Os tomates jogados ao palanque do candidato do Partido dos Trabalhadores à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2012, o ainda Ministro da Educação, Fernando Haddad, deverão ser mesmo os problemas relacionados ao ENEM. Convidado a dar explicações sobre o assunto na Câmara Federal, Haddad já esboça a resposta aos adversários na corrida ao Edifício Matarazzo. Fustigado pelo Deputado Federal Duarte Nogueira – que cumpre muito bem o seu papel como líder de um partido de oposição, o PSDB – Haddad aproveitou a deixa para fazer algumas críticas às políticas educacionais da era FHC, cujos investimentos não ultrapassavam os 3,9% do PIB e lembrou o veto do então presidente ao índice de 7% no Plano Nacional de Educação. Embora as entidades mais sérias que atuam na área de educação advoguem um índice de 10% do PIB – condição, hoje, inalienável para se atingir as metas da OCDE – são inegáveis os avanços do setor no Governo Lula. Pesquisas comentadas aqui no http://blogdojolugue.blogspot.com demonstram que os eleitores costumam atribuir os problemas da Era Lula aos seus auxiliares, eximindo de culpa o ex-presidente. Neste aspecto, Fernando Haddad terá muito que se explicar e confiar no “andor” de Lula, que, em São Paulo , não costuma atrair multidões. Uma outra questão em jogo é o envolvimento efetivo dos petistas que desejavam as prévias para a definição do candidato, o que não ocorreu. Será que eles irão arregaçar as mangas da camisa por Haddad. Lula sugeriu ao ministro que definisse, desde já, os espaços que eles deverão ocupar no provável futuro governo, como forma de assegurar o apoio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário