Como em políticas as coisas mudam como as nuvens – como afirmava uma raposa da política mineira – o inferno astral da candidatura de Fernando Haddad também poderá mudar. No momento, no entanto, tudo deu errado. O diretório municipal não chega a um acordo com a Tendência CNB sobre a coordenação da campanha; a solução no PSB parece caminhar para uma “saída honrosa”, algo como não contrariar a determinação de Eduardo Campos de não apoiar José Serra, mas evitar que os membros do partido no governo percam seus cargos; o grupo da senadora Marta Suplicy se esquivando de se engajar efetivamente na campanha, talvez torcendo por uma reviravolta; o impasse com o PR – que deseja reaver o Ministério dos Transportes, e, finalmente, o dilema do PRB, que possui um candidato que aparece bem nas pesquisas – Celso Russomano – mas fechou um acordo com o Planalto. A candidatura de Fernando Haddad está isolada dentro e fora do PT. Nossa expectativa é de que essa urucubaca mude, mas não o suficiente para reverter o quadro. Ainda é cedo para as definições, mas, no momento, o PSDB marcou um gol de placa com a candidatura de Serra.
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