Durante o anúncio, secretária de Estado americana lista uma série de investimentos conjuntos
Terra
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, defendeu nesta segunda-feira uma maior relação entre as economias do Brasil e dos Estados Unidos. Hillary disse considerar um acordo de livre comércio entre os dois países.
"É claro que a nossa relação implica em maior crescimento, mas precisamos resolver alguns problemas, como eliminar a bitributação, considerar um acordo de livre comércio, ver se os EUA e Brasil podem basear o crescimento econômico", disse a secretária.
A uma plateia de empresários, Hillary defendeu a parceria entre os governos e o setor privado, responsável pelo crescimento e pela geração de emprego e renda. "Com uma economia próspera nós podemos investir mais em nossa população e sermos administradores da economia global", disse.
A secretária destacou a classe média brasileira como uma importante riqueza do Brasil. O crescimento da classe C no País assegurou a estabilidade econômica brasileira durante a crise econômica mundial.
Hillary listou uma série de investimentos americanos que serão feitos em conjunto com o Brasil, como por exemplo um centro de inovação da Microsoft instalado no País, investimento da Cisco e também um investimento da Boeing com a Embraer para produção de biocombustível para aviões.
Nesta manhã, a secretária de Estado americana disse que conversou com a presidente da Petrobras, Maria das Graça Foster, com quem falou sobre as explorações de petróleo na camada pré-sal, classificada por ela como um "futuro fabuloso que está diante do Brasil".
Em visita de dois dias a Brasília, Hillary terá além dos compromissos com empresários, compromissos com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, e também reunião de diálogo de parceria global entre os dois países. Na pauta bilateral, serão tratadas as reformas de instituições, questão de paz e segurança internacional.
A visita da secretária faz parte de uma sequencia de viagens que começou na Colômbia e ainda incluirá a Bélgica. Hillary vem ao Brasil uma semana após a visita da presidente Dilma Rousseff a Washington, onde foi recebida pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil. Em 2011, o fluxo de comércio entre os dois países atingiu US$ 60 bilhões, o que representa aumento de 37% em relação ao registrado em 2007. O Brasil é a sexta maior fonte de visitantes para os Estados Unidos. Os Estados Unidos são a segunda maior origem de visitantes para o Brasil.
Indústria
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, pediu nesta segunda-feira que os Estados Unidos diminuam as exigências e facilitem a entrada de brasileiros em território americano. Em discurso feito hoje na sede da CNI, em Brasília, Andrade falou a ministros americanos e à secretária de Estado Hillary Clinton.
Andrade também apelou às autoridades americanas que reduzam os subsídios dados aos produtos daquele país, o que prejudica a concorrência com bens importados. Segundo o empresário, as duas nações devem buscar uma agenda comum, que inclua a desoneração de investimentos bilaterais, a facilitação do trânsito de pessoas e o debate sobre barreiras não-tarifárias.
"A facilitação do fluxo de pessoas a negócios ou a turismo, o incremento do comércio, o crescimento dos investimentos e um tratamento mais equânime fazem parte da estratégia do Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos e merecem nosso apoio", destacou o presidente da CNI.
O presidente da CNI também pediu o fim da bitributação no comércio entre Brasil e EUA - que é o resultado do recolhimento de impostos similares nos dois países, cobrado de um mesmo contribuinte, pelo mesmo bem e pelo mesmo período de tempo. Os países discutem um acordo para acabar com a bitributação. "A celebração de um acordo para evitar a bitributação continuará entre nossas prioridades. A bitributação onera empresas e desvia investimentos e comércio para terceiros países", disse.
Andrade destacou investimentos financiados por empresas americanas, como projetos em petróleo e gás (que devem receber mais de US$ 225 bilhões nos próximos anos), seis hidrelétricas e complexos hoteleiros, com vistas à realização da Copa do Mundo em 2014.
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