Uma segunda-feira que começa num clima bastante agitado e preocupante, se considerarmos a guerra entre facções do crime organizado que estão ocorrendo em estados como o Rio de Janeiro, Bahia e Ceará. A situação começa a sair do controle efetivo do aparelho de Estado, o que representa um retrocesso civilizatório que está nos conduzindo uma estado de barbárie. Na Bahia, por exemplo, uma comunidade inteira foi expulsa de uma localidade por determinação de uma facção do crime organizado. No Rio de Janeiro, logo após a morte do líder do Terceiro Comando Puro, o TH da Maré, iniciou-se uma verdadeira guerra entre o Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro, movida pela ocupação de território de atuação. Na realidade, a morte de TH não foi o fato determinante, uma vez que as animosidades e a briga por ocupação de território entre as duas facções no Rio de Janeiro é antiga.
Esta facção que determinou a desocupação da área referida na Bahia é nova pelas informações que dispomos, indicando que o crime organizado cresce assustadoramente no estado. Sempre que se reporta ao assunto, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, assegura que se trata de um problema nacional. É um problema nacional, mas não sabemos se tais argumentos atendem às expectativas dos cidadãos e cidadãs do seu estado. Possivelmente indicador de sua impotência para enfrentar o problema. O Rio de Janeiro já é um caso perdido. O Ceará caminha para a mesma situação deplorável, com seus gestores externando as mesmas dificuldades em enfrentar a situação.
Agora a pouco ficamos sabendo que uma revista de circulação nacional retirou uma matéria do seu site que tratava do envolvimento de instituições financeiras, leia-se bancos, no engendramento das fraudes no INSS. Os próprios órgãos de investigações de Estado teriam advertido sobre a temeridade de se aprofundar tais investigações no que concerne a essas instituições. Em alguns casos, é como se houvesse uma institucionalização dos empréstimos consignados não autorizados. Há a possibilidade de os bancos emitirem esses cartões e procederam os empréstimos sem autorização dos aposentados. Não há dúvidas de que estamos diante de um escândalo gigantesco, conforme advertimos desde o início. E a CPMI, se vier, só depois dos festejos juninos.
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