pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Surpreendentemente, Lupinho dá uma demonstração de força: "Só saio abatido a tiro"
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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Surpreendentemente, Lupinho dá uma demonstração de força: "Só saio abatido a tiro"



Ontem afirmávamos que o modelo de presidencialismo de coalizão adotado no Brasil vem colocando todos os partidos, inclusive, tradicionais agremiações de esquerda, como o PT, PCdoB e PDT, na vala comum da corrupção. Há lideranças do PDT bastante incomodadas com o que vem ocorrendo na pasta do Ministério do Trabalho, comandada por Carlos Lupi, o Lupinho. Há, inclusive, um movimento de alguns congressistas no sentido de que ele peça demissão da pasta e, possivelmente seja substituído por outro pedetista, de preferência Brizola Neto, que almeja aquele posto já faz algum tempo. A pasta do trabalho virou um imbróglio de dimensões gigantescas no Governo Dilma. A presidente tem arestas com o seu titular desde a votação do salário mínimo estipulado pelo Planalto, quando Carlos Lupi não conseguiu controlar a bancada do partido, permitindo que alguns parlamentares votassem na proposta de um salário mínimo maior. Depois pipocaram denúncias de corrupção na pasta, levando o Planalto a delegar algumas de suas atribuições à Secretaria-Geral da Presidência da República, comandada pelo ministro Gilberto Carvalho, este sim tratado por Dilma como “Gilbertinho”. O Planalto também cogita fundir as duas  pastas, a da Previdência e a do Trabalho. Em síntese, há um quadro de profundo desgaste para Carlos Lupi naquela pasta, sendo prudente Dilma procurar um instrumento melhor para cortar a cana, mas não deixar de fazê-lo. Ontem Lupinho se comparou à cana de canavial, dessas que nem facão consegue cortar. A impressão que eu tenho é que ele não foi muito feliz nessa analogia, mas isso não importa. O fato é que sua gestão, depois das denúncias e do desgaste natural, está profundamente comprometida, não restando outra alternativa a presidente, que espera, tão somente, o momento mais adequado, quem sabe na reforma ministerial do próximo ano. Salvo algumas raras exceções, como o senador Pedro Taques, parte desse grupo do PDT que demonstra bastante desconforto com o “enxovalhamento” do partido estão mesmo é interessados no cargo de Lupinho.

Nota do Editor: Depois do Procurador da República afirmar que não havia indícios suficientes para envolver o ministro Carlos Lupi com as denúncias de falcatruas em convênicos daquela pasta, a bancada do PDT - salvo alguns parlamentares que desejam investigações profundas - emprestaram solidariedade ao ministro, ameaçando, inclusive, abandonar a base de sustentação caso ele seja afastado.  

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