pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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segunda-feira, 10 de julho de 2023

Editorial: Todos de olho na vaga de Moro. Ele cai?



Pelo andar da carruagem política, a possibilidade de o senador Sérgio Moro(União Brasil-PR) vir a perder o mandato é real. Neste caso, o Estado do Paraná deverá realizar uma nova eleição para substituir seu representante em Brasília. Caso tudo ocorra conforme prevê os adversários do senador, até dezembro a fatura poderia ser liquidada, abrindo-se uma vaga para um novo postulante, a partir de 2024. E olha que aquele estado possui um elenco de excelentes candidatos à vaga do senador. Tivemos a oportunidade de acompanhar alguns debates dos candidatos ao Senado Federal e ficamos impressionados com o bom nível dos postulantes. 

Infelizmente, a indentificação bolsonarista e os reflexos da midialização da famigerada Operação Lava Jato ainda produziram seus efeitos no pleito. Segundo comenta-se nas coxias, uma das pretendentes ao cargo é a Deputada Federal Gleisi Hoffmann(PT-PR), que conta com o sinal verde da legenda. Caso tal hipótese de perda do mandato se materialize e Gleisi seja eleita no pleito estadual, pode-se dizer que o PT fez barba, cabelo e bigode. Como já existem algumas pendências jurídicas envolvendo o senador, caso ele venha a perder o mandato, as coisas se complicam de vez, posto que também perderá, como consequência, o foro privilegiado, onde se pode, no mínimo, ganhar algum tempo.

No dia de ontem, começaram a ser exibidas, nas redes sociais, novos áudios com eventuais falas do ex-juiz Sérgio Moro, em diálogos com Tony Garcia, um cidadão que esteve no epicentro da Operação Lava-Jato. Antes de mais nada, vamos deixar a polícia comprovar a autenticidade desses diálogos, investigar o caso, e a justiça, por sua vez, tomar as providências inerentes. O fato concreto é que o senhor Sérgio Moro, desde que deixou a condição de juiz da Lava-Jato, amarga um cerco sistemático dos seus desafetos e este cerco parece que está se fechando.     

Publisher: How far can Lula concede to Centrão?



As we have already reported here, the Centrão, which is no fool, has already forwarded the invoice to the Planalto Palace even before the vote on the Tax Reform. A misunderstanding on the part of the Government about whether or not to keep Minister Daniela Carneiro, of Tourism, generated a frisson with União Brasil that almost put everything at risk during the vote. The bill to be paid is very high. Apart from the more than R$ 7 billion released in amendments, a ministry for the PP and another for the Republicans is still under negotiation, in addition to state-owned companies such as Correios, Embratur and Caixa Econômica Federal.

There is a limit to these concessions and, presumably, the limit will be imposed by the government's social area. A good political thermometer for us to know whether or not the Government is going to give in on this ground is to keep an eye on the Ministry of Social Development, which pilots the flagship of social policies aimed at serving the poorest population in the country: Bolsa Família. Centrão's greed for the Ministry of Health met with strong resistance from sectors of the Government and, above all, from the population, strengthening Minister Nísia Trindade. At least for a while.

There is a lot of talk about a great victory for the Government regarding the vote on the Tax Reform. In fact, despite the arrangements and criticism, something that we needed to unlock for a long time was unlocked. There were some elements of consensus between the Government and the Opposition. On the other hand, the approved reform still needs to be improved. We are also concerned about the "republican" cost of such approval, producing heavy burdens on the Government, elected within a platform that will certainly be compromised as it gives in to pressure from the Centrão.

Editorial: Qual será a estratégia a ser usada pelo coronel Mauro Cid na CPMI do Atos Antidemocráticos?



Aos poucos, assim como um artesão, vamos juntando os fios soltos para compor o novelho da tentativa de golpe do dia 08 de janeiro. Aquilo que podíamos antecipar por aqui, já o fizemos. Duas CPI's foram criadas para investigar aqueles atos e, embora haja o recurso do silêncio utilizado por alguns depoentes, nas entrelinhas, algumas fatos já foram esclarecidos neste enredo sinistro, tramado contra as nossas instituições democráticas. Amanhã, dia 11, teremos o depoimento do ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, o Tenente-Coronel Mauro Cid, cujo celular traz alguns diálogos comprometedores, conforme já exaustivamente divulgado pela imprensa. 

Assim como outros atores estratégicos arrolados até este momento, nossa previsão é a de que será difícil arrancar alguma informação importante do ex-ajudante de ordens, que teve sua carreira de militar enormemente prejudicada em razão daqueles episódios. Podemos até está enganados. Em todo caso, em terra de sapos, de cócoras com ele, conforme recomenda o ditado popular. Sabedores de que a tendência do emprego da estratágia do silêncio é a mais provável, membros da CPMI já advogam a tese de usar a convocação da mulher do militar para estimulá-lo, digamos assim, a falar durante o depoimento. 

O que sempre foi dito é que o militar, formado nas forças especiais, teria uma capacidade incomum de suportar trancos, o que seria condizente com sua formação, onde é treinado para enfrentar situações do gênero. Há vários fotores em jogo, entretanto. Inclusive os reflexos do abandono do militar por parte de atores que estiveram direta ou indiretamente envolvidos naqueles episódios. O enredo é complicado e, em último análise, ele não estaria disposto a ir para o sacrifício sozinho.  

Editorial: Direita tenta apagar o incêndio entre Tarcísio e Bolsonaro.



Informações dos escaninhos da política asseguram que o Deputado Federal Arthur Lira(PL-AL), Presidente da Cãmara dos Deputados, teria ligado para o ex-presidente Jair Bolsonaro, no sentido de serenar os ânimos entre ele e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas(Republicanos-SP). O argumento de Lira é que a briga ou indisposições entre ambos não seria bom para o campo da oposição. Nada mais óbvio com relação a este argumento. Neste mesmo raciocínio, próceres integrantes da oposição estariam dispostos a construir um ambiente de paz entre ambos, possivelmente através de um repasto gastronômico, que pode ser um churrasco num domingo ensolarado - de preferência com a picanha do Lula - quem sabe um jantar ou mesmo um almoço. 

Tarcísio tem uma postura política dúbia, por vezes acenando para a extreama-direita, por vezes procurando livrar-se do incômodo de ser associado a um bolsonarismo mais radical. Ao longo do tempo, é preciso observar qual dessas perspectivas ou estratégicas irá se tornar hegemônica em sua trajétória até as eleições de 2026, quando desponta como um potencial aspirante ao cargo de Presidente da República. Se depender do supersecretário Gilbeto Kassab, ele afasta-se desse bolsonarimso mais radical e assume um perfil mais identificado com o centro do espectro político. 

Quanto aos panos mornos, vale sempre a máxima do ex-governador pernambucano Paulo Guerra: Em política não existe nunca nem jamais. Neste aspecto, a direita consegue construir acordos com mais facilidades do que a esquerda. Até as eleições passadas, o apoio do PT a uma candidatura do PSOL à Prefeitura de São Paulo, nas próximas eleições municipais, era tido como algo perfeitamente ajustado. Hoje já se esboça um cenário político onde o acordo pode não ser cumprido.     

Editorial: Até onde Lula pode ceder ao Centrão?


Como já informamos por aqui, o Centrão, que não é nada bobo, já encaminhou a fatura ao Palácio do Planalto mesmo antes da votação da Reforma Tributária. Um mal-entendido do Governo sobre a manutenção ou não da Ministra Daniela Carneiro, do Turismo, gerou um frisson com o União Brasil que quase coloca tudo a perder durante a votação. A conta a ser paga é altíssima. Fora os mais de R$ 7 bilhões liberados em emendas, ainda encontra-se em negociações um ministério para o PP e outro para os Republicanos, além de estatais como os Correios, a Embratur e a Caixa Econômica Federal.  

Há um limite nessas concessões e, segundo presume-se, o limite será imposto pela área social do Governo. Um bom termômetro político para sabermos se o Governo vai ou não ceder neste terreno é ficarmos de olho no Ministério do Desenvolvimento Social, que pilota o carro-chefe das políticas sociais voltadas ao atendimento da população mais pobre do país: O Bolsa Família. A cobiça do Centrão pelo Ministério da Saúde encontrou forte resistência de setores do Governo e, sobretudo, da população, fortalecendo a ministra Nísia Trindade. Pelo menos por enquanto.  

Comenta-se muito sobre uma grande vitória do Governo no tocante à votação da Reforma Tributária. De fato, a despeito dos arranjos e das críticas, destravou-se algo que precisávamos destravar há muito tempo. Havia alguns elementos de consenso entre Governo e Oposição. Por outro lado, a reforma aprovada ainda precisa ser aprimorada. Preocupa-nos, igualmente, o custo "republicano" de tal aprovação, produzindo pesados ônus ao Governo, eleito dentro de uma plataforma que, certamente, ficará comprometida na medida em que cede às pressões do Centrão.    

Charge! João Montanaro via Folha de São Paulo

 


domingo, 9 de julho de 2023

Editorial: Aprovação da Reforma Tributária cacifica Tarcísio para 2026?


É esta a conclusão de dois grandes e influentes jornais brasileiros, O Globo e O Estado de São Paulo. São curiosos os caminhos da política, como devem estar raciocinando os leitores. Como pode um dos mais ulustres representantes da oposição ao Governo Lula auferir dividendos eleitorais com a aprovação da Reforma Tributária? É simples. Logo em seguida, um desses jornais trata o ex-presidente Jair Bolsonaro como um um tolo, um míope político, por não dimensionar a importância da aprovação da matéria para o país, se perdendo no jogo menor da oposição a tudo que viesse do PT, quando, na realidade, há anos que o Legislativo discute essa reforma. 

O que se pode dizer por aqui é que Tarcísio agiu com o cérebro e não com o fígado, colocando-se ao lado dos interesses do país. A atitude pegou bem como marketing político, assim como o seu engajamento pela aprovação da Reforma Tributária, a despeito das arestas criadas nas hostes conservadoras, sobretudo no PL. 2026 ainda está muito distante, mas é impressionante como o tema já ocupa a ordem do dia nos debates e discussões entre os grandes veículos de comunicação e pelas redes sociais. 

Desde que venceu as eleições em São Paulo, por inúmeras razões, o governador Tarcísio de Freitas já acumula milhas para o pleito presidencial de 2026. É preciso ficar atento, neste momento, à "imagem" ou narrativa que ele está tentando contruir ou passar para os eleitores. Um calculado "descolamento" do bolsonarismo mais radical por estar entre as suas ações. Segundo se comenta nos escaninhos da política, a estratégia está sendo orientada e monitorada pelo bruxo Gilberto Kassab, Presidente Nacional do PSD.  

Charge! Jean Galvão via Folha de São Paulo

 


sábado, 8 de julho de 2023

Publisher: Youtube chooses João Pessoa as the best city to live in the country



A survey on Youtube has a lot of repercussions on social networks, where the capital of the state of Paraíba, João Pessoa, was elected the best city to live in the country. In fact, nothing better than João Pessoa. Be it for its attractions, be it for the hospitality of its people, be it for the zeal of public managers with the city. Warm water urban beaches; excellent gastronomic and lodging facilities; clean urban environment and preserved environment, with a vast area of untouched vegetation cover. The local people treat visitors very well, the drivers are polite in traffic.

Regardless of political and ideological colors, there seems to be a pact between the managers who assume the city's administration in order to take good care of its infrastructure. A week in the neighborhoods of Tambaú or Cabo Branco and the caboclo is immersed in endless happiness. A little run in the early hours of the morning, under a strong sun, as it rises earlier that way; an old bathing suit and a dip in the warm waters of Tambaú; then, back to the hotel, to get some shorts and a tank top and go to Mangai to try the best cuisine in the state; for dessert, an ice cream at Friberg ice cream shop, the best in town; one toured the craft markets; at the end of the afternoon, a ride with the family along the shore, on one of those bicycles for four people, with an obligatory stop at the bust of Tamandaré.

You hardly need to leave Tambaú to enjoy the city. There is fresh seafood at the neighborhood fishmonger; a public market with delicacies from the local cuisine, in addition to seasonal fruits, such as pink and espadrilles mangoes, in the high summer season; an open-air food court, in the tourist heart of the neighborhood. But, if you have some free time, be sure to go to the old neighborhood of Varadouro, get to know the old town, with its attractions from the time, such as historic monuments and listed houses. Not least, one toured Bica with the children, on a cold Sunday morning, following the water trail.

Editorial: Youtube elege João Pessoa como a melhor cidade para se viver no país.



Repercute bastante nas redes sociais uma pesquisa do Youtube, onde a capital do estado da Paraíba, João Pessoa, foi eleita a melhor cidade para se viver no país. De fato, nada melhor do que João Pessoa. Seja pelos seus atrativos, seja pela hospitalidade de sua gente, seja pelo zelo dos gestores públicos com a cidade. Praias urbanas de água mornas; excelentes equipamentos gastronômicos e de hospedagens; ambiente urbano limpo e meio ambiente preservado, com uma vasta área de cobertura vegetal intocada. O pessoense trata muito bem os visitantes, os motoristas são educados no trânsito. 

Independentemente das colorações políticas e ideológicas, parace haver um pacto entre os gestores que assumem a administração da cidade no sentido de cuidarem bem de sua infraestrutura. Uma semana nos bairros de Tambaú ou Cabo Branco e o caboclo mergulha numa felicidade sem fim. Uma corridinha nas primeitas horas da manhã, sob sol forte, pois ele nasce antes por ali; um velho calção de banho e um mergulho nas águas mornas de Tambaú; depois, voltar ao hotel, para pegar um short e uma regata e ir até o Mangai experimentar o melhor da gastronomia do estado; como sobremesa, um sorvetinho na sorveteria Friberg, a melhor da cidade; uma circulada nos mercados de artesanato; no finalzinho da tarde, uma pedalada com a família pela orla, numa daquelas bicicletas para quatro pessoas, com parada obrigatória no busto de Tamandaré. 

Você quase não precisa sair de Tambaú para aproveitar bem a cidade. Há frutos do mar fresquinhos na peixaria do bairro; um mercado público com as iguarias da culinária local, além das frutas de época, como as mangas rosas e espadas, nas altas temporadas de verão; uma pracinha de alimentação a céu aberto, no coração turístico do bairro. Mas, se sobrar um tempinho livre, não deixe de ir ao bairro velho do Varadouro, conhecer a cidade antiga, com seus atrativos da época, como munumentos históricos e casario tombado. Não menos importante, uma circulada pela Bica com as crianças, numa manhã fria de domingo, seguindo a trilha das águas.  

Editorial: Lula pode salvar a COPEL - Companhia Paranaense de Energia?



 A despeito dos complicados arranjos políticos impostos por um parlamentarismo não assumido, quando pode, Lula puxa a brasa para a sardinha republicana, adotando medidas que beneficiam a maioria da sociedade brasileira e não apenas uma meia dúzia de privilegiados ou os agiotas que vivem da especulação com o capital financeiro. Trata-se de uma continha complicada, mas adovga-se, igualmente, ser a única possível no contexto desses contrangimentos políticos e econômicos. 

Há, por exemplo, três reformas impotantíssimas para o país, que nunca puderam ser implementadas em razão desses constrangimentos políticos: a Reforma Agrária, a Reforma Política e a Reforma Tributária. Com relação a esta última, tivemos alguns avanços, embora haja, ainda, enormes divergências entre Governo e Oposição. Possivelmente ela sofrerá uma série de ajustes no Senado Federal. 

Também observamos como positivo um freio de arrumação na onda de privatizações, onde o patrimônio nacional é oferecdo ao capital, em nebulosas transações, sob o argumento furado de que essas empresas seriam melhor gerida pela iniciativa privada. Ainda há de se considrerar aqui as vantagens auferidas, indevidamente, por agentes públicos, o que evidencia que as motivações nessas privatizações seguem uma trajetória nada republicana. Ganham agentes privados e alguns agentes públicos mal-intencionados, enquanto a população arca apenas com os ônus. Hoje, dia 08, há um tuitasso nas redes sociais pedindo que o presidente Lula salve a COPEL - Companhia Paranaense de Energia. Como se trata de uma estatal do Governo do Paraná, Lula pode fazer alguma coisa?  

Editorial: Chegou a conta do Centrão

 



Já inventaram até um nome engraçado para se referir às antigas emendas do relator, aquelas emendas onde o dinheiro público escorre pelos ralos, percorrendo caminhos tortuosos, sem que o cidadão e os órgãos de controle e fiscalização do Estado tenha alguma salvaguarda sobre sua real aplicação, consoante o interesse público. Agora elas são chamadas de emendas Pix, com as mesmas características, algo que, naturalmente, caiu no gosto dos parlamentares. 

Somente no dia 07, por ocasião das nevrálgicas articulações em torno da votação da Reforma Tributária, estima-se que R$ 5,3 bilhões foram liberados através desse expediente, em princípio, pernicioso aos interesses públicos. Mas a conta não para por aqui. O Planalto já recebeu a fatura das negociações pela aprovação da Reforma Tributária, uma vitória até certo ponto com folga. O Centrão está pleiteando os ministérios do Turismo, dos Esportes e do Desenvolvimento, além da Caixa Econômica Federal. 

Isso é apenas o começo. As chamadas entradas. Logo eles estarão pleiteando novos espaços na burocracia e a liberação de emendas, pois o apetite dessa gente é insaciável. Quanto mais o Planalto cede, mais eles avançam sobre o Governo, comprometendo, inexoravelmente, a plataforma de gestão que se pretendia imprimir e que foi negociada com os eleitores. Isso na melhor das hipóteses. A outra hipótese é a chantagem com os inúmeros pedidos de impeachment contra o presidente Lula.    

Charge! Thiago Lucas via Jornal do Commércio

 


Charge! Marília Marz via Folha de São Paulo

 


sexta-feira, 7 de julho de 2023

Editorial: A briga é feia entre Bolsonaro e Tarcísio de Freitas.



Até bem pouco tempo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas(Republicanos-SP), por inúmeras razões, era apresentado como um dos representantes mais genuínos do bolsonarismo. Em algum tropeço do capitão - como uma inelegibiludade, por exemplo - ele despontava nas bolsas de apostas como um dos prováveis candidatos a herdarem seu espólio eleitoral. No retrovisor do Governo Lula, há muito ele era o nome a ser batido nas eleições presidenciais de 2026. O caboclo pilota o maior colégio eleitoral do país. Em nenhuma hipótese poderia ser desconsiderado num pleito presidencial. 

A relação entre Tarcísio e Bolsonaro estava, até certo ponto, sob controle. Durante encontros recentes, ambos trocaram amabilidades. No dia ontem, durante uma reunião com a bancada do PL, esta relação sofreu um extremecimento, pois Tarcísio foi bastante hostilizado ao defender o voto favorável da bancada do PL ao projeto de Reforma Tributária encaminhado pelo Governo Lula. A despeito das hostilidades, o governador furou a bolha, angariando o voto de seu partido, o Republicanos, e amealhando vinte votos da bancaca do PL, fundamentais para a aprovação do projeto, feito bastante comemorado pelo Deputado Federal André Janones. 

Essa relação de idas e vindas - ou de tapas e beijos, se os leitores preferirem - se arrasta há algum tempo entre Tarcísio e Bolsonaro. Para ser mais preciso, desde as últimas eleições, quando o atual governador já se colocava como um não bolsonarista legítimo. A hipótese de se tratar de mais uma dessas brigas passageiras seria a mais provável. Ocorre, porém, que o estado de São Paulo teria entrado na justiça para aumentar em 9000% as multas aplicados pelo ex-governador João Dória ao ex-presidente Jair Bolsonaro pelo não uso das máscaras durante a pandemia. Parece que a briga é feia.    

Editorial: O "companheiro' Tarcísio de Freitas.



Há algumas cenas emblemáticas na política. No perfil do Deputado Federal André Janones(Avante-MG) ele aparece numa foto surpreendente, ao lado do governador do estado de São Pauo, Tarcísio de Freitas, tratando-o como "companheiro" e agradecendo os votos obtidos por ele em favor da Reforma Tributária. Os Republicanos seguiram a orientação do governador e algo em torno de vinte votos ainda foram amealhados junto ao PL. É realmente uma cena capaz de produzir urticárias junto ao bolsonarismo raiz, que já está tratando o governador como um traidor. A fisionomia de Janones, de garoto maroto, é a de quem sabia qual seria a reação entre os bolsonaristas raiz. 

Tarcísio, por outro lado, não é nenhum neófito na política e deve saber o que está fazendo. O PT trabalha com a hipoótese de que ele poderá ser o seu grande adversário nas eleições presidenciais de 2026, sobretudo diante da condição de inelegibilidade do presidente Jair Bolsonaro. Como afirmamos na última postagem, ocorreram movimentos inusitados no tabuleiro da direita ou da extrema-direita nas últimas horas. 

Bolsonaro ainda não foi jogado ao sereno. O PL ainda trabalha com a possibilidade de reversão da decisão do STE sobre a sua inelegibilidade. Michelle Bolsonaro ainda não se consolidou como alternativa e, segundo informações, sua pretensão não seria concorrer à Presidência da República, mas a um cargo proporcional, quem sabe ao Senado, pelo Distrito Federal. Comenta-se, igualmente, que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema(Novo-MG), poderia se filiar ao PL, onde teria mais capilaridade para candidatar-se à Presidência em 2026. Se tal informação se confirma, fica evidente que o PL pretende trabalhar o seu o seu nome como alternativa presidencial. 

Editorial: Os curiosos movimentos no tabuleiro da direita.



Gilberto Kassab, o Presidente Nacional do PSD, tem se revelado um grande enxadrista no tabuleiro da política brasileira. Convém aos adversários - e até mesmo aliados - ficarem atentos às suas jogadas. O bruxo tornou-se um supersecretário do Governo de São Paulo, monitorando os movimentos de uma peça estratégica em seus projetos para as eleições presidenciais de 2026, o atual governador Tarcísio de Freitas(Republicanos-SP). A estratégia seria aproximar o governador do centro político, diluindo uma identidade mais efetiva com o bolsonarismo do tipo radical, evitando, por consequinte, os danos eleitorais dessa identificação.    

A conversa com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atendia a tais requisitos, mas as reações adversas no encontro com os companheiros da velha guarda do bolsonarismo saiu um pouco desse script da jogada ou, no mínimo, pode ter antecipado alguns lances que não estavam previstos. Tarcísio foi literalmente hostilizado durante o encontro, ao defender o voto do PL em favor da Reforma Tributária. Seu encontro com um ministro do Governo Lula foi considerado um ato de traição por alguns ilustres representantes da legenda liberal. 

Difícil saber se Kassab contava com essa reação do adversário, pois, em princípio, tal desvinculação deveria ser construída em lances paulatinos, nunca de forma abrupta, de preferência sem grandes traumas, pois ainda estamos em 2023. Mas o jogo de xadrez é isso mesmo. Assim como no futebol, conforme ensinava o grande Mané Garrincha, não se pode combinar a jogada com o adversário. Como um bom enxadrista pensa em tudo, o episódio pode até antecipar essa ruptura política do governador com o bolsonarismo raiz, levando-o a migrar do Republicanos para o PSD.  

Charge! Mor via Folha de São Paulo

 


quinta-feira, 6 de julho de 2023

O xadrez político das eleições municipais de 2024 em Recife: A aposta de João Campos na consolidação da aliança com o PT



Apesar dos nossos avisos aqui pelo blog à época - solenemente ignorados -  o ex-governador Eduardo Campos estabeleceu uma estratégia política que, matreiramente, corroeu a resistência do PT na Prefeitura da Cidade do Recife ao longo do tempo, o único bastião do partido no Estado. A materialização do projeto se deu nas eleições de 2012, sagrando o então técnico Geraldo Júlio como novo prefeito do Recife.  Assim, um partido que poderia construir uma alternativa ao eduardismo no estado, tornou-se refém do ex-governador, precisando alimentar-se das migalhas que caíam da mesa dos socialistas, na expectativa de salvar algumas figuras de proa da legenda e seus apaninguados, um grupo que ficaria conhecido como queijo do reino. 

A manobra impediu, inclusive, que lideranças mais autêticas da legenda se tornassem viáveis, uma vez impedidas pelos grupos adesistas, hegemônicos no controle do partido no estado. Em 2018 João Campos foi eleito pilotando uma agenda e uma narrativa antipetista, conveniente naquele momento, onde ainda existia uma forte resistência da população em relação aos escândalos em que o PT esteve envolvido. 

As nuvens políticas mudaram sensivelmente deste então. Lula foi eleito, o PT integra o governo municipal, João mantém um ótimo trânsito junto ao morubixaba petista e à burocracia do partido. Sua estratégia no momento consiste em ampliar cada vez essa aliança, de olhos nas próximas eleições municipais de 2024 e estaduais de 2026. Por sua vez, o PT também pretende apostar na consolidação dessa aliança, pois abre-se uma perspectiva de reocupar o Palácio Antonio Farias, uma vez que toda a estratégia de João Campos está relacionada às eleições estaduais de 2026, quando deverá candidatar-se ao Governo do Estado. Isso, naturalmente, se João Campos conseguir ser reeleito e o PT indicar o vice na chapa. Em todo caso, assegurar a condição de candidato de Lula no Recife seria fundamental para o socialista.  

Se as eleições fossem hoje, João Campos apresentaria boas credenciais para continuar no cargo. Sua avaliação junto à população do Recife é muito boa e suas costuras políticas estão bastante azeitadas, sempre numa perspectiva agregadora, tratando com afagos até oposicionistas. Por outro lado, a oposição também afia suas garras, preparando o terreno para tentar voltar ao poder em 2026, por ocasião das eleições presidenciais. A premissa aqui está mais relacionada aos expoentes do bolsonarismo no estado, como o ex-Ministro do Turismo do Governo Bolsonaro, Gilson Machado, ancorado nos bons resultados alcançados nas urnas nas eleições passadas.    

Editorial: Bolsonaro recomenda ao PL votar contra a reforma tributária.



Com a sua inelegibilidade decretada, ao que sugere, o ex-presidente Jair Bolsonaro deverá perder algumas mordomias oferecidas pelo PL, o seu partido. Não sabemos se isso também se aplica em relação à sua condição de ex-presidente, quando o Estado ainda assegura alguma regalias, como seguranças, assessores, transporte e coisas assim. Em todo caso, sua relação com o PL, em tais circunstâncias, não é das melhores. Mesmo assim, o ex-presidente teria recomendado aos membros da legenda votarem contra todas as iniciativas que viessem do Partido dos Trabalhadores, independentemente de serem medidas importantes para o país. 

Não se esperava de Bolsonaro algo acima disto. Não é do seu feitio posturas de caráter republicanos. No Brasil existe uma grande injustiça tributária, onde pobres e classe média são penalizados, em benefício de uma minoria de privilegiados. Uma espécie de Robin Wood às avessas. O entregador de pizzas dessas empresas de delivery precisa arcar com os impostos de seu equipamento de trabalho, ao passo em que os ricaços possuem isenção dos seus iates. Ao lado da Reforma Agrária, da Reforma Política, a Reforma Tributária é um das mais importantes para o país.

Essa discussão remonta ao primeiro Governo da Coalizão Petista, onde o avanço sobre as reformas acima foi apontada como algo onde o governo não obteve reultados, sendo posto, portanto, como um saldo negativo de gestão. Desta vez, o rolo compressor não é menor. Antes se dizia que o Governo de Coalizão Petista não reunia as condições políticas efetivas para avançar nesse terreno pantanoso, desagradando alguns segmentos de nossas elites. E hoje?    

Editorial: Nota de Repúdio da Frente Evangélica pelo Estado de Direito

 



𝐍𝐎𝐓𝐀 𝐃𝐄 𝐑𝐄𝐏Ú𝐃𝐈𝐎

A Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, movimento que luta pela democracia desde o ano de 2016, repudia as violentas falas do pastor André Valadão contra a população LGBTQIAPN+. O líder global da Igreja Batista da Lagoinha declarou que se Deus “pudesse, matava tudo”. André Valadão citou ainda o arco-íris e o compromisso divino de não destruição da terra, depois do dilúvio, para insinuar que agora seria a vez dos cristãos de ‘resetar’ a humanidade.
Sua fala causou revolta, indignação e dor. São contra discursos de ódio como esses, onde a Palavra de Deus é corrompida para clamar pela a aniquilação do seu próximo, que a Frente se insurge.
Nos solidarizamos aos que sofreram com a agressão e lembramos que a Palavra de Deus, ao contrário do que faz parecer André, é uma mensagem de redenção. O reencontro amoroso entre Deus e toda a humanidade.
Homofobia é crime, como observa a Lei. Esperamos que André Valadão não fique impune e que, assim como qualquer outro que cometa crimes e ilegalidades, seja responsabilizado por isso.
“Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. 1 João 4:8.

Editorial: A reforma tributária passa ou não passa?



Eis aqui uma grande incógnita. Tudo nos parece muito incerto, a julgar pelas movimentações dos partidos de oposição no sentido de arregimentarem apoios contra o projeto. Assim como já ocorreu até recentemente, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad(PT-SP), faz uma corpo a corpo para a aprovação do projeto, limando, aqui e ali, aqueles pontos de discórdia com os seus interlocutores, a exemplo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas(Republicanos-SP).

Diante das circunstâncias conhecidas, é realmente difícil cravar uma vitória do Governo Lula. Nos últimos dias, várias afagos foram feitos à oposição, através de cargos e liberação de emendas, mas isso não significa que o Governo poderá contar, necessariamente, com o voto desses parlamentares favorecidos, pois o jogo é pesado e as decepções se avolumam. Alguns deputados estão sempre usando essas votações para fazerem chantagens com o Governo. Não seria diferente num momento crucial como este, onde o poder de barganha - para não usarmos outras expressões mais adequadas - é enorme.  

O governador Tarcísio de Freitas parece ter saído convencido do encontro com Fernando Haddad e tornou-se um soldado em defesa da reforma, abrindo um diálogo para demover as resistênfia dentro do PL, o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. E, por falar em afagos ao Governo, com a saída da Ministra do Turismo do cargo - a carta de demissão já estaria pronta - Lula sinaizou que irá construir um Instituto Federal e um hospital de câncer, em Belford Roxo, reduto político do esposo da ministra, o prefeito Waguinho. 

Charge! Laerte via Folha de São Paulo

 


quarta-feira, 5 de julho de 2023

Publisher: Luiza Trajano's campaign against high Central Bank interest rates ​



Until recently, during a businessmen's meeting, Mrs. Luíza Trajano, Magazine Luíza's main shareholder, demanded from Mr. Campos Neto, President of the Central Bank, a decrease in the interest rates practiced by that Institution, under penalty of such interest rates a general breakdown in some economic activities. After the meeting, the businesswoman would have tried, without success, to re-establish this dialogue with Campos Neto. Given the circumstances, Luíza Trajano would be intending to adopt, as a coping strategy, a petition among the business community that is consistent with the thesis of the fall in interest rates practiced by the Bank.

It is not uncommon for us to return to this matter here. There is a clear tug of arms between the Lula Government and the Presidency of the Central Bank, in some cases presented as a cursed legacy left by Bolsonarism, when one considers that the current manager of that institution was appointed by the former president. Alongside Lira, he would form an infernal duo against the interests of the Lula government. Campos Neto even has good relations with former president Bolsonaro, but the problem seems to be another one, or it is not limited to the possible political implications. 

Campos Neto always hits the key that such interest rates are practiced in order to hold inflationary levels. On the other hand, there are countries with much lower interest rates and inflation under control. Concretely, Luíza Trajano is right in her arguments. This economic "denialism" of Campos Neto hinders economic growth and promotes the collapse of some market niches, as anticipated by the businesswoman. With the exception of speculative capital, there are already many people in the queue to sign the petition.


Editorial: Ronaldo Caiado pode despontar como eventual herdeiro do espólio eleitoral do bolsonarismo?



Eis aqui uma pergunta pertinente, formulada por um internauta que nos honra com sua leitura do BLOG CONTEXTO POLÍTICO. De fato, pelo menos até este momento, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, não aparece na bolsa de apostas políticas como um eventual herdeiro do bolsonarismo. Além da esposa do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, os outros nomes que surgem no retrovisor das eleições presidenciais de 2026 são os do governador de Minas Grais, Romeu Zema(Novo-MG), e o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). 

Curiosamente, o Instituto Paraná Pesquisas realizou uma pesquisa de intenção de voto naquele estado, consoante a quadra nacional e não estadual, onde aponta que o governador bateria Lula numa hipotética disputa presidencial. Outro fator que deve ser considerado são suas vinculações orgânicas ao agronegócio, um nicho eleitoral bastante vinculado ao bolsonarismo e indisposto com o Governo Lula. Sua gestão é bem avaliada pela população e o governador sempre manteve azeitado seus canais de articulações no plano nacional. 

Até recentemente, o governador Ronaldo Caiado esteve na Câmera dos Deputados, atendendo a um convite dos membros daquela comissão, que trata dos problemas relacionados às invasões de terra, popularmente conhecida como CPI do MST. Durante sua fala, o governador manteve alguns entreveros com integrantes do Partido dos Trabalhadores, conforme já seria previsível. No dia de ontem, um blogueiro questionou essa eventual capacidade de transferência de votos do ex-presidente Jair Bolsonaro. A direita estaria abandonando o ex-presidente. A conferir.   

Editorial: A campanha de Luíza Trajano contra os juros altos do Banco Central.



Até recentemente, durante um encontro de empresários, a senhora Luíza Trajano, principal acionista do Magazine Luíza, cobrou do senhor Campos Neto, Presidente do Banco Central, a queda dos juros praticados por aquela Instituição, sob pena de que tais taxas de juros poderiam produzir uma quebradeira generalizada em algumas atividades econômicas. Após, o encontro, a empresária teria tentado, sem sucesso, reestabelecer esse diálogo com Campos Neto. Diante das circunstâncias, Luíza Trajano estaria pretendendo adotar, como estratégia de enfrentamento, um abaixo-assinado entre o empresariado que coaduna da tese da queda dos juros praticados pelo Banco. 

Não raro, estamos voltando a tratar deste assunto por aqui. Existe uma nítida queda de braços entre o Governo Lula e a Presidência do Banco Central, em alguns casos, apresentado como uma herança maldida deixada pelo bolsonarismo, quando se considera que o atual gestor daquela Instituição foi nomeado pelo ex-presidente. Ao lado de Lira, ele formaria uma dupla infernal contra os interesses do Governo Lula. Campos Neto até tem boas relações com o ex-presidente Bolsonaro, mas o problema parece ser outro, ou não se resume apenas às possíveis implicações políticas. 

Campos Neto sempre bate na tecla de que tais taxas de juros são praticadas no sentido de segurar os patamares inflacionários. Por outro lado, existem países com taxas de juros bem mais baixos e inflação sob controle. De concreto mesmo, Maria Luíza tem razão no seus argumentos. Esse "negacionismo" econômico de Campos Neto trava o crescimento econômico e promove a quebradeira de alguns nichos de mercado, conforme antecipa a empresária. À exceção do capital especulativo, já tem muita gente na fila de espera para assinar o abaixo-assinado.   

Charge! Leandro Assis e Triscila Oliveira

 


terça-feira, 4 de julho de 2023

Editorial: O ataque de um pastor evangélico aos homossexuais



Repertute bastante nas redes socias, as infelizes declarações do pastor evangélico André Valadão, durante uma cerimônia religiosa, conclamando os fiéis a cumprirem aquilo que Deus iniciou, ao liberar uma chuva de fogo e enxofre sobre Sodoma de Gomorra, em razão dos pecados da carne. Até recentemente, o jornal Folha de São Paulo realizou uma pesquisa que aponta que 52% da população brasileira acreditam que o Governo Lula possa tornar-se comunista. Já escrevemos por aqui que se trata de uma tremenda bobagem associar o petista ao comunismo. 

Desde a década de 80 do século passado, quando o PT foi fundado, que tal hipótese se tornou uma grande bobagem. Nem os próceres representantes do Regime Militar acreditam nesse pseudo-comunismo do líder petista. É fato que, historicamente, os comunistas raízes tiveram alguns problemas com os homossexuais, mas a referência a essa pesquisa aqui seria por outro motivo, ou seja, para evidenciar o quanto a nossa socieade encontra-se profundamente polarizada, cindida em dois polos, num binômio bastante perigoso, pois como advertia o sociólogo jamaicano Stuart Hall, em tais circunstâncias, a tendência é que um dos polos tente esmagar o outro. 

Nem mesmo com as reações duras do aparelho de Estado e da sociedade civil essas práticas estão sendo contidas. Atingimos um estágio bastante preoucupante, onde se torna difícil prever quando retornaremos aos padrãos civilizados de convivência e tolerância em todos os aspectos, seja religioso, seja em razão de uma opção sexual, seja em vincular-se a uma corrente política A ou B. Acionado por um parlamentar, o Ministério Público já estaria movendo uma ação contra o pastor. Vamos ver quem ganha essa cabo de guerra. Se os alaoprados de ocasião ou a banda boa da sociedade brasileira e suas instituições democráticas.   

Editorial: Zema vira piada nas redes sociais por não saber a metade de 512.



O governador do Estado de Minas Gerais, Romeu Zema(Novo-MG), tornou-se alvo de piada nas redes sociais por não saber fazer um cúlculo simples, durante uma entrevista ao vivo, para a TV CNN, no dia de ontem. Infelizmente, não acompanhamos a entrevista, o que nos reserva o dever de não comentá-la nos pormenores, mas, grosso modo, ele já começa a construir uma narrativa antipetista, ao afirmar que o seu objetivo é o de  combater o PT.  Por outro lado, não deixa de ser curioso o fato de os telespectadores não perdoarem um deslize dele durante a entrevista, quando instigado a dizer quanto seria a metade de 512. Ele não soube calcular a metade desse valor, que seria 256. Embora esses lapsos sejam perfeitamente naturais, a malhação é inevitável, principalmente da turma da torcida do contra.  

Ainda no período das últimas eleições, um outro ilustre representante desse agrupamento político que se coloca como prováveis herdeiros do bolsonarismo, Tarcísio de Freitas, pagou um mico ao não saber o nome do colégio onde iria votar naquelas eleições. Nenhum deles, por razões óbvias, assumem que andam sondando o alambrado das alternativas conservadores ou de direita para as próximas eleições presidenciais. Se o leitor prefere a denominação de extrema-direita, talvez possamos encanixá-la nesse figurino, uma vez que até ilustres representantes da Ditadura Militar voltaram a receber homenagens.  

Romeu Zema e Tarcísio de Freitas são atores políticos que pilotam os maiores colégios eleitorais do país, São Paulo e Minas Gerais, estados estratégicos num pleito presidencial. No caso de São Paulo, no que concerne às eleições municipais de 2024, o capitão da extrema-direita, Jair Bolsonaro, hoje sinalizou que ainda não bateu o mertelo se apoiará Nunes ou Ricardo Salles. A impressão que temos é que Ricardo Salles já jogou a toalha. Em Minas Gerais, o ex-governador Aécio Neves, depois de um longo e tenebroso inverno - onde precisou comer o mingau quente pelas beiradas - emite sinais de que talvez tenha chegado o momento de voltar à ribalta, disputando uma vaga no Palácio Tiradentes nas eleições de 2026.   

Charge! Benett via Folha de São Paulo