Ainda bem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi mais comedido desta vez e não sugeriu aos brasileiros substituírem os ovos de galinhas por ovos de patos ou mesmo de emas, que gerou até mesmo um acionamento à Controladoria-Geral da República, no sentido de averiguar, junto ao Palácio do Alvorada, se, de fato, esses ovos estão integrando o cardápio do presidente Lula, o que, na percepção do deputado que fez o requerimento de informações, poderia ferir alguns princípios inerentes de preservação de animais silvestres. A postura assumida pelo presidente Lula neste momento é a correta. Ele precisa trabalhar e tomar medidas que impeçam a elevação do preço do produto, tornando-o acessível à mesa dos brasileiros.
Sem a picanha e o filé mignon, o ovo é uma das poucas fontes de proteínas que chegam - ou chegavam - à mesa dos brasileiros mais fragilizados socialmente. A musiquinha de R$ 9 e 99, preço da bandeja com trinta ovos, bradada à exaustão pela Kombi do ovo, precisa ser ouvida novamente. Fala-se oficialmente que o produto teve uma alta de 70%, o que já é um absurdo, mas ele está sendo vendido nos supermercados até por R$30 reais. Não há dúvidas de que, neste ritmo, o ovo será o grande vilão do processo inflacionário que ronda a mesa dos brasileiros e brasileiras. Nem o café teve um aumento tão expressivo, embora seja igualmente popular. Quem ignora a oferta de um cafezinho?
O Ministro Fernando Haddad anunciou a liberação de um crédito suplementar da ordem de R$ 4 bilhões para o Plano Safra. É um contorcionismo complicado como isso será viável, na medida em que os problemas com os créditos para o setor do agronegócio estariam relacionados a não aprovação do orçamento pelo Legislativo, segundo suas explicações. Vamos aguardar que a questão dos subsídios sejam retomadas. Do contrário isso teria implicações diretas na oferta de produtos agrícolas e, consequentemente nos seus preços, alimentando o apetite do dragão da inflação.
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