pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Governo não se entende com Derrite sobre PL antifacção.
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terça-feira, 11 de novembro de 2025

Editorial: Governo não se entende com Derrite sobre PL antifacção.



Na semana passada ouvimos alguns considerações, até positivas, de gente do Governo Lula 3, acerca do relator do PL Antifacção, o deputado federal Guilherme Derrite, que se licenciou do cargo de Secretário de Segurança Pública de São Paulo para assumir a função de relator do projeto. As ponderações eram que se tratava de uma pessoa de Oposição, mas com perfil técnico. Não apostaria um centavo num eventual entendimento entre Derrite e o Governo Lula 3. Hoje, 11, a imprensa traz uma série de matérias tratando do distanciamento entre ambos no que concerne às modificações introduzidas pelo deputado no PL Antifacção, principalmente em relação aos enquadramentos dessas organizações criminosas como terroristas. 

Quem acompanha minimamente o trabalho de Derrite sabia disso. Na realidade, estamos aqui diante talvez do maior gargalo de segurança pública hoje no país, ou seja, a ausência de um consenso mínimo entre os entes federados e o Governo Federal. A questão da segurança pública no país, passa, necessariamente, pela reestruturação das polícias estaduais. Algo que não se consegue sem um amplo entendimento. Entes federados não aceitam, sequer, que a coordenação de políticas públicas de segurança tenham a diretriz do Governo Federal, como se percebeu na última reunião em Brasília. Derrite deverá ser um dos primeiros convidados para os trabalhos da CPI do Crime Organizado, algo que deverá também ocorrer com o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. 

Será um oportunidade de Lewandowski expor a experiência do projeto piloto de retomada de território que está em andamento no Rio Grande do Norte. O Governo precisa ficar muito atento a isso, para não ficar à reboque, a exemplo do que ocorreu recentemente, quando da Operação Contenção desencadeada pelo Governo do Rio de Janeiro. Um fiasco, sob certos aspectos, mas deu a chance à oposição de vencer a guerra de narrativas em relação à eventual ausência de apoio federal para as operações e, igualmente, à sua inércia. Como já afirmamos antes, o governador Cláudio Castro ocupou um vácuo perigoso, convencendo a maioria da população sobre as ações contra o crime organizado. Segundo consta, já haveria dez novas operações previstas. 

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