pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Lula
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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Editorial: Cícero janta com Dirceu. Vem novidade por aí?


Foi muito feliz a raposa da política mineira, Magalhães Pinto, quando afirmou que política é como as nuvens, ou seja, muda repentinamente. Até recentemente, um senador paraibano, que luta por sua reeleição em 2026, corria o risco de ser rifado pelo Planalto, em razão das articulações de Lula com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, que implicariam em apoiar um nome ligado ao parlamentar paraibano para concorrer ao Senado Federal. Seria injusto, uma vez que o cidadão tem demonstrado um comportamento exemplar em relação ao Governo Lula 3, pautando suas ações  orientadas pela bússola governista. O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, hoje no MDB, que já esteve ao lado do governador João Azevedo, uma vez preterido como candidato, rompeu com o grupo, embora afirmasse, surpreendentemente, que continuaria apoiando o projeto de eleição do governador ao Senado Federal. 

Uma incongruência que ele acabou admitindo recentemente, afirmando que sua obrigação é com os senadores que deverão concorrer em sua chapa para disputar o voto eleitores rumo ao Palácio Redenção. O político mais "manhoso" da Paraíba vem entabulando conversas com o PT. Esteve com Edinho Silva, Presidente Nacional do partido, e, ontem, dia 06, jantou com a eminência parda do partido, José Dirceu. Na agenda, um eventual apoio do PT ao seu projeto de se eleger governador do estado, em 2026. Essas costuras políticas têm avançado, até porque conta com o aval do MDB local, afinado com a ala do partido que se inclina a apoiar o projeto de reeleição de Lula em 2026. 

Embora tenha demonstrado uma inclinação natural em apoio à chapa que está sendo montada por João Azevedo, Cida Ramos, que o dirige o Diretório Estadual do PT na Paraíba, já afirmou que as portas não estão fechadas para uma negociação política com o prefeito da capital. O prefeito que goza de um capital político nada desprezível, que vai de uma extremo ao outro do espectro ideológico, monta uma chapa competitiva e lidera todas as pesquisas de intenção de votos realizadas até este momento. 

sábado, 25 de outubro de 2025

Editorial: A frase infeliz de Lula


Repercute bastante no país uma frase dita pelo presidente Lula, durante uma coletiva de imprensa, em Jacarta, na Indonésia, onde se encontra em visita oficial. Nesta frase, o presidente afirma que os traficantes também são vítimas dos usuários de droga. Depois ele tentou consertar, afirmando que a frase estava fora de contexto e que, mais importante do que a fala, são as ações do seu Governo no sentido de combater o crime organizado, algo que nunca foi tão duramente enfrentado no país. A fala, como já se previa, está sendo muito bem explorada pela Oposição, que ontem mesmo utilizaram suas redes sociais para amplificar seus aspectos negativos. No momento em que Lula concede essas entrevistas ou falas de improviso não são incomuns a ocorrência desses deslizes verbais. 

Neste caso, para completar o enredo nebuloso, fala proferida num país de legislação duríssima contra o tráfico de drogas - que já condenou brasileiros a pena de morte - e prestes a ter um encontro com o presidente Donald Trump, que empreende ações militares ousadas no mar do Caribe de combate aos narcotraficantes. Não acreditamos que a frase será suficiente para produzir um desgaste de imagem ao ponto de frear a melhora dos seus índices de popularidade, o que o anima a tentar um quarto mandato presidencial. Outro fator preocupante é que a segurança pública será o grande tema da campanha eleitoral de 2026, quando já se sabe que ele será candidato, conforme confirmou em viagem àquele país asiático. 

A segurança pública é uma questão nevrálgica para o país e por aqui Governo e Oposição não irão construir um consenso mínimo sobre o assunto, conforme já antecipamos em inúmeras ocasiões. No Ceará, por exemplo, onde o crime organizado avança de forma preocupante sobre o aparelho de Estado, um dos grandes motes da campanha de oposição liderada por tucanos e bolsonaristas moderados, sob a batuta do ex-governador Ciro Gomes, hoje filiado ao PSDB, é o enfrentamento dessas facções. Neste contexto, talvez se entenda porque Ciro Gomes, em alguns momentos, reconhece o bom trabalho que o governador Ronaldo Caiado realiza em seu estado, Goiás.  

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Editorial: Jorge Messias deve ocupar a vaga deixada por Barroso no STF.



O Ministro-Chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, deve ser mesmo indicado para assumir a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal. Lula teria revelado esta posição junto a interlocutores mais próximos. Pesa em favor de Messias, uma fidelidade a toda prova ao chefe Lula, desde os tempos do Grupo Prerrogativas. Depois, Messias encaixa-se perfeitamente no figurino do perfil dos nomes indicados à Suprema Corte mais recentemente. Há, nos bastidores ou corredores de Brasília, uma intensa movimentação entre outros aspirantes à indicação, mas nenhum deles, conforme afirmamos, com o perfil de Messias.  Rodrigo Pacheco e Paulo Dantas correm noutra raia, tendo que amargar a dianteira de Messias na corrida à vaga. Há amplos setores do Planalto que apoiam a indicação do advogado do Prerrogativas. 

Segundo dizem, Pacheco tem um padrinho forte, o atual Presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre que, mesmo diante das dificuldades do seu partido com o Planalto, o União Brasil - que praticamente deixou a base de apoio do Governo -  apadrinha a indicação de Rodrigo Pacheco ao cargo. O MDB também se movimenta no sentido de indicar o nome do Ministro do Tribunal de Contas, Paulo Dantas, o que poderia abrir uma vaga para Rodrigo Pacheco no TCU. Esta talvez fosse a decisão menos traumática, uma vez que setores do MDB estão propensos a apoiarem o projeto de reeleição de Lula, em 2026. Por outro lado, seria encontrada uma solução para Rodrigo Pacheco, uma vez que os arranjos políticos nas alterosas estão bastante complicados. O TCU, como se sabe, seria um pouso seguro para o ex-presidente do Senado Federal, a quem o Planalto deve muitos favores.  

Hoje, 16, também é dia de reunião da CPMI do INSS, que deve aprovar o requerimento de convocação do Frei Chico, algo que está produzindo ranhuras entre os membros da Oposição e do Governo. Acreditamos que sua convocação será aprovada, a despeito da tropa de choque que o Planalto deve montar para evitá-la. Salvo melhor juízo, hoje é dia de audiência com um servidor do órgão. Vamos torcer que ele não venha escudado num daqueles habeas corpus, onde os convocados se negam a falar até coisas banais, como o ano em que ingressou no Serviço Público. 

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Editorial: As reflexões de Ciro Nogueira no Canal Livre.




Acaba de ser divulgada a informação que o ex-presidente Jair Bolsonaro recorreu a mais um pedido de ajuda médica em função de uma crise de soluço. Pelo andar da carruagem médica, sugere-se que o atentado sofrido pelo ex-presidente há alguns anos atrás tenha produzido sequelas complicadas até hoje. Há um consenso, até entre lideranças da esquerda, a exemplo do ex-timoneiro José Dirceu, de que Bolsonaro hoje não reúne as menores condições de suportar uma prisão convencional. Quem partilha da mesma opinião é o senador Ciro Nogueira, do PP, que ontem esteve no programa Canal Livre, um espaço de debates políticos mantido pelo Grupo Band. É sempre bom ouvirmos essas entrevistas com atores relevantes do nosso cenário político, principalmente quando eles usam de franqueza. 

Foi este o caso do senador Ciro Nogueira, que considera que a direita hoje enfrenta alguns dilemas complicados para 2026, quando a situação estava absolutamente sob controle. Na sua opinião, a direita tinha uma eleição presidencial nas mãos em 2026. Em sua opinião, possivelmente compartilhada por partidários, de que prejudicou sensivelmente tal processo as ações do deputado federal Eduardo Bolsonaro, nos Estados Unidos, o que obrigou integrantes do Governo Trump moverem ações c0ntra autoridades do Governo Brasileiro, inclusive do Poder Judiciário, quando o alvo mesmo era Lula. Na verdade sim, ele tem razão. A imposição das tarifas aos produtos de exportação brasileiros foram danosas à direita e favorecerem o ressurgimento de Lula como um candidato competitivo em 2026, algo antes inimaginável. 

Ciro Nogueira acrescenta também que a definição de uma chapa é para ontem e que nela não deve constar nenhum nome do clã Bolsonaro. Embora uma decisão tomada por Bolsonaro sobre este assunto seja aguardada pelas principais lideranças de direita do país, há arranjos que já estão sendo montados no sentido de composição de uma chapa para 2026, envolvendo, inclusive, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que poderia compor como vice, preservando os votos de direita naquele estado. Embora hoje agindo de forma discreta, Tarcísio de Freitas continua candidatíssimo. 

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Drops Político: Frei Chico poderá ser ouvido na CPMI do INSS.



Primeiro é preciso insistir na seriedade da condução dos trabalhos da CPMI do INSS. O presidente, o senador Carlos Viana(Podemos-MG), na abertura dos trabalho de hoje, 09, informa que trabalhar pela madrugada tornou-se rotina diária tanto dele quanto de sua equipe. A equipe do relator Alfredo Gaspar, por outro lado, faz um trabalho excepcional de investigação, colocando os investigados, quando convidados ou convocados às sessões - mesmo com o direito ao silêncio - em saias justas diante dos fatos apresentados. Hoje está está sendo ouvido o senhor Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindnapi, sindicato ao qual está relacionado o nome de José Ferreira da Silva, mais conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Lula, alvo da operação da PF no dia de hoje. Diante de tantos fatos, o presidente da comissão já antecipou que irá pautar a convocação do irmão do presidente, para desespero dos governistas. 

terça-feira, 7 de outubro de 2025

Drops Político: Cícero Lucena no MDB?


Nos corredores da política paraibana é dado como certa a filiação do prefeito da capital, Cícero Lucena, ao MDB. O prefeito tem encontro agendado para hoje, 07, logo mais, com o Presidente Nacional do MDB, Baleia Rossi, acompanhado do senador Veneziano Vital do Rêgo, filiado à legenda, que luta para manter o seu mandato de senador nas eleições de 2026. Cícero é candidatíssimo ao Governo do Estado e, se confirmada a sua filiação à legenda, uma das vagas em disputa ao Senado Federal por sua chapa já está assegurada a Veneziano Vital. O curioso nesse arranjo é que Veneziano Vital, fiel escudeiro do Palácio do Planalto, deverá encampar um projeto de oposição ao palanque de Lula no estado, liderado por João Azevedo

sábado, 4 de outubro de 2025

Editorial: Bolsonaro cede vaga a Tarcísio, mas com Michelle de vice.



Até recentemente, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, esteve com o ex-presidente Jair Bolsonaro, ocasião em que teriam conversado sobre as próximas eleições presidenciais. Tarcísio teria afirmado ao ex-presidente que não desejaria mais concorrer às eleições presidenciais de 2026, mas, nos bastidores, especula-se que se trata apenas de uma estratégia adotada pelo governador paulista, do tipo aplainar o caminho para aparar as eventuais arestas da família contra o seu pleito. Logo em seguida, o governador passou a se colocar de forma mais efetiva sobre os problemas do cotidiano paulista, deixando a conjuntura nacional para um segundo plano. Aliás, os problemas enfrentados em São Paulo são de tal monta que, mesmo que ele não desejasse, teria que focar na conjuntura local, marcada por inúmeros problemas, como a morte do ex-Delegado-Geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, e das bebidas contaminadas com metanol

Hoje, dia 04, o jornal Folha de São Paulo traz a informação dando conta que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria dado aval a uma candidatura de Tarcísio de Freitas, desde que contasse com a sua esposa, Michelle Bolsonaro, na condição de vice. A família Bolsonaro hoje enfrenta problemas de toda ordem. É quase certo que seja decretada a prisão de Eduardo Bolsonaro, assim como a perda de seus direitos políticos, após uma eventual cassação do mandato na Câmara dos Deputados. Bolsonaro inelegível, condenado e doente. Michelle, em princípio, teria uma vaga de senadora assegurada pelo Distrito Federal. Deixaria o certo pelo duvidoso, sobretudo neste momento em que Lula aparece com uma sobrevida, depois de levantar a bandeira da soberania, a faca e o queijo oferecido pelo presidente Donald Trump

Na realidade, como se dizia no nosso tempo de criança, o governador Tarcísio de Freitas entrou de sola na afirmação de sua candidatura presidencial, se posicionando de forma contundente sobre os problemas políticos nacionais. Cometeu alguns erros de avaliação neste processo, indicador, inclusive, de um certo primarismo. Talvez ciente de que tal comportamento poderia enterrar suas pretensões, resolveu se recolher aos aposentos do Palácio Bandeirantes. Mas ele sabe que forças não necessariamente ocultas desejam, com todo entusiasmo, sua candidatura em 2026. 

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Editorial: Diálogo truncado entre Lula e Trump.


À boca miúda o que se diz é que nem Lula, tampouco Donald Trump, estariam muito interessado nesse encontro, embora ambos desconversem, através de acenos de lado a lado. Enquanto o vice-presidente Geraldo Alckmin se antecipa em propor os mecanismos pelos quais os dois presidentes poderiam estabelecer tal diálogo, autoridade dos Estados Unidos propõe que aquele país poderia "consertar" o Brasil. O Brasil deve ter muitos defeitos, o que não se constitui em nenhuma novidade. Aliás, qual o país que não os tem? O que é delicado é um país se arvorar das prerrogativas de consertar o outro. Agora mesmo ficamos sabendo que a Presidente Nacional do PSOL, Paula Coradi, teve seu visto de entrada nos Estados Unidos cancelado. 

Neste ritmo, em pouco tempo, nenhum petista poderá entrar naquele país. Essa questão sempre foi muito delicada, mas está se tornando uma espécie de caça às bruxas, algo bem semelhante ao que ocorria nos tempos sombrios do Macartismo. Na década de 30\40 do século passado, o escritor paraibano, José Lins do Rego, foi proibido de entrar naquele país, simplesmente porque teria ajudado o colega Graciliano Ramos, que enfrentava dificuldades financeiras depois de cumprir pena nos porões da Ditadura do Estado Novo. Com alguns dos seus romances traduzidos para o inglês, nem assim o escritor ícone do regionalismo da década de 30, insistiu neste assunto. Morreu sem conhecer os Estados Unidos, embora tenha viajado bastante. 

Já existe praticamente um consenso de que esta conversa entre os dois presidentes irá se resumir num "carão" de Donald Trump em Lula, dando alguma espécie de ultimato para que o brasileiro cumpra com o que ele deseja, sob penas de novas retaliações. Simples assim. O termo "conserto", externado por uma autoridade daquele país recentemente, encaixa-se nesta premissa. Por enquanto o presidente brasileiro surfa sobre os bons ventos que sopram sobre o Palácio do Planalto, fechando a boca do jacaré da popularidade. Os índices de positivos já superam os negativos. Na Secom só se fala em soberanês.  

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Editorial: Governo libera 7,6 bilhões em emendas para aprovar pacote fiscal.


Antes das eleições de 2022, durante as bravatas em praça pública, o próprio Lula afirmava que este tal de orçamento secreto era uma excrescência. Pode ser que o morubixaba petista, intimamente, mantenha a mesma posição, mas, diante das circunstâncias políticas sensivelmente adversas, ordenou que sua equipe se empenhasse na liberação das emendas reclamadas pelo Legislativo. Até este momento, 7,6 bilhões de reais foram liberados em emendas, tudo dentro do escopo da aprovação do pacote fiscal proposto pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Uma continha pesada para o pagador de impostos, sobretudo se considerarmos as condições dessas liberações, que não atendem alguns dos requisitos republicanos básicos, como a transparência absoluta no gasto desses recursos públicos. 

Até recentemente, numa operação da Polícia Federal no DNOCS da Bahia, constatou-se que tal preceito de aplicação correta desses recursos não estava sendo observado. Os recursos de emendas foram parar, indevidamente, em mãos de agentes públicos e privados. Até um ex-superintendente do órgão estava envolvido. Antes fosse este um caso isolado. Não é. São até recorrentes encontrarmos situações semelhantes, identificadas pelas investigações da PF, do Gaeco, da Receita Federal, entre outras instituições. Vamos ser francos por aqui. Trata-se de um padrão de governabilidade temerária, que tende a aprofundar-se, em razão da fragilidade do Governo Lula3. 

Repercute hoje também a entrevista concedida por Lula ao Programa Fantástico, da Rede Globo, onde algumas perguntas cabulosas foram formuladas, abrindo as porteiras para as polêmicas, como o princípio da presunção de inocência. Segundo a entrevistadora, Lula teve direito a este princípio sagrado do direito, algo que foi contestado mais tarde pela Presidente Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, durante uma entrevista. Para alguns, apesar da expertise política, Lula pode ter escorregado numa casca de banana ao conceder tal entrevista. 

domingo, 8 de dezembro de 2024

Editorial: O encontro do PT.


Ao longo dessas quatro décadas de existência, o PT mudou bastante, mas guarda, ainda, algumas características de sua origem, quando as cartas de sua fundação foram jogadas no Colégio Sion, naquela histórica reunião no dia 08 de fevereiro de 1980. O cientista político italiano Ângelo Panebianco dizia que, por mais que uma instituição política sofra mudanças ao longo de sua existência, algumas coisas permanecerão perenes. Isso tem um lado bom e um lado ruim. São esses grupos mais autênticos ou orgânicos da legenda que ainda preservam os valores da democracia interna do partido; resistem ao processo de crescente burocratização\oligarquização; assim como mantém os laços - ainda que hoje precários - com os movimentos e entidades sociais de base, alicerce da criação da legenda. 

O lado ruim é que segmentos do partido, de alguma forma, ainda mantém o sotaque da militância, impedindo que alguns dos seus membros enxerguem o processo político de uma maneira mais ampla e consequente. A responsabilidade fiscal, por exemplo, é uma questão de ajustes de contas públicas. Não pode ser encarada como uma sabotagem do mercado contra o governo ou coisa que o valha, como se sugere neste último encontro da legenda, ocorrido no último dia 07. É uma continha simples. Sugere-se, para as famílias e para o ente público, não gastar mais do que se arrecada. Nos últimos meses a inadimplência aumentou sensivelmente, como consequência desses desajustes. Fala-se dos juros altos, mas a decisão de endividar-se é do indivíduo. Rolar a fatura do cartão, por exemplo, pode trazer consequências desastrosas para as finanças domésticas. 

O Governo Lula3 está se endividando, estourando o orçamento para honrar os programas sociais. Nada contra os programas redistributivos de renda, que, aliado a melhoria dos índices de emprego, estão dando sua contribuição inestimável para a diminuição da pobreza no país, um feito que o governo pode comemorar. Agora é preciso entender que as contas públicas em desordem podem colocar  tudo a perder, com o dragão da inflação à espreita hoje já nas gôndolas dos supermercados, esperando apenas o momento certo para lançar suas chamas, penalizando, sobretudo os mais pobres, que não possuem investimentos rentáveis para proteger-se.

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Editorial: PT tenta uma reaproximação com os evangélicos através de uma agenda social e econômica.

Crédito da Foto: Thiago Coelho\PT


Pelo menos isso o PT entendeu. A identificação dos evangélicos com o o bolsonarismo se dá, sobretudo, através da agenda de costumes. Por aqui o PT jamais construiria uma ponte de reaproximação como esses grupos neopentecostais. A adoção de uma agenda de políticas públicas na área social e econômica, por outro lado, poderia, sim, quebrar, em parte, a resistência desses grupos em relação ao partido. Jamais apostaríamos aqui numa nova lua de mel, como já se verificou num passado distante. A última pesquisa de avaliação do Governo Lula 3, por outro lado, realizada pelo Instituto Quaest\Genial, sugere que as resistências estão sendo quebradas. 

Trata-se de um mingau quente que precisa ser comido pelas beiradas e talvez só fique mesmo nas beiradas. A extrema direita sugere oferecer melhores condições políticas para esses grupos neopentecostais. É como se estivéssemos tratando aqui de um alinhamento natural. Um projeto de poder que não se coaduna-se com o Partido dos Trabalhadores, mas casa como uma luva com o ideário da extrema direita. Daí se entender que tal reconciliação absoluta seria algo impensável.   Até uma pessoa com grande expertise na área, pois é evangélica, a deputada federal Benedita da Silva, desde as últimas eleições, deu este conselho aos dirigentes da legenda. 

Do ponto de vista da área econômica, a trincheira tem sido o Banco Central, apontado pelos líderes da legenda como um órgão que atravanca, deliberadamente, os projetos do partido. Campos Neto deve deixar o cargo, mas já existe quem esteja sugerindo uma devassa da devassa no órgão. Do contrário o partido continuará sofrendo refregas, como esta última do Copom, onde até indicados pela legenda votaram contra as resoluções do Planalto. 


sábado, 25 de maio de 2024

Editorial: Pesquisas para todos os gostos.


No dia de ontem, 24, o Instituto Paraná Pesquisas divulgou uma nova pesquisa sobre as intenções de voto para a Presidência da República nas eleições de 2026. Apesar da longa espera que teremos até lá, passando pelas eleições municipais de 2024, não é segredo para ninguém que tal eleição já está nas ruas. Pelo lado das forças populares, democráticas e progressistas, não há outro nome no horizonte próximo. O nome de Lula continua como sendo a única opção possível. O herdeiro político de Lula é ele mesmo. Convém, inclusive, se perguntar até quando. 

Do lado da arena conservadora, de direita e extrema-direita, há uma penca de nomes sendo testados. Alguns deles com efetivo capital político para despontar como alternativa deste campo em 2026, a exemplo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e  Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama.  Outros ainda não mereceriam tal status, mas estão na rinha, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o de Minas Gerais, Romeu Zema, e até Ratinho Júnior, governador do Paraná. 

Assim que sai uma pesquisa do Instituto, as redes sociais explodem em publicações tratando do assunto, consoante os interesses confessáveis dos seus usuários. Quem é lulista aponta que o morubixaba petista venceria hoje todos os eventuais oponentes nas eleições de 2026. Quem é Bolsonarista, comemora o fato de o ex-presidente, mesmo inelegível, aparecer numericamente à frente, dentro da margem de erro do instituto, quando confrontado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta pesquisa, Bolsonaro aparece com 38,8% das intenções de voto, enquanto Lula crava 36%.  

sábado, 18 de maio de 2024

Editorial: A direita continua afinando o violino para a orquestra que vai se apresentar nas eleições presidenciais de 2026.



Segundo foi noticiado no dia de hoje, por jornais e sites confiáveis, um conhecido apresentador da emissora do plim, plim teria convidado o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o Presidente do Banco Central, Campos Neto, para um jantar. Todos os indicadores apontam que o mainstream de direita já teria escolhido o ator político que possa representar seus interesses nas eleições presidenciais de 2026. Há fortes indícios de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas possa personificar tais interesses.

O ex-presidente Jair Bolsonaro continua na rinha, lutando para se tornar elegível ainda para disputar as eleições presidenciais de 2026. Atua em duas frentes: a jurídica a e política. Na frente jurídica, as possibilidades são remotas, a despeito da grande banca de advogados que o assessora. Já na frente política, as possibilidades existem, sobretudo se considerarmos as movimentações em torno das eleições que deverão escolher os dois próximos dirigentes das Casas Legislativas. 

Desde que deixou a Presidência da República, seu capital político permanece intocável, mas os segmentos conservadores são precavidos e não dispensam a previdência de um plano "B" ou um substituto que esteja apto a entrar em campo a qualquer momento. O indivíduo pode até se insinuar, mas quem escolhe são eles, mediante acordos, confiabilidade, compromissos assumidos, agendas convergentes, possibilidades de êxito na disputa, coisas assim. Numa eventualidade de Bolsonaro ficar de fora pleito, hoje, o nome sobre o qual recai as sinalizações e movimentações desses segmentos é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.  

Editorial: Cataclisma político no sul.


Pelo andar da carrugem política, o Rio Grande do Sul passa por um momento de cataclisma natural, social e, infelizmente, também político. O climão entre o Governo Federal e o Governo do Rio Grande do Sul está definitivamente instaurado. Com a nomeação de Paulo Pimenta para ocupar o cargo de Autoridade Federal para a Reconstrução do Estado, até mesmo termos como intervenção já passam a ser abertamente usados para definir a situação. De birras e intrigas advindas do nosso processo de polarização política era tudo o que o Rio Grande do Sul não precisava neste momento. 

Impotente diante da situação, o governador Eduardo Leite(PSDB) ainda carrega o estigma de não ter se conduzido bem no contexto de adoção de medidas preventivas que pudessem se antecipar ao desastre. Lula, por sua vez, segundo algumas análises, aproveita uma rara oportunidade de, não apenas não repetir o Bolsonaro da Covid-19, mas, sobretudo, dá um alento novo a um Governo que vinha amargando índices indesejáveis de insatisfação junto à população. 

Como o clima político está demasiadamente nublado, os tucanos também passaram a atirar farpas pesadas contra o Governo Lula, a exemplo do Deputado Federal Aécio Neves, tucano da gema, que volta à ribalta para anunciar que Lula perdeu sua condição de estadista ao nomear Paulo Pimenta como Autoridade Federal no Rio Grande do Sul.

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A reação de Eduardo Leite à indicação de Pimenta

terça-feira, 14 de maio de 2024

Editorial: Lula continua como única alternativa do campo progressista para as eleições presidenciais de 2026.


Não deve ser uma tarefa simples conduzir uma máquina federal, estadual ou municipal, daí entendermos como sinceras as declarações de Lula afirmando que, após este terceiro mandato, gostaria de descansar um pouco, aproveitar sua aposentadoria junto à esposa. Nesses momentos bicudos de instabilidade institucional,então, Lula, como observou o prefeito um prefeito de uma de nossas capitais, em entrevista recente concedida a uma revista circulação nacional, ainda tem a tarefa de governar sob o assédio de forças de perfil autoritário, e tentar reconstruir um Estado desmontado pelo bolsonarismo. 

Soma-se isso as intempéries da natureza, como esta que ocorre no Rio Grande do Sul, onde, além de atender às incomensuráveis demandas das vítimas, o Governo também precisa administrar os danos oriundos da máquina irresponsável de produção de fake news, em alguns casos, encetadas por membros inconsequentes desta oposição. A AGU acionou o Supremo Tribunal Federal para que tome as providências atinentes ao caso. A relatora do inquérito, por sorteio, será a Ministra Cármem Lúcia.   

Em meio às tormentas políticas e naturais, no entanto, o líder petista é o único e exclusivo representante do campo democrático e progressista para enfrentar as forças oposicionistas nas eleições presidenciais de 2026. A oposição bolsonarista, como fez recentemente ainda possui a prerrogativa de testar alguns nomes que se mostram competitivos para o pleito de 2026, uma vez confirmada a inelegilbilidade de Jair Bolsonaro. O elenco de possibilidades é relativamente expressivo. No campo democrático e progressista, no entanto, a única alternativa, de novo, é o próprio Lula. Pelo andar da carruagem política, o morubixaba terá que adiar a aposentadoria mais uma vez.  

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Editorial: Lula venceria Tarcísio por 46% a 40%, diz pesquisa do Instituto Quaest\Genial.


Se as eleições presidenciais de 2026 fossem realiazadas em maio, mais precisamente nesta primeira quinzena, o presiente Luiz Inácio Lula da Silva venceria aquele adversário que se apresenta como a principal alternativa do campo bolsonarista e conservador para as eleições de 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O placar seria de 46% a 40% por cento, sendo esta a notícia boa da segunda-feira, depois de publicarmos por aqui, o percentual de eleitores que não se dispõem a referendar um quarto mandato para o petista. 

Numa confirmação da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, a disposição de disputar as eleições presidenciais de 2026 não seria mais uma questão de decisão pessoal do governador, dada a centrífuga de forças que começaram a moer em torno desse projeto. Em resumo, não seria uma decisão apenas dele, mas de um conjunto de forças que começam a atuar em seu entorno, do ponto de vista político, econômico e midiático.  

Do lado governista, conforme ja comentamos na postagem anterior, o PT não se preocupou em forjar novas lideranças capazes de enfrentar as urnas representando o conjunto das forças do campo progressista de nossa sociedade.Isso se constitui, de fato, num problema. A rigor, já teria chegado a hora do presidente passar o bastão para outra liderança, conforme ele mesmo advogava ao assumir este terceiro mandato.     

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Editorial: Governo Lula reconhece erros no primeiro de Maio.


É preciso analisar essa situação com bastante ponderação, sem açodamentos, procurando, de fato, encontrar as motivações reais pelas quais os últimos eventos em apoio ou organizados pelo Governo estão sendo esvaziados. Em "série", como o próprio Planalto admite. Esse negócio de ficar apontando o culpado A ou B pelo malogro do evento "X" (Ops!), certamente, não ajudará muito, uma vez que, além de fugir dos problemas reais, pelo andar da carruagem política, convém preparar uma lista com os nomes dos novos culpados. 

 público não está acompanhando os eventos do Governo nem dentro do conforto dos seus lares, como ocorre com as lives, que foram temporareamente suspensas. Imagina se iriam se submeter às intempéries das ruas para fazê-lo. Salvo melhor juízo, até pancadaria ocorreu entre militantes e um integrante do MBL, durante o evento. Eles vão ali para provocarem e, por vezes, as pessoas caem nessas provocações, como ocorreu com o Deputado Federal Glauber Braga. 

É preciso assentar a poeira, ter a humildade necessária e reavaliar as estratégias daqui frente, uma vez diagnisticado os reais problems deste apagão de público, que pode ser momentâneo, como reflexo deste momento delicado que o Governo está enfrentando. Os 97 milhões previstos, segundo foi divulgado pela imprensa, para a comunicação digital, por exemplo, poderiam ter sido melhor empregado neste diagnóstico. Desta vez ainda houve a derrapagem da infração eleitoral, que deverá ser punida pelo TSE.  

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Editorial: Os puxões de orelha de José Dirceu em Lula.


Os puxões de orelha estão se tornando recorrentes no Governo Lula 3. O morubixaba petista se empolga durante os discursos de improviso, por ocasião dos eventos oficiais e, não raro, tem reclamado em público dos seus subordinados. Mas Lula também não está isento desses puxões de orelha, conforme vamos tratar mais adiante. Alguns dos subordinados, como é o caso do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na nossa opinião injustamente, estão se tornando frequeses desses pitos. O último deles ocorreu durante as comemorações dos 50 anos da Embrapa, quando Lula reclamou dos recurso escassos previstos no orçamento da entidade de pesquisa agropecuária. 

Como já é do conhecimento público, José Dirceu voltou ao asfalto ou à ribalta, como vocês preferirem. Dirceu é uma espécie de "consciência ideológica' do mais autêntico petismo. O termômetro para se dimencionar, por exemplo, o quanto o partido tem se afastado dos seus princípios mais fundamentais. Seu discurso recente, na TrIbuna do Senado Federal, foi um autêntico puxão de orelha nos rumos do Governo Lula 3, ao fazer referência ao desvirtuamento da linha programática do Governo.

Fortalecer a democracia substantitva - até como antídoto ao descarrilamento da democracia política - sempre foi uma das grandes premissas do PT. Agora foi a vez de o líder petista escrever um artigo numa revista do partido, criticando os supersalários dos militares, como decorrência das benesses concedidas durante o Governo Bolsonaro. Na realidade, a discussão é mais ampla e está em jogo uma reaproximação ou um realinhamento de Lula com setores militares, manobra que estaria sendo articulada pelo Ministro da Defesa, o pernambucano José Múcio. No artigo, José Dirceu fala sobre tais penduricalhos, assim como sobre a necessidade de que o mesmos possam ser revistos.  

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Editorial: O que Lula conversou com Lira?

 


Até recentmente, o presidente Lula manteve uma conversa com o Presidente da Câmara dos Deputados, o alagoano Arthur Lira. O morubixaba petista tratou logo de antecipar-se às inevitáveis especulações em torno do assunto, informando que a conversa foi pessoal, não sendo, portanto, algo para ser tratado com a imprensa. A conversa ocorreu diante de uma quadra de dificuldades de relacionamento entre o Governo e o Legislativo, agravada pelas indiposições pessoais entre Lira e Alexandre Padilha, Ministro das Relações Institucionais do Governo Lula. 

Lula tratou de prestigiar o seu ministro, mas as bolsas de apostas de Brasília asseguram que ele estaria na marca do pênalti. Diante dos diálogos truncados, quem está assumindo alguns dessas funções de articulação é o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, atuando na ponta dos dedos, para não melindrar o titular da pasta. Aliás, como informa a matéria da revista Veja desta semana, a orquestra do Governo está bastante desafinada. A articulaçao política não é um problema isolado. Há ministros no Governo que, sequer, conseguem agendar audiências pessoais com Lula. 

Ambos, Lira e Padilha, sugerem ter baixado as armas neste momento. Os acenos são os melhores possíveis, mas tudo em nome de uma normalidade institucional que está longe se atingir seus padrões de níveis ideais. A oposição bolsonarista, desprovida de espírito público, é cavernosa. Não dá um minuto de trégua ao Governo. Já estão comemorando duas grandes derrotas do Governo: As PECs da Saidinha e das Drogas.      

terça-feira, 12 de junho de 2012

Por determinação de Lula, PT deverá "pegar pesado" com Perillo.


É aguardado com grande expectativa o depoimento do governador de Goiás, Marconi Perillo, na CPI do Cachoeira, no dia de hoje. Antes do depoimento, a cúpula do PSDB teria tentado um acordo com o PT no sentido de “pegar leve” com o governador tucano. Sem sucesso. Lula insiste que os petistas peguem pesado com Perillo. Conforme o Blog do Jolugue já informou aos seus leitores, Perillo encontra-se na lista dos “urubus voando de costa”, ou seja, seu nome está inscrito numa cadernetinha onde Lula anotou o nome dos seus maiores desafetos, ao deixar o Palácio do Planalto. Alguns deles não foram bem-sucedidos nas últimas eleições, conforme é o caso de Tasso Jereissati e Arthur Virgílio. Perillo é um sobrevivente, embora esteja metido até o pescoço com as encrencas que envolvem os negócios duvidosos do banqueiro Carlinhos Cachoeira. Mas, o que move Lula, infelizmente, não é nenhum sentimento nobre ou mesmo uma preocupação com a condução dos negócios públicos. Lula é movido pelo sentimento da vingança. Quando negou que tivesse conhecimento sobre o Mensalão, Perillo veio à boca do palco para informar à imprensa que havia alertado Lula reiteradas vezes sobre o fato, mesmo antes do estouro das denúncias do deputado Roberto Jefferson.