quarta-feira, 19 de julho de 2023
terça-feira, 18 de julho de 2023
Publisher: Ana Moser's perfect serve
There is great political expectation around Lula's return to the country. Several factors are contributing to this, such as, for example, scheduling a meeting between him and the President of the Chamber of Deputies, Arthur Lira (PL-AL), as well as the definition of the destination of the Sports portfolio, currently occupied by former volleyball player, Ana Moser. According to some analyses, Lula's strategy would be to increasingly expand this articulation with Arthur Lira, isolating that more reticent opposition group, like Ciro Nogueira's PP. The senator has already been anticipating that the conversation with Lula would only take place in 2026, when we will have a new presidential election, where the opposition forces intend to regain control of the Planalto Palace, something predictable in the scope of the rules of the democratic game.
According to the correct weightings of the journalist Cláudio Humberto's column, these amendments by the rapporteur, today, have some flow mechanisms that no longer make parliamentarians so dependent on the mood of the Government. The Planalto's bargaining power, in this case, is significantly reduced, limited only to positions in the machine. The Republicans expect the PT morubixaba to make a decision on the Ministry of Sports, handing over its title to Pernambucan Sílvio Costa Filho, Federal Deputy affiliated with the Republicans, son of Sílvio Costa, a purple PT (more than red).
Interestingly, one of the main leaders of the party, the governor of São Paulo, Tarcísio de Freitas, has already been anticipating that, occasionally, he even agrees that these channels of negotiations with the Planalto be expanded, but does not consider it prudent to integrate the Government, occupying a ministry , as some comrades wish. As with Minister Nísia Trindade, of Health, Ana Moser also had the support of representative sports entities to remain in office, leading Lula to reconsider the hypothesis of his removal, nailing a perfect serve, with no defense for the opposition. The cost of dismissing him would be very high and inopportune, if we consider that we are in the midst of a competition like the Women's Football World Cup.
Editorial: As fitas com as gravações das agressões ao ministro Alexandre de Moraes estão chegando.
O Governo Brasileiro requisitou e o Governo Italiano está disponibilizando todo o material gravado com as agressões ao minitro do STF, Alexandre de Moraes. Assim que a Polícia Federal identificar os responsáveis, materializar o arrolamento das provas, as providências subsequentes serão tomadas, responsabilizando e punindo devidamente os culpados. O Ministro da Justiça, Flávio Dino, está se empenhando pessoalmente para elucidar o caso. Com as provas apresentadas, caem por terra as narrativas de negativa de autoria dos principais suspeitos, devidamente identificados.
Andou circulando pelas redes sociais um vídeo sobre tais agressões, onde o magistrado é xingado por uma trupe de bolsonatistas ensandecidos, com palavras de baixo calão, típicas do linguajar dessa trupe insane e pervertida. São agressões abjetas e torpes, que devem ser veementemente repelidas e punidas com o que está previsto no arcabouço legal. As hostilidades ao Ministro Alexandre de Moraes são recorrentes. Ele se tornou o campeão dos ataques bolsonaristas, vítima de ameaças veladas, ora através das redes sociais, ora em público, como já ocorreu nos Estados Unidos. Aliás, o STF se tornou o grande entrave para as pretensões autoritárias do bolsonarismo mais radical, daí se entender tanto ódio desse segmento aos magistrados daquela Corte.
Conforme advertia o filósofo Karl Popper, chega-se a um momento em que é preciso ser intransigente com os intolerantes. Assim como diriam os nossos avós, se tivéssemos cortado o mal pela raiz, ali quando se permitiu elogios a torturadores e apologias aos regimes autoritários, talvez não tivéssemos chegado a esses estágios anticivilizatórios.
Editorial: O saque perfeito de Ana Moser
Forma-se uma grande expectativa política em torno da volta de Lula ao país. Vários fatores estão contribuindo para isso, como, por exemplo, o agendamento de um encontro entre ele e o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira(PL-AL), assim como a definição sobre o destino da pasta dos Esportes, hoje ocupada pela ex-jogadora de volei, Ana Moser. Segundo algumas análises, a estratégia de Lula seria a de ampliar cada vez mais essa articulação com Arthur Lira, isolando aquele grupo mais reticente da oposição, a exemplo do PP, de Ciro Nogueira. O senador já andou antecipando que a conversa com Lula seria somente em 2026, quando teremos uma nova eleição presidencial, onde as forças de oposição pretendem retomar o controle do Palácio do Planalto, algo previsível no escopo das regras do jogo democrático.
Segundo ponderações corretas da coluna do jornalista Cláudio Humberto, essas emendas do relator, hoje, possuem alguns mecanismos de fluição que já não tornam os parlamentares tão dependentes assim do humor do Governo. O poder de barganha do Planalto, neste caso, fica sensivelmente reduzido, limitando-se, tão somente, aos cargos na máquina. Os Republicanos esperam que o morubixaba petista tome uma decisão sobre o Ministério dos Esportes, entregando a sua titularidade ao pernambucano Sílvio Costa Filho, Deputado Federal filiado ao Republicanos, filho de Sílvio Costa, um petista roxo ( mais do que vermelho).
Curioso que uma das principais lideranças da legenda, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, já andou antecipando que, pontualmente, até concorda que seja ampliado esses canais de negociações com o Planalto, mas não considera prudente integrar o Governo, ocupando algum ministério, como desejam alguns companheiros. Assim como ocorreu com a ministra Nísia Trindade, da Saúde, Ana Moser também contou com o apoio de entidades representativas dos esportes para permanecer no cargo, levando Lula a reconsiderar a hipótese do seu afastamento, cravando um saque perfeito, sem defesa para a oposição. O custo de sua demissão seria muito alto e inoportuno, se considerarmos que estamos em plena realização de uma competição como a Copa do Mundo de Futebol Feminino.
segunda-feira, 17 de julho de 2023
Editorial: A agressão covarde ao ministro Alexandre de Moraes.

O caboclo nem precisa ocupar um papel relevente na sociedade. Basta ser um vizinho, um irmão, um servidor público, pertencer a algum grêmio partidário, emitir suas opiniões sinceras através das redes sociais ou da blogosfera. O fascismo se alimenta do ódio e, a todo tempo, precisa identificar seus inimigos, reais ou fictícios, com o propósito de insuflar seus seguidores contra eles. Quando vocês observarem alguém sendo achincalhado, antes de qualquer julgamento, façam uma análise sobre o que, de fato, estaria em jogo.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, tornou-se um dos principais alvos do bolsonarismo radical no país. Para não incorrer no deslize de um outro ministro, convém esclarecer que o bolsonarismo tem o direito de existir num regime democrático, desde que aceite e respeite as regras do jogo. A extrema-direta existe e atua em diversos países, obedecendo sempre esses parâmetros. A regra é clara, como diriam alguns internautas. Quando essas regras de convivência são violadas, exige-se a aplicação da lei e, consequentemente, as penalidades estabelecidas, dentro dos instrumentos legais previstos, consensualmente estabelelecidos pelas instituições democráticas. O que consideramos curioso é que a coragem dessas hordas deixa de existir quando eles se deparam com a barra da justiça. Golpista não assume que é golpista, assim como agressores não assumem que agrediram. Se acovardam.
Editorial: As nuvens "embassadas" no caso da elucidação do assassinato da vereadora Marielle Franco e o seu motorista Anderson Gomes
Alguns bons agentes públicos, atuando ora na Polícia Civil do Rio de janeiro, ora no Ministério Público, conseguiram chegar a bom termo no tocante à elucidação do assassinato da militante Marielle Franco. Outros tantos, mesmo imbuídos de bons propósitos, foram afastados do caso. Sobre a banda podre, aquela contaminada pelos interesses das milícias cariocas junto ao aparelho de Estado, essas dispensam os nossos comentários. Acossado, um dos milicianos presos acabou entregando às autoridades policiais toda a engrenagem dos operadores dos grupos que atuavam nos estertores do submundo dos crimes por encomenda no estado.
Essas informações apenas confirmaram as suspeitas da polícia acerca dos reais executores do crime, que já estão presos, cumprindo pena. Neste caso, em jargão policial conhecido, a polícia atuou de fora para dentro, ou seja, a pergunta que eles tentaram responder foi a de quem teria as habilidades e o acesso aos recursos técnicos empregados para assassinar a vereadora e o seu motorista, Anderson Gomes. Ex-policiais que chegaram a ter passagem pelas polícias Militar e Civil, além de atuarem como segurança de contraventores, são os principais acusados.
Até recentemente, o Ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que em breve teríamos novidades sobre o caso. As investigações foram federalizadas. As nuvens ainda embassadas dizem respeito aos mandantes do crime. Quem mandou executá-la e financiou a morte da vereadora. É preciso que se esclareça, igualmente, as motivaçães do crime hediondo. A sociedade brasileira está no aguardo dessas informações. Uma das dificuldades aparentes é que os acusados não assumem a autoria e, tampouco, revelam detalhes sobre quem os financiou.
Editorial: As cláusulas "pétreas" do Partido Progressista.
Neste ambiente de governança temerária, já seria de se esperar as escaramuças trocadas entre Governo e Oposição. Até recentemente, durante evento organizado pelo Ministério da Saúde, o presidente Lula anunciou que alguns ministros não são trocáveis. Era um recado àqueles que desejavam a cabeça da ministra Nísia Trindade. Agora é a vez do senador Ciro Nogueira (PP-PI), Presidente Nacional dos Progressistas, impor suas condições para que seus comandados negociem com o Governo. Segundo noticiário da imprensa, no dia de hoje, o senador estaria divulgando uma cartilha com aquilo que ele classifica de "cláusulas pétreas", ou seja, onde os parlamentares da legenda não podem ceder nessas articulações com o Governo.
Sobretudo em política, os blefes são recorrentes. Logo, logo saberemos quem vai ceder. Do ponto de vista do Centrão, os critérios republicanos nunca estiveram como uma carta na manga. Do ponto de vista do PT, a preocupação seria ceder onde, a rigor, não poderia, como em áreas nevrálgicas da gestão, essenciais para honrar os compromissos publicos assumidos durante a campanha. Se ceder nesse terreno, o Governo acaba.
Todos estão carecas de saber quais são os incentivos que guiam as decisões do Centrão. Por outro lado, o Governo precisa tomar muito cuidado nessas substituições de ministros. A charge de João Montanaro, publicada na edição de hoje do jornal Folha de São Paulo, chama a atenção para a substituição "preferencialmente" por mulheres. Já são duas cabeças degoladas e uma delas volta ao parlamento. Daniela Carneiro, hoje ex-Ministra do Turismo, pode ainda ser considerada uma pessoa da base de sustentação política de Lula? Eis aqui uma boa pergunta. Mesmo considerando a liberdade criativa do artista, convém observar que o campo progressista também ponderou bastante sobre a diminuição de representação de mulheres no Governo.
domingo, 16 de julho de 2023
Editorial: Lula afirma que alguns ministros não são "trocáveis". Será?
sábado, 15 de julho de 2023
sexta-feira, 14 de julho de 2023
Editorial: Quem mandou matar Marielle?
É curioso esse enredo sobre a morte da militante política e ex-vereadora Marielle Franco. Eis aqui uma resposta que o Governo Lula precisar dá à sociedade brasileira. Desde que assumiu o cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública, o senhor Flávio Dino prometeu que a Polícia Federal entraria no caso, disposta a emendar os fios soltos e elucidar de forma definitiva o caso. Circula nas redes sociais - tomando os cuidados devidos, naturalmente - que o ministro declarou recentemente haver novidades sobre o caso.
Conforme já afirmamos em outros momentos, estamos tratando aqui de um grande teste para a democracia brasileira, pois o enredo deste caso envolve uma trama complexa, com alguns componenges que expõem a falência ou o comprometimento de procedimentos republicanos do aparelho de Estado, contaminado por fatores esdrúxulos, para não entrarmos nos detalhes e melindrar setores mais suscetíveis. Aliás, o caso do assassinato da vereadora e do seu motorista, Anderson Gomes, é um bom indicador para averiguarmos como esses órgãos de segurança estavam comprometidos pelos agentes do crime organizado.
No Rio de Janeiro, por exemplo, tal índice de comprometimento é altíssimo. Queremos saber, sim, quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes, mas a PF precisa explicar quais os fatores que impediram que até hoje esse crime fosse completamente elucidado. A sociedade brasileira precisa dessa resposta. Louve-se iniciativas de agentes públicos como o senhor Flávio Dino, que assumiu esse compromisso.
Editorial: André Janones, finalmente, irá ocupar um cargo no Governo Lula. Demorou!!!
Depois de um longo período de colaborações ad hoc, sem nunca ocupar, oficialmente, alguma função específica no Governo Lula, finalmente, hoje foi anunciado que André Janones(Avante-MG) assumirá um cargo na Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Esse terceiro Governo Lula apresenta algumas novidades preocupantes, como os enormes espaços ocupados na máquina por antigos adversários políticos, hoje concentrados no Centrão. Depois de idas e vindas o Governo parece que ajustou os passos com o União Brasil, entregando a cabeça da ministra Daniela Carneiro apenas para acomodar novos inquilinos na máquina.
Há de se perguntar, inclusive, se as gestãos de cooptação estão sendo mais ousadas sobre se de quem está fora e deseja entrar ou se de quem está dentro e deseja receber os novos "companheiros". Está na mira do Planalto, neste momento, partidos como o PP e o Republicanos. Na prateleira das negociações, os Correios, a Caixa Econômica Federal, FUNASA, Desenvolvimento Social, Ciência e Tecnologia. Até a primeira-dama já teria entrado em campo para segurar a nevrálgica "área social", por entender que o Governo Lula perde seu sentido se ceder neste terreno.
As avaliações sobre essas negociações são até positiva, enfatizando que Lula tem sido hábil, um grande negociador, vem comendo o mingau quente pelas beiradas, evitando se queimar com um impeachment e coisas do gênero. Pode ser que tudo isso seja verdade, há algumas pautas de governança que estão sendo aprovadas, inclusive do interesse da sociedade brasileira, mas a grande pergunta é: A que preço? Esses grupos nunca estão satisfeito. Quanto mais se cede, mas eles avançam. Logo exigirão novos nacos da máquina. E quando o Governo Lula considerar que não pode mais ceder?
quinta-feira, 13 de julho de 2023
Editorial: Ministros pop star do Governo Lula.
As coxias da política deixam escapar que já se trava uma guerra nos bastidores do Governo Lula em torno de sua sucessão em 2026. Discretamente, comendo o mingau quente pelas beiradas, o vice-presidente, Geraldo Alckmin(PSB-SP) vem se qualificando para a disputa. Se o titular não assumir mais um mandato, ele se habilita ao cargo, com o apoio irrestrito do seu partido, o PSB. Muito cuidadoso nas falas e nas ações, Alckmin supera os nomes escalados por Lula para fazer o meio de campo das articulações políticas com a oposição.
As viagens recorrentes de Lula ao exterior facilitam bastante este processo. Não se trata de uma tarefa complicada para ele, que adquiriu uma grande espertise nas articulações políticas, pois esteve por vários anos à frente do Governo de São Paulo. É curioso, mas Alckmin quebrou as arestas até com os grupos mais radicais da legenda. Alckmin hoje pode ser enquadrado na base polítca ou ideológica do Governo Lula, ao lado, por exemplo da Deputada Federal Gleisi Hoffmann(PT-PR).
Surpreendentemente para alguém que sempre foi muito associado à Faria Lima e entrou na chapa justamente para estabelecer este link com o capital. Pode surpreender, mas, em razão dos padrões de relações estabelecidos com a oposição, que já entra de sola na gestão, explica-se esse "posicionamente" do socialista, recebido com festa em eventos do MST. Há dois outros ministros que podem ser enquadrados na mesma categoria de ministros por star: Fernando Haddad, da Fazenda, que aparece nas redes sociais jogando sinuca e tocando violão, e Flávio Dino, da Justiça, que causa alvoroço por onde passa. Caso o morubixaba petista não renove o contrato de locação do Alvorada, a disputa sucessória promete.
Editorial: Oposição deseja a cassação do ministro Luiz Roberto Borroso.
A possibilidade de a oposição obter êxito num objetivo como este são remotas, mas podem render alguns espaços na mídia e nas redes sociais, o que, em última análise, parece que é o que está em jogo. Se pudéssemos resumir, diríamos que o ministro do STF, Luiz Roberto Barroso, disse apenas que vencemos as trevas e o obscurantismo. Neste contexto, certamente, podemos incluir o bolsonarismo, mote que incomodou profundamente os bolsonaristas, que vão entrar com um pedido de afastamento do ministro de suas funções no STF, por, supostamente, se envolver em atividades políticas.
Há dois ministros naquela Corte que desagradam profundamente o bolsonarismo, exatamente em razão de impedirem suas manobras e tessituras de caráter autoritário e anticivilizatórios. O índice aqui é o seguinte: Quanto mais atacados pelo bolsonarismo, mais se pode concluir pelos seus compromissos com o Estado Democrático de Direito, com as instituições democráticas e com a res publica.
O bolsonarismo toma algumas medidas tão estapafúrdias que chegam até a confundir a opinião pública. Estão de brincadeira? Não. Não estão. Tudo é meticulosamebte pensado e com objetivos claros, como as narrativas que estão em jogo nos debates das duas principais CPI's que estão em andamento, a do MST e a dos Atos Antidemocráticos do dia 08 de janeiro, onde eles desejam imputar ao Governo Lula aquele badernaço ocorrido na capital federal.
quarta-feira, 12 de julho de 2023
Editorial: As frequentes visitas ao tenente-coronel Mauro Cid.
| Crédito da foto: Lula Marques, Agência Brasil |
Hoje ficamos sabendo que o Governo Lula, através de suas áreas competentes, estaria cobrando medidas punitivas aos militares envolvidos nos atos golpistas do dia 08 de janeiro. Sabe-se que aqui estamos diante de um vespeiro, um bom termômetro para sabermos até onde as nossas instituições democráticas avançam sobre o obscurantismo das trevas autoritárias. Historicamente, a relação entre Poder Civl e Poder Milutar nunca foram boas no país, exceto quando agentes do Poder Civil, em conluio com alguns segmentos militares, articulam golpes contra as instituições democráticas. Fora deste contexto, as escamaruças são evidentes. Vamos aguardar o desfecho desse cabo de guerra.
No dia de ontem, por ocasião de audiência durante os trabalhos da CPMI dos Atos Antidemocráticos, o militar Mauro Cid compareceu fardado ao evento, causando uma enorme gama de interpretações e leituras através da mídia e pelas redes socais. Segundo se sabe, a recomendação partiu das próprias Forças Armadas, consoante entendimento de que o oficial atenderia à convocação para tratar de assuntos inerentes às suas funções como ex-ajudantes de ordens da Presidência da República.
Se tal raciocínio procede, imaginava-se, por conseguinte, que ele respondesse pelo menos às perguntas que não o incriminariam nos processos a que responde. Hoje, um ministro do STF mostrou-se surpreso com o número expressivo de visitar rescebidas pelo ex-ajudante de ordens do governo Jair Bolsonaro. Salvo melhor juízo, 70 em apenas 18 dias. O Presidente da CPMI, Arthur Maia, já informou que irá relatar ao STF que o militar, no entedimento dos membros daquela comissao, deixou de cumprir a determinação exarada no despacho daquela Corte.
Editorial: ICL reage ao processo movido por Arthur Lira.
Editorial: O "depoimento" do tenente-coronel Mauro Cid
Deu o esperado. Atendendo a uma estratégia pré-estabelecida com sua assessoria técnica, o tenente-coronel Mauro Cid compareceu à CPMI dos Atos Antidemocráticos, no dia de ontem, 11\07, mas manteve o silêncio sobre as questões que poderam incrimá-lo e até sobre questões irrelevantes, que não poderiam ser enquadradas neste escopo, como, por exemplo, sobre a sua idade. O Presidente da Comissão, o Deputado Federal Arthur Maia(UB-BA), inclusive, alertou que poderá entrar com uma representação junto ao STF, comunicando a atitude do depoente, segundo avaliações, contrariando determinação daquela Corte. Nem tal advertência, comunicada aos seus advogados, mudou o cenário.
Mauro Cid permaneceu impassível durante toda a audiência. Confiamos bastante no trabalho do presidente Arthur Maia, consideramos que ele vem conduzindo o trabalho de forma serena, equilibrada, democrática e republicana, como já se previa pelo seu perfil. Por outro lado, em setores da mídia e entre alguns parlamentares está se formando um consenso de que a CPMI dos Atos Antidemocráticos, mantida as atuais circunstâncias dos trabalhos, pode estar sendo esvaziada, perdendo o seu norte, o que a tornaria improdutiva no final. A responsabilidade não seria do seu presidente, assim como de sua relatoria, registre-se.
Sem que os principais artífices da tentativa de golpe de Estado se pronunciem, ajudando a emendar os fios soltos, aliada à força da oposição durante os trabalhos -embora ancorada em narrativas estapafúrdias - o andamento dos trabalhos vem produzindo alguns reveses para o Governo, como a convocação do general Gonçalves Dias, ex-Ministro-Chefe do GSI durante aqueles episódios. É bom que se diga que Gonçalves Dias fala, até porque não tem nada a esconder. O general assumiu uma postura eminentemente republicana durante os trabalhos da CPI distrital que trata do mesmo assunto.
terça-feira, 11 de julho de 2023
Editorial: A orquestra "desafinada" do Governo Lula.
Um arguto jornalista, em sua coluna diária, chama a nossa atenção para a "sinfonia" confusa que envolve essa relação entre o Governo Lula e o Centrão. Se a orquestra não rege bem, não se pode esperar harmonia nessa valsa entre Lula e o Presidente Nacional do PP, o senador Ciro Nogueira, que chegou a ocupar um dos principais ministérios do Governo Bolsonaro, o da Casa Civil. Próceres figuras desse grupo político cantam uma música para a plateia, execrando o Governo, e outra para o próprio Governo, conquistando gradativamente mais nacos de poder e liberação de emendas.
O que se pode concluir é que a orquestra está desafinada. Agora, por exemplo, por ocasião dessa minirreforma ministerial, há um caso emblemático que demonstra essa assertiva. Nos parece que ainda não saiu a publicação da portaria exonerando a ministra Daniela Carneiro, do Ministério do Turismo, mas o Deputado Federal Celso Sabino já estaria despachando como ministro da pasta. O Centrão deseja a pasta de porteira fechada, o que significa incorporar a autarquia Embratur, subordinada àquele ministério, hoje presidida por Marcelo Freixo, do PSOL.
Como já discutimos numa outra oportunidade, a conta a ser paga pelo apoio do Centrão à Reforma Tributária é salgada. O PP, de Ciro Nogueira, deve ser contemplado com um ministério nessa minirreforma. O mais provável é que partido indique o nome do Deputado Federal pernambucano, Sílvio Costa Filho, para o cargo de futuro Ministro dos Esportes, em substituição a Ana Moser, num processo de fritura em alta combustão. Amiúde, comenta-se que o Governo não estaria muito satisfeito com o desempenho da ministra, mas a gente sabe que isso é o que menos importa neste processo. O que conta aqui é o atendimento às exigências do Centrão.
P.S.: do Contexto Político: Na realidade, o deputado pernambucano, Sílvio Costa Filho é filiado ao Republicanos, partido que faz gestão junto ao Governo Lula pela indicação do seu nome para ocupar o Ministério dos Esportes, substituindo a ex-jogadora de vôlei, Ana Moser. As conversas com os Progressistas presseguem, de fato o Planalto acena com um pasta ministerial ao partido, mas o acordo ainda não está costurado, tampouco sabe-se se será exitoso neste sentido. Em declarações públicas, Ciro Nogueira, Presidente Nacional do PP, não perde a oportunidade de alfinetar o líder petista. Peço desculpas aos leitores e leitoras pelo equívoco. Sílvio Costa Filho não é do Progressistas, portanto não seria apadrinhado por Ciro Nogueira.
segunda-feira, 10 de julho de 2023
Editorial: Todos de olho na vaga de Moro. Ele cai?
Pelo andar da carruagem política, a possibilidade de o senador Sérgio Moro(União Brasil-PR) vir a perder o mandato é real. Neste caso, o Estado do Paraná deverá realizar uma nova eleição para substituir seu representante em Brasília. Caso tudo ocorra conforme prevê os adversários do senador, até dezembro a fatura poderia ser liquidada, abrindo-se uma vaga para um novo postulante, a partir de 2024. E olha que aquele estado possui um elenco de excelentes candidatos à vaga do senador. Tivemos a oportunidade de acompanhar alguns debates dos candidatos ao Senado Federal e ficamos impressionados com o bom nível dos postulantes.
Infelizmente, a indentificação bolsonarista e os reflexos da midialização da famigerada Operação Lava Jato ainda produziram seus efeitos no pleito. Segundo comenta-se nas coxias, uma das pretendentes ao cargo é a Deputada Federal Gleisi Hoffmann(PT-PR), que conta com o sinal verde da legenda. Caso tal hipótese de perda do mandato se materialize e Gleisi seja eleita no pleito estadual, pode-se dizer que o PT fez barba, cabelo e bigode. Como já existem algumas pendências jurídicas envolvendo o senador, caso ele venha a perder o mandato, as coisas se complicam de vez, posto que também perderá, como consequência, o foro privilegiado, onde se pode, no mínimo, ganhar algum tempo.
No dia de ontem, começaram a ser exibidas, nas redes sociais, novos áudios com eventuais falas do ex-juiz Sérgio Moro, em diálogos com Tony Garcia, um cidadão que esteve no epicentro da Operação Lava-Jato. Antes de mais nada, vamos deixar a polícia comprovar a autenticidade desses diálogos, investigar o caso, e a justiça, por sua vez, tomar as providências inerentes. O fato concreto é que o senhor Sérgio Moro, desde que deixou a condição de juiz da Lava-Jato, amarga um cerco sistemático dos seus desafetos e este cerco parece que está se fechando.
Publisher: How far can Lula concede to Centrão?

There is a limit to these concessions and, presumably, the limit will be imposed by the government's social area. A good political thermometer for us to know whether or not the Government is going to give in on this ground is to keep an eye on the Ministry of Social Development, which pilots the flagship of social policies aimed at serving the poorest population in the country: Bolsa Família. Centrão's greed for the Ministry of Health met with strong resistance from sectors of the Government and, above all, from the population, strengthening Minister Nísia Trindade. At least for a while.
There is a lot of talk about a great victory for the Government regarding the vote on the Tax Reform. In fact, despite the arrangements and criticism, something that we needed to unlock for a long time was unlocked. There were some elements of consensus between the Government and the Opposition. On the other hand, the approved reform still needs to be improved. We are also concerned about the "republican" cost of such approval, producing heavy burdens on the Government, elected within a platform that will certainly be compromised as it gives in to pressure from the Centrão.
Editorial: Qual será a estratégia a ser usada pelo coronel Mauro Cid na CPMI do Atos Antidemocráticos?
Aos poucos, assim como um artesão, vamos juntando os fios soltos para compor o novelho da tentativa de golpe do dia 08 de janeiro. Aquilo que podíamos antecipar por aqui, já o fizemos. Duas CPI's foram criadas para investigar aqueles atos e, embora haja o recurso do silêncio utilizado por alguns depoentes, nas entrelinhas, algumas fatos já foram esclarecidos neste enredo sinistro, tramado contra as nossas instituições democráticas. Amanhã, dia 11, teremos o depoimento do ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, o Tenente-Coronel Mauro Cid, cujo celular traz alguns diálogos comprometedores, conforme já exaustivamente divulgado pela imprensa.
Assim como outros atores estratégicos arrolados até este momento, nossa previsão é a de que será difícil arrancar alguma informação importante do ex-ajudante de ordens, que teve sua carreira de militar enormemente prejudicada em razão daqueles episódios. Podemos até está enganados. Em todo caso, em terra de sapos, de cócoras com ele, conforme recomenda o ditado popular. Sabedores de que a tendência do emprego da estratágia do silêncio é a mais provável, membros da CPMI já advogam a tese de usar a convocação da mulher do militar para estimulá-lo, digamos assim, a falar durante o depoimento.
O que sempre foi dito é que o militar, formado nas forças especiais, teria uma capacidade incomum de suportar trancos, o que seria condizente com sua formação, onde é treinado para enfrentar situações do gênero. Há vários fotores em jogo, entretanto. Inclusive os reflexos do abandono do militar por parte de atores que estiveram direta ou indiretamente envolvidos naqueles episódios. O enredo é complicado e, em último análise, ele não estaria disposto a ir para o sacrifício sozinho.
Editorial: Direita tenta apagar o incêndio entre Tarcísio e Bolsonaro.
Informações dos escaninhos da política asseguram que o Deputado Federal Arthur Lira(PL-AL), Presidente da Cãmara dos Deputados, teria ligado para o ex-presidente Jair Bolsonaro, no sentido de serenar os ânimos entre ele e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas(Republicanos-SP). O argumento de Lira é que a briga ou indisposições entre ambos não seria bom para o campo da oposição. Nada mais óbvio com relação a este argumento. Neste mesmo raciocínio, próceres integrantes da oposição estariam dispostos a construir um ambiente de paz entre ambos, possivelmente através de um repasto gastronômico, que pode ser um churrasco num domingo ensolarado - de preferência com a picanha do Lula - quem sabe um jantar ou mesmo um almoço.
Tarcísio tem uma postura política dúbia, por vezes acenando para a extreama-direita, por vezes procurando livrar-se do incômodo de ser associado a um bolsonarismo mais radical. Ao longo do tempo, é preciso observar qual dessas perspectivas ou estratégicas irá se tornar hegemônica em sua trajétória até as eleições de 2026, quando desponta como um potencial aspirante ao cargo de Presidente da República. Se depender do supersecretário Gilbeto Kassab, ele afasta-se desse bolsonarimso mais radical e assume um perfil mais identificado com o centro do espectro político.
Quanto aos panos mornos, vale sempre a máxima do ex-governador pernambucano Paulo Guerra: Em política não existe nunca nem jamais. Neste aspecto, a direita consegue construir acordos com mais facilidades do que a esquerda. Até as eleições passadas, o apoio do PT a uma candidatura do PSOL à Prefeitura de São Paulo, nas próximas eleições municipais, era tido como algo perfeitamente ajustado. Hoje já se esboça um cenário político onde o acordo pode não ser cumprido.

