pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Lula consegue salvar o PSB?
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terça-feira, 1 de março de 2022

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Lula consegue salvar o PSB?



Com este artigo, iniciamos uma série de publicações com o objetivo de analisar as próximas eleições estaduais para o Governo do Estado de Pernambuco. Talvez não seja o melhor momento para iniciarmos esta série, por estarmos em pleno feriado de Carnaval,numa terça-feira. Mesmo sendo um feriado atípico - pelas imposições restritivas determinadas pela Covid-19 - a classe política encontra-se em seus retiros e os formadores de opinião nos seus descansos merecidos. Nada mais natural, se considerarmos os tempos bicudos que estamos enfrentando, com um cardápio tóxico de mentiras(fake news), pandemia e guerra. Oxalá possamos superar esses dias logo, logo.

A produção desse material é uma prática recorrente aqui no blog, constituindo-se numa espécie de "memória' das eleições, seja no plano municipal, estadual ou federal. O blog já possui um bom material sobre este assunto, com possibilidades, quem sabe, de um dia transformá-los em livros. Assim foi com a primeira eleição de Geraldo Júlio(PSB) para a Prefeitura da Cidade do Recife, apontando, naquele momento, muito antes do final do pleito, que ele seria o novo prefeito do Recife. O artigo, "40 tons de amarelo', rendeu alguns aborrecimentos a este blogueiro, por incomodar o então candidato que disputava aquela eleição com o socialista. 

Reunimos material para um outro livro em relação à primeira eleição de Paulo Câmara(PSB-PE) para o Governo do Estado, assim como sobre a eleição e a derrocada da ex-presidente Dilma Rousseff(PT-MG), através daquele processo de impeachment nebuloso. Mas, vamos ao que interessa. Outro dia, um analista político aqui da província, em artigo, observou que os socialistas do Estado sabem "ganhar eleições". Convém sempre deixar claro que as últimas eleições municipais do Recife descambou para um contexto pouco republicano, com golpes abaixo da linha de cintura, atingindo opositores como a Deputada Federal Marília Arraes(PT-PE), assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tratado como um "rato' asqueroso, em cartazes apócrifos espalhados pela cidade.   

Depois de 16 anos ocupando o Palácio do Campo das Princesas, o PSB enfrenta um profundo desgaste. Pelo andar da carruagem política para a definição do nome que disputará o Governo nas próximas eleições, o grupo está dividido; a gestão da máquina tem sofrido severas críticas; há uma revoada de lideranças políticas do interior para as hostes oposicionistas que estarão disputando o Governo nas próximas eleições. São jovens prefeitos de oposição, com penetração política em regiões importantes do Estado, como o Sertão, o Agreste a a Região Metropolitana do Recife. Eles fecham o chamado "Triângulo das Bermudas", ou seja, colégios eleitorais decisivos numa eleição. Seguem em raias próprias, mas o fato, em si, pode ser até mais complicado para o PSB. 

No primeiro levantamento realizado pelo Instituto Opinião - divulgado pelo Blog do Magno Martins - sobre as intenções de voto para o Governo do Estado, o candidato socialista, o Deputado Federal Danilo Cabral(PSB-PE), aparece na rabeira, atrás dessas jovens lideranças políticas. Uma das possibilidades levantadas pode ter sido a demora na escolha do nome do candidato da situação, enquanto os menudos já estavam gastando sola de sapato há algum tempo. Mas, por outro lado, pode não ser só isso, se considerarmos a fadiga de material da gestão socialista ao longo desses 16 anos de governo. 

Como em nenhum outro momento, eles se tornaram luladependentes. Apostam todas as fichas na liderança do petista para reverter essa tendência, hoje, desfavorável, reflexo do grande desgaste da gestão. Convém deixar claro que a hipótese de Lula reverter essa situação é apenas uma hipótese. Desconheço alguma pesquisa indicando o quanto Lula poderia transferir de votos ao candidato Danilo Cabral. Sabe-se que seu prestígio político na região é inegável, mas, por outro lado, continuamos no terreno das hipóteses. Em São Paulo, por exemplo, o IPESPE já realizou uma série de pesquisas com tais características, uma delas envolvendo o eventual candidato ao Governo do Estado, Fernando Haddad(PT-SP). O objetivo era entender o quanto Lula poderia ajudar Haddad a chegar ao Palácio dos Bandeirantes. Naquela praça, o andor precisa ser carregado por dois atores políticos: Lula e Geraldo Alckmin. Além de emprestar um verniz conservador à chapa de Lula - um dado importante para o petista manter-se competitivo - Alckmin poderia ajudar bastante o candidato Fernando Haddad, caso o PT não abdique de sua candidatura para apaziguar os ânimos com os socialistas do PSB.   

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