Todo muro tem o seu tijolo de sustentação, quer dizer, se retirada a unidade fundamental, o risco é de desabar o conjunto inteiro. A vitória de Fernando Haddad nas eleições para a prefeitura de São Paulo tem esse papel, para o PT. Ganhando, o ex-ministro da Educação neutralizará os tucanos na sua maior base eleitoral, poderá ameaçar a reeleição de Geraldo Alckmin em 2014 e, naquele ano, sedimentar a permanência de Dilma Rousseff na presidência da República por mais um mandato. Perdendo...
Perdendo, em especial se for para José Serra, ficará ameaçado o sonho dos companheiros de governar o país por 30 ou 40 anos. No meio dessa equação inconclusa encontra-se o Lula. Recuperado, 16 quilos mais magro, o ex-presidente planeja reentrar no debate político e elevar o candidato por ele lançado dos pífios 3% nas preferências paulistanas. Impossível não é, mas o PT precisará gastar muita sola de sapato. Tendo pés para calçá-los, tudo bem, ainda que o risco seja de alguns líderes petistas fixarem prazo para a virada do jogo: junho, mês das convenções partidárias. Sem ter dado a volta por cima naquele mês, ninguém garante a sobrevida de Haddad. Ele precisará chegar reforçado em agosto, quando começa a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Substituí-lo será missão quase impossível, dada a presença do Lula no processo, mas deixar que marche para o cadafalso em outubro equivalerá a ver o muro desabando dois anos depois.
Espera-se que a própria presidente Dilma embarque na campanha, ainda que sem a participação da máquina administrativa federal. A base parlamentar do governo encontra-se dividida entre Haddad, do PT, e Gabriel Chalita, do PMDB, com o PTB, PSB, PDT, PP e PR sem saber onde se abrigarão, aberta até a oportunidade para José Serra. Na verdade, as coisas de São Paulo resolvem-se em São Paulo.
Perdendo, em especial se for para José Serra, ficará ameaçado o sonho dos companheiros de governar o país por 30 ou 40 anos. No meio dessa equação inconclusa encontra-se o Lula. Recuperado, 16 quilos mais magro, o ex-presidente planeja reentrar no debate político e elevar o candidato por ele lançado dos pífios 3% nas preferências paulistanas. Impossível não é, mas o PT precisará gastar muita sola de sapato. Tendo pés para calçá-los, tudo bem, ainda que o risco seja de alguns líderes petistas fixarem prazo para a virada do jogo: junho, mês das convenções partidárias. Sem ter dado a volta por cima naquele mês, ninguém garante a sobrevida de Haddad. Ele precisará chegar reforçado em agosto, quando começa a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Substituí-lo será missão quase impossível, dada a presença do Lula no processo, mas deixar que marche para o cadafalso em outubro equivalerá a ver o muro desabando dois anos depois.
Espera-se que a própria presidente Dilma embarque na campanha, ainda que sem a participação da máquina administrativa federal. A base parlamentar do governo encontra-se dividida entre Haddad, do PT, e Gabriel Chalita, do PMDB, com o PTB, PSB, PDT, PP e PR sem saber onde se abrigarão, aberta até a oportunidade para José Serra. Na verdade, as coisas de São Paulo resolvem-se em São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário