pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Bolsonaro admite violação da tornozeleira eletrônica.
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domingo, 23 de novembro de 2025

Editorial: Bolsonaro admite violação da tornozeleira eletrônica.



Até aqui tudo bem. Na leitura da Polícia Federal tratou-se, na realidade, de uma violação com o propósito de fuga, o que determinou a ordem de prisão emitida pelo Supremo Tribunal Federal. Hoje, 23, através de vídeo conferência, o ex-presidente Jair Bolsonaro deve passar por uma audiência de custódia, o que pode relaxar sua prisão preventiva. Ele poderia voltar a cumprir prisão domiciliar, conforme é o desejo de sua defesa. O que nos causou uma certa estranheza é a informação de que o ex-presidente, eventualmente, poderia ter utilizado um ferro quente para violar o equipamento. Mais espantoso é o argumento de que ele poderia estar ouvindo vozes da tornozeleira. Sua saúde, na realidade, não vai muito bem. Há crises de soluços e vômitos intermitentes, ainda como reflexo das sequelas deixadas pela facada sofrida. 

Quando essas crises se agravam, ele precisa ser socorrido com uma certa urgência, o que dificultaria sua prisão em determinados ambientes. Convenhamos. Uma prisão domiciliar seria de bom tamanho para o ex-presidente Jair Bolsonaro. Soube que a recomendação do Planalto é a moderação em torno do assunto. José Dirceu, num outro momento, também observou que o ex-presidente não teria condições físicas para cumprir uma prisão convencional. É preciso prudência com essas coisas. Isso não se comemora, como fizeram alguns radicais petistas na frente da Polícia Federal, em Brasília, ou nas redes sociais. A prisão ocorre num momento deliciado, quando Donald Trump, surpreendentemente, encerrou a guerra tarifária contra o Brasil. 

Ontem os jornalistas estavam especulando sobre uma eventual retomada do climão, uma vez que era desejo de Trump que Bolsonaro estivesse disputando uma nova eleição em 2026, algo muito improvável diante das circunstâncias. Difícil fazer alguma previsão sobre como a família Bolsonaro irá se arranjar em torno das eleições presidenciais de 2026. São muitas variáveis em jogo. Os bolsonaristas acreditam que o próximo alvo seria o senador Flávio Bolsonaro que, em tese, poderia habilitar-se a ocupar o espaço político do pai. Mesmo Bolsonaro cumprindo prisão domiciliar, o encontro entre ele e líderes da direita são até recorrentes. O problema é que não se chega a um denominador comum.  

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