pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Por que o SUS da segurança pública está emperrado.
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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Editorial: Por que o SUS da segurança pública está emperrado.


Há vários elementos que devem ter contribuído para a queda de popularidade vertiginosa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aqueles relacionados com o bolso devem ter sido os principais, uma vez o economista Roberto Campos já advertia há muito anos que se trata de nossa parte mais sensível. Carestia, Pix e juros altos podem ter conduzido o Governo Lula3 ao inferno das avaliações negativas e perspectivas sombrias sobre uma nova candidatura do petista nas eleições de 2026, conforme o último levantamento do IPEC, antigo IBOPE. 60% do eleitorado não recomendaria a Lula uma nova candidatura. Se excluirmos esses fatores mais imediatos, segundo alguns dos institutos chegaram a detectar, surge no horizonte do eleitorado uma preocupação premente com a questão da segurança pública. 

Isso, na realidade, não é um fato novo. Desde as eleições de 2022 os eleitores já demonstravam tal preocupação. De lá para cá, como os índices de violência apenas aumentaram desde então - com o crime organizado ampliando sua penetração no aparelho de Estado e diversificando seu mix serviços -  não há porque afirmar que essa preocupação diminuiu. Nesta área, bandeira de luta e voto da direita e da extrema-direita - leia-se a Bancada da Bala - seria previsível que essa gente não daria um minuto de trégua ao Governo Lula3. Conforme já informamos por aqui em  inúmeras ocasiões, o problema é de agendas distintas, o que torna quase impossível a construção de um consenso mínimo. Assim o SUSP - Sistema Único de Segurança Pública - que seria, nas palavras do próprio Ministro Ricardo Lewandowski , o nosso SUS da segurança pública  permanece emperrado. 

Sempre consideramos que a resistência fosse apenas dos entes federados, sobretudo no tocante à nevrálgica questão da autonomia das forças policiais estaduais, segundo eles ameaçadas pela proposta. Agora tomamos conhecimento que gente graúda do Governo não vem demonstrando grande interesse em submeter a proposta para apreciação do Legislativo. Discreto, cordato, conciliador por princípio, o caminho da diplomacia é o único possível ao Ministro da Justiça para destravar o SUSP.  

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