pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: A polêmica chegada de Alckmin ao PSB
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domingo, 20 de março de 2022

Editorial: A polêmica chegada de Alckmin ao PSB


Finalmente, a "novela' Alckmin parece ter chegado a um desfecho. Afirmar que foi um final feliz seria presunçoso de nossa parte, por alguns motivos. As pesquisas de intenção de voto indicavam que Geraldo Alckmin teria chances reais de ocupar o Palácio dos Bandeirantes a partir de janeiro de 2023, caso mantivesse o firme propósito de continuar como candidato ao Governo do Estado de São Paulo. Circulou até uma versão de que a estratégia de Lula, ao chamá-lo para compor a chapa presidencial que será encabeçada por ele, tenha sido, na realidade, uma manobra com o objetivo de tirá-lo do páreo e facilitar a vida do fiel escudeiro Fernando Haddad(PT-SP) em seu projeto de tornar-se governador do Estado.

Se sim, trata-se de uma jogada de mestre, uma vez que, além de não atrapalhar os planos do petista, Alckimin poderá ajudá-lo bastante na empreitada, que não será nada fácil pelo andar da carruagem política. O Planalto vem apostando bastante naquela praça, jogando todas as suas fichas no ex-Ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, que, inaugurando obras e sempre acompanhado do presidente Jair Bolsonaro, vem contribuindo para desequilibrar o jogo, em meio a essa briga entre PT e PSB. Dória, por sua vez, continua no divã da Ciência Política, que tenta entender porque, mesmo relativamente bem avaliado, ele não consegue transferir votos para o seu canditado, o vice governador Rodrigo Garcia(PSDB-SP).  

Não há como os petistas raízes aceitarem Geraldo Alckmin(PSB-SP) de bom grado. Seria pedir um pouco demais. Alckmin será aceito pelos petistar menos radicais e mais consequentes, ou seja, aqueles que reconhecem como inevitavel às forças progressistas ter um pé no Beco da Fome e outra na Faria Lima - se deseja ter chances de chagar ao Planalto - dada as nossas características políticas. Hoje, Alckmin representa a nova "Carta aos Brasileiros', um compromisso assumido no passado pelo petista de não mexer nos interesses da Casa Grande. 

Alckmin chega ao PSB fazendo referência a uma expressão usada por uma de suas maiores lideranças, o ex-governador Eduardo Campos. Parece que não pegou bem porque a frase de Eduardo foi proferida num momento em que ele demonstrava claramente que estava se afastando do Partido dos Trabalhadores, como estratégia para chegar à Presidência da República. Naqueles tempos, o antipetismo tornara-se uma estratégia eficiente para se vencer uma eleição presidencial. Há quem afirme que, hoje, nao seria assim tão determinante.   

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