pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O xadrez político das eleições municipais de 2016, em Recife: Acordos em Brasília podem "ajustar" as relações entre PT e PCdoB no Recife e em Olinda.
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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

O xadrez político das eleições municipais de 2016, em Recife: Acordos em Brasília podem "ajustar" as relações entre PT e PCdoB no Recife e em Olinda.




Os socialistas tupiniquins sempre afirmam que não acreditam numa candidatura própria dos tucanos no Recife. A afirmação decorre de uma possível aliança entre socialistas e tucanos, no plano nacional, o que poderia refrear as ambições locais de alguns líderes da agremiação. Aliás, um outro fator adverso a essa candidatura é que alguns tucanos integram o Governo do senhor Geraldo Júlio(PSB). Se, no ninho tucano, esta possibilidade de uma candidatura própria continua uma incógnita, arranjos políticos celebrados entre os petistas e os comunistas, no plano nacional, certamente, terão reflexos nas alianças entre as duas legendas, nas eleições municipais de 2016, tanto em Recife quanto em Olinda, hoje praticamente uma disputa em quadra ampliada. 

O PCdoB foi um dos principais fiadores das articulações com o propósito de segurar o mandato da presidente Dilma Rousseff. A questão ainda está longe de ser definida, mas o esforço empreendido pela legenda na defesa da presidente caiu como chuva em tempos de insegurança hídrica no Planalto. O esforço na defesa da presidente Dilma empreendido pela legenda foi, sem dúvida, maior do que o esforço do PT, hoje uma legenda que apresenta uma profunda crise de identidade, já com algumas fraturas expostas. Aliás, é voz corrente não apenas na academia, mas também para diversos setores sociais, a conclusão de que o PT acabou. Foi "engolido" pelas contingências políticas de um presidencialismo de coalizão - onde precisou juntar-se a tudo quanto não presta da política nacional -; abandonou o trabalho de base e sucumbiu ao aparelhamento da máquina; seus membros se envolveram em casos de corrupção, desfazendo a utopia da "ética na política"; enfim, tornou-se mais do mesmo. 

Está ocorrendo um caso emblemático em todo o Brasil. O partido acusa a saída de lideranças, sobretudo jovens, da agremiação. Essa tendência parece ser nacional. Uma das justificativas - de certa forma esquizofrênica - é que há partidos que hoje defendem melhor Dilma do que o próprio PT. Pelo menos o PCdoB confirma essa hipótese. Por falar em defesa da presidente, a Deputada Federal do PCdoB, Luciana Santos, foi às ruas defender o mandato da presidente Dilma Rousseff, aqui no Recife. Luciana Santos, aliás, é um dos principais trunfos dos comunistas para continuarem a administração da Marim dos Caetés, cidade que já governam por 16 anos. 

O desgaste é evidente é até já se anunciou uma possível ruptura do PT com a gestão de Renan Calheiros. Atores políticos relevantes - como é o caso do vereador Marcelo Santa Cruz e do vice-prefeito Arantes - não seguem a orientação do executiva municipal da legenda. Agora, diante dos arranjos em Brasília, é bem possível que as coisas se acomodem e a nossa Deputada Teresa Leitão, mais uma vez, veja uma possível candidatura ser  preterida em torno do apoio ao projeto dos comunistas de tornarem a cidade uma bastião comunista. Continua sendo a prioridade das prioridades para a legenda comunista. 

Esse arranjo também deve influir nas eleições do Recife, onde, pelas últimas pesquisas de intenção de voto, o ex-prefeito da cidade, por dois mandatos, João Paulo, aparece em segundo lugar na disputa, com 25% das intenções de voto. Como já dissemos em outra ocasião, é uma verdadeira bala de prata ou último cartucho do ex-prefeito. Não será uma tomada de decisão muito fácil. Os militantes terão que esperar as inúmeras consultas ao seu astrólogo. afinal, se ele perder essas eleições, pode encerrar sua carreira política. O vice-prefeito do Recife, que é do PCdoB, Luciano Siqueira, continua observando a água do mar bater nas pedras e tentando decifrar a mensagem das espumas. Não emite o menor sinal para onde deve caminhar em 2016. Se é que vai caminhar. 

O que não se pode negar é que o prefeito Geraldo Júlio, naquilo que pode, tentar facilitar as decisões do seu vice. Nas entrevistas concedidas, não deixa de apontar os equívocos do PT na condução da máquina pública federal, enfatizando que os problemas do Recife estão diretamente relacionados. Reproduzindo um pouco dessa confusão da legenda socialista em relação ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff - onde membros da legenda já se pronunciaram contra - ele, o prefeito, levanta a bandeira do impeachment. Não sem um certo exagero, alguns viram nessa atitude uma espécie de suicídio político.Logo, Luciano Siqueira terá que tomar uma decisão a esse respeito.  


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