pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Quando serão mesmo as entregas de Lula?
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sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Editorial: Quando serão mesmo as entregas de Lula?



No dia de ontem, 3o, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sob os olhares atentos do novo homem forte da comunicação do Planalto, Sidônio Palmeira, concedeu uma longa entrevista a jornalistas especialmente convidados, dentro daquilo que se convencionou chamar de entrevista controlada. Esta foi mais controlada ainda, uma vez que o formato já atende as diretrizes emanadas pela nova SECOM. A entrevista foi tão controlada que o próprio Lula, ao final, sugeriu que os jornalistas foram muito tolerantes e que deveriam tomar uma bronca de seus editores quando voltassem às redações dos jornais. Lula sugeriu que gostaria de ter sido apertado, talvez com aquelas perguntas impertinentes, difíceis de serem respondidas. 

Como ainda são recentes as declarações duras do Presidente Nacional do PSD, Gilberto Kassab, Lula aproveitou a oportuni dade para sair em defesa do seu Ministro da Fazenda Fernando Haddad, tratado como fraco pelo cacique do partido, que, aliás, em tese, é um aliado. Mesmo diante de incontestáveis dificuldades e incertezas pela frente, Lula voltou a falar sobre o momento da colheita. A colheita já foi prometida em 2024 e, a rigor, a safra não foi das melhores. Suspeitamos que elas deverão ocorrer somente em 2026, ano eleitoral, ainda com otimismo. Entramos em 2025 com enormes dificuldades políticas e econômicas para o Governo Lula3. Esbanjar otimismo faz parte do jogo, mas, intimamente, o presidente não deve desconhecer as dificuldades da safra.  

No dia de ontem, um desses grandes jornais sugerem que o núcleo duro petista está sendo fortalecido, caso se confirme mesmo a indicação do nome da presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, para a Secretaria-Geral da Presidência, a porta de entrada do Palácio do Planalto. O cargo é uma espécie de Chefia de Gabinete, filtrando demandas, priorizando audiências, entre outras prerrogativas. É verdade. Lula tem dado indicação que de que seguirá integrado internamente àquele PT mais autêntico, raiz, orientado ideologicamente. Animal político, externamente ele pode até sinalizar noutra direção, mas, internamente convém não abandonar a companheirada forjada ainda na luta sindical.  

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