Hoje, 24, o MDB pernambucano está realizando uma eleição interna para escolher o seu próximo presidente. Não conhecemos outro momento em que o partido realizasse a escolha do seu novo dirigente num clima de tanta animosidade entre as chapas concorrentes. De um lado, Jarbas Filho, filho do ex-governador Jarbas Vasconcelos, figura de proa da legenda desde os tempos em que o partido fazia oposição ao regime militar. Jarbas Filho, juntamente com o senador Fernando Dueire, forma uma ala do partido que tende a integrar-se ao Governo de Raquel Lyra. Do outro lado, o Secretário de Articulação Política do Gestão Municipal, Raul Henry, que deve sua carreira política ao padrinho Jarbas Vasconcelos.
Raul tem sido muito comedido em torno dessa polêmica, sobretudo em razão do seu respeito ao ex-governador. Não vamos entrar aqui nas entranhas que dividem essas duas chapas, pois as indisposições partiram para o plano pessoal. Jarbas Vasconcelos e Raul Henry, criador e criatura, sequer se cumprimentaram na chegada do ex-governador na cabine de votação. A eleição de hoje define os rumos do partido em relação as eleições majoritárias de 2026. Mesmo depois das eleições, conforme prevê Raul Henry, a possibilidade construção de uma unidade será sensivelmente difícil.
O MDB articula uma federação com o Republicanos, o que, geralmente, produzem seus efeitos nas composições partidárias nas quadras estaduais, ditando rumos que nem sempre coincidem com os projetos nacionais da nova federação. O MDB não escapa a esta condição. Nessas arranjos está em jogo as eleições para o Senado Federal, onde há muitos candidatos para poucas vagas nas chapas em processo de formação. Está difícil encontrar espaço para tantos nomes. A União Progressista já afirmou que, depois da musculatura política formada, deseja dois nomes na majoritária com quem vier a compor.
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