Comenta-se que ao conceder entrevista a um estudante, que começou tratando-o com as formalidades de praxe, o ex-presidente Jânio Quadros percebeu que, gradativamente, durante a entrevista, o estudante ia se soltando, começando a tratá-lo com bastante intimidade. Jânio Quadros, então, interrompeu a entrevista para advertir o entrevistador, afirmando que intimidade gera filhos e aborrecimentos, parafraseando um outro político, que não nos ocorre o nome. A frase tornou-se célebre e costumamos repeti-la com freqüência. É também de Jânio Quadros a constatação de que o Brasil seria uma espécie de hímen complacente, dada a capacidade de "acomodação de opostos" e do uso exacerbado do “jeitinho” do qual falava o antropólogo Roberto DaMatta. Sinceramente, ainda não entendi como situar a atitude do prefeito João da Costa ao comparecer ao aniversário do Presidente Nacional do PSDB, Deputado Federal Sérgio Guerra. Comentou o prefeito que foi apenas um ato de cortesia, de civilidade política, perfeitamente compreensível. Afinal, Sérgio tem sido um dos atores mais versáteis da cena política pernambucana. Algumas atitudes em políticas podem ser muito mal interpretradas, recomendando-se, simplesmente, evitá-las. Até hoje se especula sobre possíveis encontros secretos entre João Paulo e Jarbas Vasconcelos, quando este era governador do Estado e João ocupava o Palácio Antonio Farias. Nossa impressão é que João da Costa, dizem que contingenciado pelo isolamento dos companheiros, cometeu mais um equívoco que poderia ter sido evitado. A intimidade com Sérgio, neste caso, apesar do patrocínio de Antonio Lavareda, gerou aborrecimentos. Começou mal o "mago" das pesquisas em suas orientações ao chefe do Executivo Municipal. Seria a ilusão do voto que estaria turvando o raciocínio do prefeito?
Nenhum comentário:
Postar um comentário