Tornou-se insustentável a permanência de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho. O PDT está cindido e uma parcela significativa dos seus parlamentares já articulam entre si quem poderá substituí-lo naquela pasta. Os nomes mais cotados, conforme antecipamos ontem, vão apenas cumprir um roteiro já traçado pelo presidencialismo de coalizão, ou seja, apropriarem-se da parte que lhes cabe do latifúndio governista, “adubando” as bases para os próximos embates eleitorais. O script está previamente traçado. O modelo faliu na medida em que o interesse público é subvertido pela classe política que, apenas em tese, foi eleita para converter em políticas públicas as demandas da sociedade. No caso de Lupi, especificamente, o que o sustenta no Governo, de acordo com o jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, é a quebra de um paradigma, ou seja, Dilma procura manter-se eqüidistante de uma pauta ditada pela mídia. Nesse ritmo, depois de Lupi, quem seria a bola da vez? Quem mais a revista Veja pretende demitir do Governo? Dilma já teria decidido afastá-lo, mas poderá esperar as coisas esfriarem até a reforma ministerial prevista para Janeiro.
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