Alguém já comentou que o choro da presidente Dilma Rousseff por ocasião da posse do novo Ministro da Pesca, Marcelo Crivella, não era de arrependimento pela saída de Luiz Sérgio, mas em razão das últimas rusgas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sua visita a São Bernardo foi uma tentativa de reconciliação, mas Lula fez questão de demonstrar sua insatisfação pela saída de Sérgio Gabrielli da Petrobras. Sérgio foi acomodado no Governo de Jaques Wagner, mas os ressentimentos permanecem. Todos conhecem o “estilo Dilma”, muito antes de tornar-se presidente da República. Aliás, isso foi bastante comentado durante a campanha. Recentemente ela foi bastante ríspida com o governador do Ceará, Cid Gomes, que resolveu interromper sua fala, durante cerimônia naquele Estado. Eduardo Campos, presente ao encontro, precisou atuar como bombeiro, trazendo Cid de volta à sala de onde ele havia se retirado. Sua vítima mais recente foi Romero Jucá, líder do Governo no Senado Federal, substituído também pelos jornais e pela web. Dilma conversou com os caciques do PMDB – leia-se Renan Calheiros e José Sarney – e foi categórica. Até podia fazer algumas concessões, mas não aceitava mais o nome de Jucá como líder do Governo, depois da recusa do nome de Bernardo Figueiredo para ANTT, um claro recado do PMDB à presidente Dilma Rousseff. O novo líder do Governo no Senado é o deputado Eduardo Braga. Bernardo contava com o apoio pessoal da presidente Dilma Rousseff. Foi uma derrota pessoal e a presidente resolveu revidar. O grande problema que se apresenta é que Romero Jucá, apesar das inúmeras enrascadas em que se meteu durante toda a sua vida pública, é um excelente articulador, desses que é melhor tê-lo como amigo, caso não seja o momento de indutá-lo uma rasteira definitiva. Dilma, Jolugue vende no Blog um livrinho de cabeceira bastante útil para essas ocasiões.
Em tempo: Cândido Vaccarezza também deixou a liderança do Governo na Câmara Federal.
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