pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O "Auxílio Brasil' está alavancando a candidatura de Jair Bolsonaro.
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domingo, 6 de março de 2022

Editorial: O "Auxílio Brasil' está alavancando a candidatura de Jair Bolsonaro.



Segundo os analistas políticos - baseados em informações científicas, colhidas em séries históricas de pesquisas - dois fatores são determinantes para os planos de um governante que deseja renovar o contrato de locação do imóvel onde ele exerce o poder, isso nos regimes democráticos, claro: a) A avaliação da população sobre o seu governo e os bons resultados da política econômica. Nestas eleições de outubro próximo, em razão da crise sanitária provocada pela pandemia da Covid-19, haveria a possibilidade de os eleitores considerarem, na hora de definir o seu voto, igualmente, como se comportou o mandatário nesse momento crítico de gestão de crise. 

Com os sinais de arrefecimento da pandemia, este último fator está perdendo importância na determinação do voto, a despeito dos estragos que provocou no país. A própria população não vem levando isso a sério, a julgar pelos comportamentos permissivos observados, como o relaxamento do uso de máscaras e as grandes aglomeações que ocorreram no período momesco, mesmo havendo decretos governamentais proibindo-as. Os psicólogos especializados em psicologia de massa observam que a população entrou numa fase de fadiga de cuidados, ou seja, se cansou dos confinamentos ou mesmo dos cuidados mais elementares. Os setores hoteleiro, aéreo e gastronômico estão retomando as suas atividades, em alguns casos, superando os períodos anteriores à pandemia. 

Pelo menos aqui, quando estamos falando nos fatores que podem definir o voto do eleitor, parece que o velho Marx teria suas razões, ao afirmar que, em última instância - última de mais importante e não de derradeira, meu caro Louis Althusser - o econômico é o fator determinante. Numa advertência ao pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP), Guilherme Boulos, Presidente Nacional do PSOL, já havia alertado acerca o impacto do recebimento desse benefício em relação às populações da periferia. Trata-se de um contingente estimado em 18 milhões de beneficiários -e eleitores - que passaram a receber o Auxilio Brasil, num contexto de extrema fragilidade social, ou seja, pessoas que estavam passando fome ou sob a ameaça de despejo. 

Essa situação de desespero turva a racionalidade política, que seria um fator importante na hora de definir o voto. Assim, gradativamente, ao longo das últimas pesquisas de intenção de voto, o presidente Jair Bolsonaro(PL) vem melhorando os seus índices, diminunindo a sua diferença em relação ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, seja no primeiro turno, seja num confronto direto do segundo turno. Pelo andar da carraugem política, petistas mais consequentes já avaliam que Lula pode ter batido no teto e que a eleição irá, inexoravelmente, para o segundo turno. Com a caneta na mão, ancorado em indicadores que apontam uma recuperação da economia, os governistas estudam a possibilidade de ampliarem esses pacotes de bondades que podem fazer a diferença nessas eleições. 

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