pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Pão ou aço?
Powered By Blogger

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Editorial: Pão ou aço?


Acordamos hoje sem muita inspiração para escrever. Assim como sugere algumas pesquisas sobre o eleitorado brasileiro, ninguém aguenta mais falar sobre polarização política, conforme sugere uma matéria da revista Veja desta semana. Começou cedo as especulações em torno daquele eleitorado nem nem, que sempre surge nos momentos iniciais e, depois, por algum motivo - talvez pela centrífuga da própria polarização - acabam assumindo um lado. Ciro Gomes que o diga, uma vez que ele fez de tudo e mais um pouco para que os eleitores confiassem em sua proposta de governo, nas últimas eleições. O que é mais interessante observar é que existe a eventualidade de o presidente Lula estar perdendo parte do seu eleitorado. 

Mas, abrindo as páginas do Jornal do Commércio, encontramos um artigo escrito por Raul Manhões de Castro. Algo sugere que ele pode ser parente do sociólogo Josué de Castro, mas não temos certeza. Terminado os trabalhos da COP30, o articulista estabelece uma relação entre Edgar Morim e Josué de Castro, sobretudo no que concerne ao que deve ser pensado quando está em discussão a preservação do planeta. Neste momentos as pessoas pensam nas florestas, no clima, na tecnologia e, por último talvez humanizar os padrões de relações sociais. Há alguns clássicos que não poderiam deixar de ser lidos por todos os estudantes brasileiros, independentemente de sua área de formação. O livro A Geografia da Fome, de Josué de Castro, é um deles. 

Quando ainda estávamos no batente de sala de aula, dávamos sempre um jeito de inseri-lo em nossas ementas de disciplinas. É curioso como muita gente imagina que Josué de Castro apenas se preocupou com a fome dos homens e mulheres do Nordeste. Ele também enveredou pela região Norte, onde ocorreu a COP30, ampliando seus espectros de observação da realidade da fome no país. Num dos momentos do seu texto, discutindo os dilemas do país ali pela década de 50\60, Josué observava que o país precisava decidir se enfrentaria a questão das desigualdades sociais ou da industrialização, o que ele traduzia à época como pão ou aço. O país optou pelo aço e até hoje amarga índices de desigualdades sociais aviltantes da dignidade humana. Parabéns a Raul Manhões de Castro pelo artigo inspirador.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário