressão em inglês para sutentar os seus argumentos: O feel bad factor, ou seja aquela situação onde o empresariado não reúne condições ou a confiança necessária para novos investimentos e o consumidor, por sua vez, não pode consumir pelos constrangimentos impostos ao seu bolso, seja por estar fora do mercado de trabalho, seja em função da perda do poder de compra dos salários, corroídos pela inflação.
Como sugerimos nas nossas observações, parece-nos que este tal teto ainda não foi atingido pelo presidente, mas em algum momento será. É só uma questão de tempo. A conclusão é que ou há melhorias signficiaivas na economia ou ele bate o teto e terá sérias dificuldades de reeleição, confirmando as observações proferidas pelo cientista político Antonio Lavereda, de que "Nenhum governo no mundo deixa de ser afetado pela inflação em alta". O Governo Bolsonaro vem editando um conjunto de medidas - por alguns traduzidas como um pacote de bondades - com o objetivo de manter essa recuperação nas pesquisas de intenção de voto.
Uma dessas medidas é o "Auxílio Brasil", que já se comenta que será permanente, segundo o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira(PP-AL), um dos nomes fortes deste Governo. Era previsto que tal auxílio poderia provocar um tsunami nos redutos eleitorais do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que permanece liderando as pesquisas de intenção de voto. Por enquanto, apenas uma marolinha, sobretudo em razão das "percepções" dos beneficiários sobre o programa,que podem não se traduzir em dividendos eleitorais para o Governo. Lula até pode ter perdido alguns eleitores, mas, curiosamente, elas não migraram para o candidato Jair Bolsonaro. O próprio Governo pretende aplicar uma pesquisa para enteder o que estaria ocorrendo.
P.S.: do Contexto Político: Curioso que, pela última pesquisa de intenção de voto para a Presidência da República, realizada pelo Instituto PoderData e publicaca no dia de hoje, 29, a diferença entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP) e Jair Bolsonaro(PL) ficou mantida em relação a uma outra pesquisa do Instituto, realizada há algumas semanas atrás, ou seja, 05 pontos. A pergunta que se faz é: ele já teria atingido o teto de crescimento?
Nenhum comentário:
Postar um comentário