O presidente Jair Bolsonaro(PL) vive uma espécie de lua-de-mel com as pesquisas de intenção de voto. É curioso como a última série delas apontem, nitidamente, uma recuperação do presidente, em seu projeto de reeleição. As pesquisas tem indicado que ele cresce majoritariamente na região sul do país, mas as suas taxas de rejeição tambem estão caindo em regiões como o Norte e Nordeste, um tradicional reduto petista. E caindo numa velocidade surpreendente até para o próprio Planalto.Trata-se, concretamente, dos efeitos positivos do Auxílio Brasil para a população pobre,mesmo com alguns entraves econômicos, como alta de preços, níveis de crescimento ainda abaixo do esperado, eventuais efeitos da guerra.
Possivelmente depois das advertências do companheiro Guilherme Boulos, Presidente Nacional do PSOL, Lula convocou seu staff político para dizer que o adversário iria crescer daqui para frente. Como afirmamos no início, é uma espécie de lua-de-mel, sem os incômodos produzidos por aquele pica-pau de Walter Lantz. Um outro dado curioso, observado pelo jornalista Matheus Leitão, de Veja, é que ele pode estar recuperando as ovelhas desgarradas, ou seja, bolsonaristas que haviam abandonado o barco, movidos por algum nível de insatisfação.
De base identitária bolsonarista, é quase certo que tal migração, ainda que incipiente, havia sido conquistada pelo ex-juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro, do Podemos. Nesta última pesquisa da Quaest\Genial, o juiz perde dois pontinhos que podem ter ido parar na contabilidade positiva do presidente Jair Bolsonaro. Isso significa dizer - aparentemente, por enquanto - que pode estar havendo uma tendência de recuperação de seu espaço junto a uma base bolsonarista mais fidedigna - uma vez que os eleitores raízes possivelmente não o abondona - e penetrando no reduto do adversário, ou seja, eleitores pobres,das regiões Norte e Nordeste do país, beneficiários do Auxílio Brasil.
A solução para se contrapor a essa tendência de crescimento do adversário, de acordo com o staff petista, seria intensificar a campanha, seja lá o que isso signifique. Sugeriu-se, até, um corpo a corpo, já abordado por aqui, o que não seria nada prudente nesses tempos bicudos que estamos vivendo, com uma disputa extremamente polarizada. Vai que um petista bata na porta de um bolsonarista raiz e tente convencê-lo a votar em Lula. Certamente, nesses tempos de intolerância, isso não poderia produzir um bom resultado.
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