Já inventaram até um nome engraçado para se referir às antigas emendas do relator, aquelas emendas onde o dinheiro público escorre pelos ralos, percorrendo caminhos tortuosos, sem que o cidadão e os órgãos de controle e fiscalização do Estado tenha alguma salvaguarda sobre sua real aplicação, consoante o interesse público. Agora elas são chamadas de emendas Pix, com as mesmas características, algo que, naturalmente, caiu no gosto dos parlamentares.
Somente no dia 07, por ocasião das nevrálgicas articulações em torno da votação da Reforma Tributária, estima-se que R$ 5,3 bilhões foram liberados através desse expediente, em princípio, pernicioso aos interesses públicos. Mas a conta não para por aqui. O Planalto já recebeu a fatura das negociações pela aprovação da Reforma Tributária, uma vitória até certo ponto com folga. O Centrão está pleiteando os ministérios do Turismo, dos Esportes e do Desenvolvimento, além da Caixa Econômica Federal.
Isso é apenas o começo. As chamadas entradas. Logo eles estarão pleiteando novos espaços na burocracia e a liberação de emendas, pois o apetite dessa gente é insaciável. Quanto mais o Planalto cede, mais eles avançam sobre o Governo, comprometendo, inexoravelmente, a plataforma de gestão que se pretendia imprimir e que foi negociada com os eleitores. Isso na melhor das hipóteses. A outra hipótese é a chantagem com os inúmeros pedidos de impeachment contra o presidente Lula.
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