pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: As chances eleitorais de uma chapa "Luluzinha".
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segunda-feira, 28 de março de 2022

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: As chances eleitorais de uma chapa "Luluzinha".

 


José Luiz Gomes Escreve:


A rigor,Lula ainda não caiu em campo - embora esteja sendo insistentmente cobrado pelos companheiros em relação a isso - e também seria bastante precipitado tirar alguma conclusão mais definitiva sobre um cenário político que terá sua materialidade apenas em outubro. Essa introdução vem a respeito de um tema que tem se tornado frequente entre as análises de profissionais da área de Ciência Política e entre as pesquisas de intenção de voto até aqui realizadas, ou seja, as condições físicas - e principalmente eleitorais - que Lula teria para carregar alguns andores nessas eleições, principalmente em regiões como o Nordeste, onde ele reúne legiões de admiradores. 

Como já apontamos nos outros dois artigos acerca das próximas eleições no Estado, o PSB vai para essas eleições num cenário bastante ruim, a despeito da capilaridade política obtida em 16 anos de gestão e da caneta. A expectativa maior dos socialistas é que o apoio de Lula consiga reverter essas adversidades evidentes que, de tão óbvias, nem precisamos comentar para não cansar nossos ilustres leitores e leitoras. Conforme já informamos, até este momento, nenhuma pesquisa sobre a capacidade de transferência de voto de Lula no Estado foi realizada, embora ele apareça bem à frente, no Estado, em relação ao seu principal oponente, pelo Instituto Paraná Pesquisas.  

Na Bahia, sim, e os resultados não são nada animadores. Apesar do grande prestígio de Lula na Praça Castro Alves, quem lidera todas as pesquisas - com folga - é o neto de Antonio Carlos Magalhães, ACM Neto, ex-prefeito de Salvador. Há de se considerar que o candidato do PT foi lançado apenas recentemente, depois do imbróglio que representou uma tentativa do morubixaba petista em unir PT, PSD e PP no Estado. Mesmo assim, o Carlismo tem chances, sim, de retomar o poder naquele Estado depois de 16 anos sob o comando do PT. 

Curioso que os índices de Lula são praticamente iguais aos de ACM Neto, ou seja, um pouco acima de 60% das intenções de voto. O candidato do PT, o ex-Secretário de Educação, Jerônimo Rodrigues, no entanto, crava apenas 5%. Prudentememte, vamos aguardar o que dizem as pesquisas aqui no Estado acerca deste assunto. Já levantamos essa lebre nos dois últimos artigos que publicamos em torno deste assunto. Com a saída de Marília do PT e, consequentemente, sua entrada no Solidariedade, já anunciando que será candidata ao Governo do Estado nas próximas eleições, o fato novo provocou um rebuliço no xadrez do tabuleiro político pernambucano. 

Ontem, por exemplo, especulou-se que duas mulheres poderiam ser indicadas na chapa situacionista que disputará o Governo do Estado: Luciana Santos(PCdoB-PE), para o Senado Federal e Teresa Leitão do PT, como candidata a vice na chapa de Danilo Cabral(PSB-PE). Nada confirmado até este momento, uma vez que a manobra é radical, deixando de fora da chapa uma série de partidos importantes que formam a Frente Popular.Uma manobra que, se verdadeira, exigiria uma ampla engenharia de discussão. 

Como as “barrigas” já se tornaram comuns no Estado, neste caso, também preferimos aguardar o anúncio oficial. Cogitou-se, no início, que Marília poderia compor uma espécie de chapa “Luluzinha”, que reuniria, além dela, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra(PSDB-PE), e a Deputada Estadual,Priscila Krause. Mas, os arranjos são complexos, se considerarmos a quadra nacional. O partido de Raquel, por exemplo, teria um canddiato que não deslancha nas pesquisas e uma negociação em andamento com o União Brasil e o MDB. Nada muito definido, portanto. 

Marília Arraes, por sua vez, almeja contar com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que só tem dado problemas ao petista, que já tem compromisso fechado com os socialistas e tem sido muito cobrado em terno do assunto pelos caciques da legenda. A questão é se uma chapa composta apenas por muheres teria chances de êxito no Estado. Acreditamos que sim. Não somente pelo fato de ser formada apenas por mulheres, mas, sobretudo pela “densidade eleitoral" de suas representantes. Se houvesse um entendimento entre Marília, Raquel e Priscila as eleições no Estado estariam definidas. Arriscaria minha reputação de cientista político. 

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