pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Golpe? Que golpe? O negacionismo golpista durante as audiências de testemunhas no STF.
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sábado, 31 de maio de 2025

Editorial: Golpe? Que golpe? O negacionismo golpista durante as audiências de testemunhas no STF.


As contas públicas brasileiras passam por um momento bastante delicado, se consideramos as previsões pessimistas do próprio condutor do leme, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Condutor do leme é força de expressão, uma vez que suas diretrizes entram constantemente em rota de colisão dentro do próprio Governo. Caso a "gambiarra" do IOF não seja bem-sucedida, a alternativa seria raspar o tacho à procura de dinheiro para custear a máquina, o que implicaria em mexer em programas como o Minha Casa, Minha Vida, Farmácia Popular, entre outros. Este governo já começou se endividando e não parou mais de contrair dívidas. O déficit público apenas se avoluma desde então, solenemente ignorado pela ala ideológica e política, que enxerga na gastança a única possibilidade de sobrevivência política. 

No dia de ontem, 30, o Instituto Atlas\Intel divulgou mais uma pesquisa sobre a avaliação do Governo Lula 3. Os números continuam desfavoráveis ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Houve um tempo em que, se ele fizesse analogias que envolvessem Deus, Sertão e Lula, seria aplaudido, apontado como um exímio comunicador de massas. Hoje isso é encarado como blasfêmia, heresia, pecado. Nada tem dado certo neste terceiro governo, que já começou sob um signo negativo, acossado por uma tentativa de golpe de Estado, num pântano de instabilidade institucional e com uma frágil base de apoio no Legislativo. 

E, por falar em golpe de Estado, as testemunhas ouvidas durante as audiências no STF parecem ter combinado o discurso do negativismo do golpe. Golpe? Que golpe? Nunca ouvi falar. Uma narrativa bastante ajustada ou demasiadamente ajustada. A imprensa está noticiando que o ex-presidente Jair Bolsonaro poderia ter mantido uma conversa com o senador Hamilton Mourão antes de sua audiência no Supremo Tribunal Federal. O teor da conversa seria no sentido de o militar atenuar sua narrativa em relação ao assunto. Se isso de fato ocorreu, sugere-se aqui a ocorrência de um equívoco. 

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