Ontem, dia 10, o presidente norte-americano, Donald Trump anunciou sua intenção de taxar o aço e o alumínio brasileiro quando importando para os Estados Unidos. Respostas dadas sob o calor das emoções, quase sempre produzem efeitos negativos. Foi o que ocorreu com as autoridades monetárias brasileiras, equívoco logo desfeito após a reprimenda do presidente Lula, que, ponderadamente, advoga o caminho da negociação para enfrentar essa queda de braços com o presidente americano. Salvo melhor juízo, os Estados Unidos é o maior mercado consumidor desse produtos brasileiros. O caminho realmente é o da diplomacia, embora o próprio presidente Lula tenha se pronunciado de forma mais contundente sobre o assunto num momento anterior, quando concedia uma entrevista coletiva.
O mundo civilizado enfrentará um longo e tenebroso inverno com a ascensão desses atores ao poder. As pastas estão sobre a mesa e teme-se pelas novas assinaturas. Foram dadas algumas horas para o grupo terrorista Hamas revê sua posição de não dar continuidade ao processo de libertação de prisioneiros judeus, sob pena de se transformar a faixa de Gaza, mais uma vez, num inferno. O Jornal Nacional em sua edição do dia de ontem, 1o, traz uma longa matéria tratando da estratégia que está em jogo, onde cita o ex-assessor Steve Bannon. A ideia que está por trás é assinar três decretos polêmicos por dia e, enquanto a sociedade tenta se refazer do choque do primeiro, os dois outros já estão em andamento, ou seja, enquanto lamentamos pelo boi de piranha sendo devorado, boiada já passou. Tempos difíceis.
Essa mesma estratégia está incorporada ao escopo das manobras eleitorais da extrema direita. Usa-se a mentira contra os adversários, reproduzidas sistematicamente através das big techs, causando danos irreparáveis para as vítimas. Um vídeo malicioso contra as medidas do governo em relação ao Pix alcançou mais de 300 milhões de visualizações, uma população superior à brasileira. A extrema direita criou um mecanismo perfeitamente azeitado para materializar essa estratégia, enquanto as forças do campo progressista dormia o sono que produziu o monstro. O caminho para reequilibrar essas forças é longo, impossível de ser tratado num simples editorial.
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