Por falar em feridas abertas, aqui na província tivemos algumas situações inusitadas, como integrantes do PT que, em razão de espaços no Governo Paulo Câmara(PSB-PE), optaram por cruzar os braços ou apoiar explicitamente o nome de João Campos(PSB-PE). Mesmo sabedor dessas nuances, assim que foi eleito, o futuro prefeito declarou que não ofereceria nunhum cargo politico ao Partido dos Trabalhadores em sua gestão. Lideranças socialistas e petistas ainda dialogam sobre o assunto, mas, se depender da deputada, ela deixou claro sua posição. Quem desejar continuar no governo que faça o favor, antes, de pedir a desfiliação do partido. Pouparia a burocracia dos processos internos de expulsão. Mesmo no período das festas de Natal, quando os queijos do reino são bem-vindos, não vejo outra alternativa para a direção da legenda, que não a adoção de medidas mais duras em relação a atitudes do gênero.
Discursos moderados, talvez conciliadores - mas nem por isso menos contundentes - os execessos da campanha ainda devem repercurtir bastante nas Casas de Joaquim Nabuco e José Mariano. Isso é um bom sinal, um sinal de que nossos parlamentares - em sua maioria - repudiam práticas não condizentes com o processo democrático, onde o que deve ser discutido são os projetos dos candidatos para gerir a polis. No segundo turno das eleições municipais deste ano, a campanha baixou sensivelmente seu nível aqui no Recife, comprometendo nossa imagem de uma cidade rebelde, aguerrida, de disputas renhidas, mas sem golpes baixos.
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