A sucessão paulista entra numa fase sensivelmente complicada para o candidato do Planalto, Fernando Haddad. Apesar da aproximação com o PRB, o candidato do partido, Celso Russomanno aparece bem na fita de acordo com a última pesquisa divulgada pelo Datafolha. É o segundo colocado. Celso já foi rifado por Paulo Maluf, obrigando-o a procurar refúgio no PRB para viabilizar sua candidatura. Já afirmou recentemente que seria um suicídio do partido abandoná-lo nesse momento. O imbróglio maior está nas mãos do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que parece ter resolvido assumir a postura de Pôncio Pilatos, ou seja, lavar as mãos, o que significa, neste atual estágio, permitir que o PSB apoie o nome de José Serra. Rápido no gatilho depois que tomou a decisão de concorrer, Serra tratou logo de fechar os últimos detalhes da aliança do PSDB com o PSB. A direção estadual e municipal do partido estão com a candidatura de Serra. Há muitos interesses sendo decididos naquelas eleições, inclusive a consolidação do PSB numa praça importante para a agremiação e para os planos do “Moleque” dos Jardins da Fundação Joaquim Nabuco. Ademais, se Eduardo leu o Blog do Jolugue - os inteligentes estão lendo - já deve ter entendido que os eleitores – sabiamente – nunca colocam todos os ovos num único cesto. São Paulo é um cesto do PSDB. Um outro elemento que deve estar pesado nessa “tangência” - ou saída diplomática - de Eduardo é que, sobretudo em política, friamente, os atores que não maximizam seus interesses são atropelados pelas circunstâncias. Antes de dormir, procure o capítulo onde Maquiavel trata do assunto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário