Hoje, dia primeiro, saiu o resultado de uma pesquisa realizado pelo Datafolha, publicada no jornal do grupo, a Folha de São Paulo, que aponta que 57% da população carioca apoiou a megaoperação realizada pelas forças de segurança do Estado no complexo de favelas do Alemão e da Penha. Apenas 39% da população criticou a operação. Haveria uma outra pesquisa - esta sem informações mais precisas - indicando que 88% da população residente nessas favelas aprovaram as medidas tomadas pelo Governo do Estado. Nem precisava que tais pesquisas fossem divulgadas para entendermos este fenômeno, materializado pela recuperação repentina de popularidade do governador Cláudio Castro, que ganhou meio milhão de seguidores em suas redes sociais após a operação.
Ontem, dia 31, a Polícia Militar do Ceará, em confronto com possíveis traficantes, acabou matando sete deles. A COP30 será realizada no Pará num momento muito delicado, quando explodem as índices de violência naquele estado da Federação. Nove governadores de oposição emprestaram solidariedade às ações do Governo do Rio de Janeiro e estão propondo um pacto para ações conjuntos de enfrentamento ao crime organizado, o que seria denominado de "Consórcio da Paz". Desde algum tempo que eles resolveram estabelecer diretrizes de segurança pública em conjunto, dissociadas das políticas de segurança pública emanadas da União. Aliás, o SUS da Segurança praticamente morreu na origem, ao propor a centralização dessas políticas pela União.
Com o verdadeiro colapso de segurança observado em relação a alguns entes federados, o Brasil pode caminhar para um processo de bukelização, numa alusão ao presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que resolveu a questão da segurança pública naquele país decretando estado de exceção, violando direitos humanos básicos e encarcerando os integrantes das gangues do país numa mega prisão, o CECOT, Centro de Confinamento do Terrorismo. Bukeke, inclusive, tem se pronunciado bastante sobre a situação no Brasil, argumentando que o país não combate o crime organizado porque o crime organizado está no aparelho de Estado.

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