A situação do ministro Fernando Haddad não é muito confortável no Governo Lula 3 neste momento. Esta última proposta de aumento do IOF causou um verdadeiro tsunami no Palácio do Planalto. O anúncio foi feito à noite, desmentido nas primeiras horas do dia seguinte, mas, mesmo assim, expôs as vísceras de um jogo de intrigas palacianos, onde se configura, conforme inúmeros comentaristas políticos, a ausência de uma centralização de gestão. E de comunicação também, possivelmente como reflexo da primeira situação. A área de comunicação, por exemplo, queixa-se que tomou conhecimento da proposta de aumentar o IOF pelos jornais. O Governo Lula 3 já anda às turras com o escândalos das fraudes no INSS, conforme assinalamos antes, impossível de ser atirada no colo dos adversários.
Tudo o que o Governo não precisava neste momento seria uma nova crise semelhante a que ocorreu por ocasião da proposta de a Receita Federal acompanhar as transações realizadas pelo popular Pix. Há quem esteja sugerindo a existência de sondagens no sentido de sua substituição na pasta. O nome especulado para substitui-lo seria o do presidente do BNDES, Aloísio Mercadante. Mercadante não teria motivo algum para deixar a Presidência do BNDES, cargo com remuneração e vantagens superiores ao de um Ministro de Estado, sem as dores de cabeça e cobranças do cargo de Ministro da Fazenda. A Folha de hoje, 29,traz uma matéria sobre as preocupações de Fernando Haddad sobre o rumo da economia brasileira. O ministro sugere que, caso não haja a sensibilidade para o aumento do IOF, corremos um sério risco de problemas com as contas públicas.
Mudanças no Ministério da Fazenda apresenta, de início, dois problemas. O nome escolhido teria que adaptar-se às injunções de um grupo que orbita próximo ao morubixaba, influente, que sugere estar mais preocupado com o poder do que com as contas públicas. A outra questão diz respeito à lâmina enferrujada, contaminada com o bacilo do tétano utilizada para cortar a bananeira e extrair a seiva para estancar a sangria. Um mal de origem que não tem marqueteiro que resolva. Apertem os cintos, pois tudo leva a crer que teremos problemas, pois estamos navegando sobre águas turbulentas.
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