pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: A resistência petista ao nome de Geraldo Alckmin
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domingo, 27 de março de 2022

Editorial: A resistência petista ao nome de Geraldo Alckmin



O Partido dos Trabalhadores, desde a sua fundação, sempre congregou alguns grupos radicais em suas fileiras, entre eles, tendências que haviam participado da luta armada contra a Ditadura Militar. Alguns, aliás, tão radicais que chegaram a ser expulsos daquela agremiação partidária, como foi o caso da Convergência Socialista, que formaria, depois, o PSTU. Coube a José Dirceu, na condiação de presidente do partido, em décadas passadas, a missão de apaziguar a agremiação, tratando de institucionalizá-la, consoante o objetivo maior que seria fazer de Lula o Presidente da República. 

A missão foi cumprida com denodo, Lula chegou lá e José Dirceu tornou-se um dos homens mais poderosos da República. O resto é História. Ao longo dos anos, o partido passou por um processo - segundo dizem os teóricos, inevitável - de oligarquização, mas as instâncias e tendências mais orgânicas resistem e continuam fazendo um barulho danado sobre as decisões da agremiação. Aqui em Pernambuco, por exemplo, esse embate não terminou bem. Culminou com a saída da Deputada Federal Marília Arraes do partido, pois, mesmo com liderança e densidade eleitoral, tornou-se inviável na máquina da burocracia partidária, controlada por adversários seus. 

No plano nacional, a grande dor de cabeça no momento tem sido provocado pelo anúncio de que o ex-tucano do bico fino, Geraldo Alckmin, depois da filiação ao PSB, deve compor com Lula, na condiação de vice, a chapa que concorrerá às eleições para a Presidência da República. A chiadeira de alguns grupos no partido contra essa composição tornou-se uma verdadeira "campanha" e isso vem incomodando profundamente o morubixaba petista, que já teria declarado que é Alckmin ou ele não seria candidato. 

Em maio ao inferno astral enfrentado - com a reação do opositor Jair Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto - o petista, agora, enfrenta mais este problema interno. A probabilidade é que a situação seja contornada, porque, mesmo o petista mais radical sabe que o momento não é dos melhores. Houve um tempo em que a situação estava tão boa que a única questão que se colocava era se Lula venceria no primeiro ou no segundo turno. Hoje, não mais. Lula já emite indicadores que chegou ao seu teto e o adversário avança sobre seus redutos tradicionais, ou seja, entre os eleitores mais pobres, de regiões como o Norte e o Nordeste.  

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