Minas Gerais e Rio de Janeiro são dois colégios eleitorais importantes no país. Respectivamente, o segundo e o terceiro maiores colégios eleitorais, portanto, cruciais numa eleição presidencial. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP) ainda lidera nesses dois Estados, mas o presidente do Instituto Genial\Quaest, o cientista político e professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Felipe Nunes - que aparece na foto acima - ouvido pelo jornalista Matheus Leitão, da revista Veja, alerta para algumas questões interessantes, que podem ser extraídas da última pesquisa do Instituto sobre a quadra política carioca.
A primeira observação é que as eleições de outubro estão absolutamente indefinidas, não sendo possível afirmar, ainda, que este(a) ou aquele(a) candidato(a) vencerá o pleito. É certo que nesses dois grandes colégios eleitorais o candidato do PT leva vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro(PL), mas, por outro lado, em ambos os Estados o fator máquina pode desequilibrar o jogo, ou seja, pelo menos no Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro, do mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, lidera em todos os cenários do primeiro e de um eventual segundo turno.
Em Minas Gerais, por seu turno, temos um governador de perfil conservador no governo, Romeu Zema, do Novo, uma agremiação partidária assumidamente de direita. Nos quatros maiores colégios eleitorais do país, o candidato do PT tenta viabilizar uma costura política com Gilberto Kassab, do PSD, numa tentativa de trazê-lo para o seu projeto ainda no primeiro turno. Kassab, conforme dissemos por aqui, dificilmente irá apoiá-lo ainda no primeiro turno. Vai esperar a porca torcer o rabo, quando terá mais chances de assegurar o seu quinhão de panceta. Por enquanto, joga com a possibilidade de viabilizar a candidatura do governador gaúcho, Eduardo Leite(PSDB-RS).
Pelo andar da carrugem política, teremos uma eleição presidencial bastante disputada em 2022. Desde as manobras de caráter nada republicanos de 2016 que, definitivamente, perdemos a paz democrática. O jogo, as tessituras, a observância às regras, a aceitação dos resultados, a lisura do processo, tudo passou a ser sistematicamente questionado por alguns atores políticos. Ainda hoje, a plataforma do Youtube retirou, acertadamente, os vídeos que propagavam informações falsas sobre as eleições de 2018.
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